Vídeos mostram como ‘grupo de extermínio’ alvo de operação agia no Paraná; mandante acompanhava execuções de dentro da cadeia
Uma megaoperação foi realizada em cinco estados para desarticular um grupo criminoso de extermínio que atuava no Paraná. A Polícia prendeu integrantes da organização e cumpriu 22 mandados de prisão, sendo que sete pessoas ainda estão foragidas. Esse grupo é investigado há três anos e é suspeito de praticar nove diferentes tipos de crime.
Segundo as investigações, o chefe da organização, que estava detido na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, ordenava e acompanhava as execuções de dentro da prisão. Os vídeos obtidos pela RPC mostram os criminosos torturando mulheres para descobrir o paradeiro de drogas escondidas por elas.
Esse grupo é responsável por pelo menos 21 execuções em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, ao longo de 20 meses. Os crimes eram filmados e enviados ou transmitidos em tempo real ao líder do grupo, que orientava as ações. Mesmo preso, o mandante coordenava as execuções e enviava ordens através de um celular.
A operação policial resultou na prisão de 11 pessoas, incluindo um monitor de ressocialização que recebia propina para conceder benefícios aos investigados detidos. Além disso, sete pessoas estão foragidas e seis menores de idade foram identificados como parte do esquema criminoso. O G1 tenta identificar as defesas dos suspeitos envolvidos.
As investigações revelam que o grupo de extermínio é estruturado em vários núcleos, incluindo o chefe, associados, responsável financeiro, apoio logístico, olheiros da milícia e executores, este último composto principalmente por adolescentes. O uso de jovens era uma estratégia para buscar impunidade devido às penalidades mais brandas.
A organização criminosa é suspeita de cometer nove tipos de crimes, como tortura, milícia, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, posse ilegal de armas, entre outros. A polícia deflagrou a operação em várias cidades do Paraná e outros estados, resultando em prisões, apreensões e bloqueios de bens e contas bancárias. A investigação está em andamento para identificar e punir todos os envolvidos nesse grupo de extermínio.
No final de 2024, essa ação policial mostrou o empenho das autoridades em combater grupos criminosos que aterrorizam a população e cometem crimes hediondos. É fundamental continuar o trabalho de investigação e punição para garantir a segurança e a justiça para as vítimas dessas organizações criminosas. Agora, a sociedade aguarda por mais resultados positivos no combate à criminalidade.