Embolização: saiba novo procedimento ao qual Lula será submetido
O presidente Lula será submetido a uma embolização da artéria meníngea média na manhã de quinta-feira (12/12)
A equipe médica que atende o presidente Luis Inácio Lula da Silva no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, divulgou novo boletim médico informando que o presidente passará por uma embolização de artéria meníngea média na manhã de quinta-feira (12/12)
A embolização é um procedimento médico usado para bloquear ou reduzir o fluxo sanguíneo em um vaso sanguíneo ou em um tecido específico do corpo. No caso, o presidente Lula será submetido a uma embolização da artéria meníngea média, principal artéria que irriga a dura-máter craniana. Ou seja, a equipe de neurocirurgia tentará estancar o sangue que está extravasando para a meninge na região da cabeça de Lula
O processo de embolização envolve a inserção de um cateter (um tubo fino e flexível) em um vaso sanguíneo por meio de uma pequena incisão na pele. Quando o cateter está posicionado no local desejado, os médicos injetam substância para interromper o fluxo de sangue para o local desejado. De acordo com a equipe do presidente, a embolização já era uma alternativa planejada dentro dos cuidados do presidente.
HEMORRAGIA INTRACRANIANA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido a uma craniotomia no hospital Sírio-Libanês, na unidade de DE Paulo, na madrugada de terça-feira (10/12). Logo após a notícia, surgiram boatos que o presidente teria passado por um acidente vascular cerebral (AVC).
Liderada pelos médicos Ricardo Kalil e Ana Helena Germoglio, a equipe que acompanha a saúde de Lula esclareceu que a hemorragia intracraniana ocorreu entre o cérebro e a meninge, embaixo de uma membrana chamada dura-máter. Também explicou que a razão da hemorragia era um hematoma formado na cabeça do presidente desde o dia 19/10 após o acidente doméstico que ele teve no Palácio da Alvorada.
SANGRAMENTO NA DURA-MÁTER
O AVC, é um evento médico grave que também se caracteriza por sangramento intracraniano. A diferença é que ele ocorre no cérebro devido a obstrução de um vaso, o chamado acidente vascular isquêmico, ou ruptura de um vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico. O AVC pode deixar sequelas, prejudicando funções neurológicas. No caso de Lula, o sangramento ocorreu na dura-máter, uma cartilagem que protege o cérebro de impactos, ou seja, não houve consequências para a região onde estão os neurônios. Segundo relatos da equipe que atendeu o presidente, era como se ele estivesse com um galo invertido pressionando sua cabeça.
“Não tem machucado no cérebro. Fizemos esse procedimento para que o hematoma não comprima o cérebro, para que o cérebro fique livre de qualquer lesão”, detalhou o médico Ricardo Kalil.
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