Lençóis Maranhenses: O principal destino de turismo de luxo no Brasil

Parque dos Lençóis Maranhenses é eleito como principal destino de luxo para brasileiros

A região ultrapassou Fernando de Noronha, segundo o Anuário de Tendências de Luxo 2025, produzido por empresas de consultoria e pesquisa nesse mercado.

Os Lençóis Maranhenses foram reconhecidos como o principal destino de turismo de luxo para brasileiros, de acordo com o Anuário de Tendências de Luxo 2025, produzido por empresas de consultoria e pesquisa nesse mercado.

Os Lençóis desbancaram Fernando de Noronha, que tradicionalmente liderava as preferências do público de alto poder aquisitivo. O título é mais uma conquista significativa para a região, que foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO em julho deste ano.

Lençóis Maranhenses se destacam como o principal destino de turistas de luxo no Brasil

O estudo que embasou o anuário entrevistou mais de 3.200 pessoas com renda mensal superior a 20 salários mínimos, revelando que 8,5% dos entrevistados planejam viagens ao Maranhão nos próximos meses.

De acordo com especialistas, a ascensão dos Lençóis Maranhenses no segmento de turismo de luxo não se deve apenas à sua impressionante beleza natural, mas também melhorias na infraestrutura local, como a construção de hotéis e resorts de alto padrão.

Alguns empreendimentos na região receberam investimentos superiores a R$ 100 milhões, refletindo o crescente interesse do setor privado em atender a essa demanda e atrair os turistas mais exigentes.

Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses — Foto: TV Mirante

Com grandes dunas de areia branca e lagoas cristalinas de água doce, formadas pelas chuvas e lençóis freáticos, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, localizado no litoral do Maranhão, encanta pelo complexo natural que reúne paisagens de tirar o fôlego.

A beleza e a conservação da área consagraram os Lençóis Maranhenses com o título de Patrimônio Natural da Humanidade concedido pela Unesco.

O paraíso que, até pouco tempo era “escondido”, tem ganhado cada vez mais visitantes de turistas do Brasil e de todas as partes do mundo que se encantam com a beleza do local.

O de reuniu um guia com informações importantes para quem deseja visitar o agora Patrimônio Natural da Humanidade. Veja abaixo. ⬇️

Circuito Betânia, nos Lençóis Maranhenses — Foto: Celso Tavares/G1

COMO CHEGAR AOS LENÇÓIS

Três cidades localizadas no litoral maranhense são consideradas como porta de entrada para os Lençóis Maranhenses, são eles Santo Amaro do Maranhão, Barreirinhas e Paulino Neves. Também é possível chegar ao parque pelos municípios de Primeira Cruz e Humberto de Campos.

A porta de entrada mais conhecida é por Barreirinhas, conhecida como “lado a” dos Lençóis”. Localizado a 258 km de São Luís, o município conta com um aeroporto e voos que saem da capital maranhense e da cidade de Parnaíba, no Piauí.

Além disso, é possível chegar a Barreirinhas por via terrestre, partindo da capital. As viagens podem ser feitas por ônibus intermunicipais que saem da Rodoviária de São Luís ou transferes particulares. A viagem, em média, dura 4h.

Santo Amaro do Maranhão, a 238 km de São Luís é a cidade que possui acessos mais rápidos e fáceis para os Lençóis Maranhenses. Isso é possível devido a localização estratégica do município, localizado praticamente dentro do parque.

É possível chegar a cidade por via terrestre, a partir de viagens feitas em ônibus ou vans particulares, com saídas diárias de São Luís. A viagem dura cerca de 3h20, pelas BRs 402 e 135.

Lençóis Maranhenses estão em uma extensa área do Maranhão que pertence a três municípios — Foto: Arte/de

ACESSO DE TURISTAS

Criado em 1981, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A entidade é responsável por cuidar das agências e operadores de turismo credenciados junto ao parque.

Para quem chega por Santo Amaro do Maranhão, a partir de julho, é necessário o pagamento de uma taxa de R$ 10 para ter acesso ao parque. A taxação é feita pela Prefeitura do município ocorre mesmo após uma decisão da Justiça que entendia que a cobrança era inconstitucional.

Por se tratar de uma área de conservação ambiental federal, o trânsito de veículos (quadrículos ou caminhonetes 4×4) só é feito por agências ou operadores de turismo credenciados ao ICMBio.

O QUE FAZER

Com uma área de 155 mil hectares, a visita ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é uma experiência à parte para quem gosta de aventura, paisagens paradisíacas e busca sossego.

Para os que gostam de aventura e caminhada, vale conhecer as lagoas do circuito Emendadas. Santo Amaro possui acessos mais fáceis do que os de Barreirinhas, com possibilidade de visitação nas lagoas Andorinha, Gaivota e as do circuito Betânia, de onde vale assistir ao pôr do sol.

Outras opções de turismo, além da visitação as lagoas, são os sobrevoos nas lagoas Azul e Bonita, os passeios de lancha ou quadrículo até o povoado de Caburé.

