‘Crime da Berrini’: viúva condenada por mandar matar o marido pede autorização à
Justiça para cursar enfermagem em Taubaté, SP
No documento, a defesa cita que Eliana tem ótimo comportamento carcerário e
aponta que ela “almeja continuar seus estudos, de modo que a possibilite
construir um futuro melhor para si mesma e sua família”.
Luiz Eduardo de Almeida Barreto e a mulher Eliana Freitas Areco Barreto;
professora é acusada de planejar com seu amante o assassinato do marido — Foto:
Reprodução/Arquivo pessoal
Condenada a 24 anos de prisão por mandar matar o marido no caso que ficou
conhecido como ‘Crime da Berrini’, em São Paulo, a viúva Eliana Freitas
Areco Barreto, que cumpre pena em Tremembé (SP), pediu autorização à Justiça para poder cursar Enfermagem.
O pedido protocolado pela defesa mostra que Eliana já se matriculou no curso em
uma faculdade de Taubaté, no interior de São Paulo, após ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ela se matriculou para o período noturno do curso. A matrícula foi efetuada na última sexta-feira (6).
No documento, a defesa cita que Eliana tem ótimo comportamento carcerário e aponta que ela “almeja continuar seus estudos, de modo que a possibilite
construir um futuro melhor para si mesma e sua família”.
“Deseja se recolocar no mercado de trabalho, razão pela qual almeja frequentar
o curso de Enfermagem e se profissionalizar em um novo ramo, aprimorando suas
qualificações profissionais”, cita a defesa.
Apesar de já ter feito a matrícula, Eliana depende de uma autorização da Justiça
para poder frequentar as aulas em 2025. O pedido ainda será avaliado por um
juiz.
O DE acionou a defesa da detenta, mas não obteve retorno até a última
atualização desta reportagem. A matéria será atualizada caso os advogados se
manifestem.
Atualmente, Eliana Freitas Areco Barreto está presa em regime semiaberto,
na Penitenciária “Santa Maria Eufrásia Pelletier”, a P1 Feminina de Tremembé
(SP).
Acusada de matar marido em DE diz que não planejou o crime
Inicialmente, a professora Eliana foi condenada a 24 anos de prisão,
por homicídio doloso triplamente qualificado: pagar pelo crime, motivo torpe e
dissimulação. Além disso, foi considerado o agravante do crime ter sido cometido
contra o marido. O julgamento aconteceu em dezembro de 2020.
Em 2022, porém, a Justiça acatou um pedido da defesa da professora e reduziu a
pena para 21 anos, 4 meses e 15 dias de prisão.
Imagem de arquivo – Corpo de homem assassinado ao voltar do almoço na
região da Avenida Luís Carlos Berrini — Foto: Glauco Araújo/g1
O DE acusou Eliana e o amante dela, o inspetor de segurança
Marcos Fábio Zeitunsian, de contratarem o pistoleiro Eliezer Aragão da Silva por
R$ 5 mil
para simular um assalto e matar Luiz Eduardo.
A vítima foi morta a tiros na tarde do dia 1º de junho de 2015, quando voltava
do almoço com um colega de trabalho, na rua James Watt, uma travessa da Avenida
Luis Carlos Berrini, no Brooklin, área nobre da Zona Sul. O caso ficou conhecido
como “crime da Berrini” numa referência à avenida.
De acordo com a Promotoria, o casal de amantes Eliana e Marcos decidiu mandar
matar Luiz Eduardo porque a mulher queria se separar do empresário. Os dois
planejavam se casar, morar juntos e ficar com o dinheiro da herança da vítima
para abrir um negócio para o inspetor, segundo a acusação.
A professora e o empresário moravam em Aparecida, no Vale do
Paraíba, mas ele trabalhava na capital. O casal teve dois filhos. Após o crime,
a vítima foi enterrada em Guaratinguetá.
Câmera gravou momento em que Eliezer Silva (à direita) atira em Luiz
Eduardo (à esquerda). — Foto: Reprodução/Arquivo/TV Globo
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Gerente de empresa é executado durante um assalto na zona sul da capital
CELERIDADE NA INVESTIGAÇÃO
O Ministério Público (MP) acusou Eliana e o amante dela, o inspetor de segurança
Marcos Fábio Zeitunsian, de contratarem o pistoleiro Eliezer Aragão da Silva por
R$ 5 mil
para simular um assalto e matar Luiz Eduardo.
A vítima foi morta a tiros na tarde do dia 1º de junho de 2015, quando voltava
do almoço com um colega de trabalho, na rua James Watt, uma travessa da Avenida
Luis Carlos Bertini, no Brooklin, área nobre da Zona Sul. O caso ficou conhecido
como “crime do Bertini” numa referência à avenida.
De acordo com a Promotoria, o casal de amantes Eliana e Marcos decidiu mandar
matar Luiz Eduardo porque a mulher queria se separar do empresário. Os dois
planejavam se casar, morar juntos e ficar com o dinheiro da herança da vítima
para abrir um negócio para o inspetor, segundo a acusação. Aprofunde seu conhecimento em diversas áreas com os melhores cursos da Alura
A professora e o empresário moravam em DE, no Vale do
Paraíba, mas ele trabalhava na capital. O casal teve dois filhos. Após o crime,
a vítima foi enterrada em Guaratinguetá.
O crime causou grande comoção na região, sendo amplamente coberto pela imprensa local e nacional. A investigação policial foi intensa e resultou na condenação de Eliana Freitas
Areco Barreto, trazendo um pouco mais de justiça para a família da vítima.
DESTAQUE NA MIDIA
Inicialmente, a professora Eliana foi condenada a 24 anos de prisão, por homicídio doloso triplamente qualificado: pagar pelo crime, motivo torpe e
dissimulação. Além disso, foi considerado o agravante do crime ter sido cometido
contra o marido. O julgamento aconteceu em dezembro de 2020.
Em 2022, porém, a Justiça acatou um pedido da defesa da professora e reduziu a
pena para 21 anos, 4 meses e 15 dias de prisão.
Imagem de arquivo – Corpo de homem assassinado ao voltar do almoço na
região da Avenida Luís Carlos Berrini — Foto: Glauco Araújo/g1
O crime chocou a população e repercutiu em diversas esferas da sociedade, levantando debates sobre segurança, relacionamentos abusivos e justiça. A atuação do Ministério Público foi fundamental para a condenação dos envolvidos, garantindo que a lei fosse cumprida e que a família da vítima encontrasse um pouco de paz.