Partindo de Barreirinhas e Santo Amaro, é possível visitar Atins, uma vila de pescadores localizada bem próxima às dunas, com opções de restaurantes, bares e até mesmo resorts de luxo. Por conta da beleza rústica que tem atraído turistas e até celebridades, o local tem sido considerado como a nova “Jericoacoara”.

Outro acesso é pela cidade de Paulino Neves. O trecho faz parte da Rota das Emoções, roteiro turístico que tem início no Ceará, cruza o litoral do Piauí e termina no Maranhão.

Nessa rota é possível visitar três unidades de conservação federais, são eles Parque Nacional de Jericoacoara, Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba e o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

AVENTURA FORA DAS DUNAS

Também não faltam são opções de diversão fora do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Uma das opções mais populares entre os turistas e os nativos da região, é o passeio de lancha no Rio Preguiças, com saída de Barreirinhas.

O passeio proporciona que o visitante possa conhecer os povoados de Vassouras, Mandacaru e a praia do Caburé. Além disso, é possível descer com a correnteza pelo Rio Formiga com o auxílio de boias, em uma aventura divertida e bem relaxante.

QUANDO IR

O litoral do Maranhão, por conta de sua localização, possui duas estações do ano. A chuvosa que vai de fevereiro até maio e a seca, de junho a janeiro. Após o período chuvoso, os Lençóis Maranhenses apresentam suas características mais bonitas, devido ao volume de água das lagoas de água cristalinas.

DICA: O melhor período para visitar o parque é de maio a setembro. Entretanto, por se tratar de um período de alta temporada, também é possível conhecer os Lençóis Maranhenses ao longo de outras datas, mas é preciso levar em consideração que devido ao clima, algumas lagoas podem estar vazias.

Veja, abaixo, o cronograma do nível das águas nas lagoas nos Lençóis Maranhenses:

MAIO A AGOSTO: nível alto das águas
SETEMBRO E OUTUBRO: nível médio das águas
NOVEMBRO A JANEIRO: nível baixo das águas

PATRIMÔNIO NATURAL DA HUMANIDADE

Em julho, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses foi declarado como Patrimônio Natural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas Para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Os Lençóis estão inseridos em uma zona de transição dos biomas do Cerrado, da Caatinga e da Amazônia. O selo da UNESCO foi dado porque o local cumpre todos os requisitos ao título, que valoriza a importância ambiental dos lugares e a necessidade da sua preservação.

Dentre os critérios avaliados que levaram a unidade de conservação a conquistar o reconhecimento estão sua beleza excepcional e o fato de ser um fenômeno natural único no mundo.

Os Lençóis Maranhenses foram avaliados na categoria natural. Com o título, os Lençóis devem receber ainda mais atenção para a prevenção de seus recursos naturais e biodiversidade.

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Desabamento da ponte no Rio Tocantins: Número de mortos sobe para 9 e carro com ácido sulfúrico é encontrado – Últimas atualizações e alertas de segurança

O número de mortos após o desabamento da ponte no Rio Tocantins subiu para 9, com 8 pessoas ainda desaparecidas. O corpo da nona vítima foi encontrado fora da área de mergulho, conforme informado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) no fim da tarde desta quinta-feira. A ponte que ligava o Maranhão ao Tocantins, conhecida como ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, desabou no último domingo, resultando em diversas vítimas, com um total de 9 mortos confirmados e 8 desaparecidos.

Além da nona vítima, até o momento diversas outras vítimas foram identificadas. Entre elas, está Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos, encontrada no rio, e Kecio Francisco Santos Lopes, de 42 anos, motorista do caminhão de defensivos agrícolas. Ainda foram localizados os corpos de Andreia Maria de Souza, Lorena Ribeiro Rodrigues, Anisio Padilha Soares e Silvana dos Santos Rocha Soares. Também houve sobreviventes do acidente, sendo um homem de 36 anos encontrado com vida.

Os mergulhadores que realizam as buscas também localizaram um caminhão carregado com ácido sulfúrico, uma moto e uma caminhonete submersos no Rio Tocantins. No entanto, os tanques dos caminhões que caíram nas águas estão intactos, minimizando o risco de vazamento e contaminação ambiental. O supervisor de Emergência Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) confirmou essa informação e ressaltou que o risco é mínimo para vida humana e meio ambiente.

A investigação sobre as causas do desabamento indicou que o vão central da ponte cedeu, resultando no colapso da estrutura. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) interditou completamente a ponte e orientou motoristas a utilizarem rotas alternativas. A situação estrutural da ponte já havia sido alvo de atenção devido às más condições, como evidenciado por denúncias de moradores. Um vereador de Aguiarnópolis (TO) filmava rachaduras na ponte no momento exato em que o desabamento ocorreu.

Diante da complexidade do processo de retirada do material contaminante e dos veículos do local, um plano específico será aplicado após o encerramento das buscas pelas vítimas. A recomendação é que a população evite contato com embalagens identificadas nas proximidades do Rio Tocantins e comunique as autoridades competentes em caso de identificação de qualquer material suspeito ao longo do rio. É essencial garantir a segurança e preservação ambiental diante desse desastre que impactou a região entre Maranhão e Tocantins.

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