Pesquisa Quaest: aprovação da gestão Jerônimo Rodrigues na Bahia cai 9%; mais pessoas veem estado piorando

Quaest: aprovação da gestão Jerônimo Rodrigues na Bahia tem queda de 9%; mais pessoas acham que o estado tem piorado

Margem de erro da pesquisa é estimada de 3 pontos percentuais. Foram ouvidas 1.200 pessoas de 4 a 9 de dezembro, com mais de 16 anos.

1 de 1 Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (12) aponta queda na aprovação do governo de Jerônimo Rodrigues (PT) na Bahia. No levantamento anterior, em abril, 63% dos entrevistados aprovavam a gestão. Esse percentual agora é de 54%. Os dados também mostram crescimento do índice de pessoas que acreditam que o estado está piorando.

Veja os números da aprovação do governo estadual:

Aprova: 54% (eram 63% em abril)
Desaprova: 35% (eram 32% em abril)
Não respondeu: 11% (eram 6% em abril)

O levantamento aponta que a percepção do governo difere de acordo com a localidade. Na capital, a maior parte das pessoas (36%) avalia de forma negativa a gestão Jerônimo, enquanto na região metropolitana aqueles que classificam desta forma é de 21% e no interior do estado 19%.

Entre os que veem o governo de forma “positiva”, o maior índice está na Região Metropolitana de Salvador: 36%. Na capital são 27% e no interior 32%.

Quando se considera todo o estado a avaliação negativa cresceu de 16% em abril para 22 % em dezembro, enquanto a positiva caiu de 38% na pesquisa anterior para 32% no novo levantamento.

Veja os números da avaliação do governo estadual:

Positiva: 32% (eram 38% em abril)
Regular: 35% (eram 39% em abril)
Negativa: 22% (eram 16% em abril)
Não respondeu: 11% (eram 6% em abril)

A Quaest também questionou os entrevistados sobre a atuação da gestão estadual em áreas específicas. Entre os temas com as piores avaliações estão a segurança pública, seguida de transporte público e geração de emprego e renda.

Já em relação a educação, infraestrutura e mobilidade, habitação e saúde, os dados mostram que houve melhora na percepção da população.

Veja os números da avaliação das áreas de atuação do governo estadual:

– Educação:
Positiva: 50% (eram 54% em abril)
Regular: 25% (eram 26% em abril)
Negativa: 25% (eram 20% em abril)

– Infraestrutura e mobilidade:
Positiva: 43% (eram 52% em abril)
Regular: 29% (eram 30% em abril)
Negativa: 28% (eram 19% em abril)

– Habitação:
Positiva: 41% (eram 47% em abril)
Regular: 32% (eram 34% em abril)
Negativa: 26% (eram 19% em abril)

– Saúde:
Positiva: 35% (eram 39% em abril)
Regular: 28% (eram 33% em abril)
Negativa: 37% (eram 27% em abril)

– Geração de emprego e renda:
Positivo: 34% (eram 33% em abril)
Regular: 31% (eram 37% em abril)
Negativo: 35% (eram 30% em abril)

– Transporte público:
Positivo: 33% (eram 39% em abril)
Regular: 30% (eram 33% em abril)
Negativo: 37% (eram 28% em abril)

– Segurança pública:
Positivo: 31% (eram 37% em abril)
Regular: 27% (eram 31% em abril)
Negativo: 42% (eram 33% em abril)

A Pesquisa Quaest também identificou a percepção dos baianos sobre o estado estar melhorando ou piorando. A maior parte vê de maneira positiva, mas em comparação com a pesquisa anterior, o índice caiu.

Veja o número de pessoas que acreditam se a Bahia está melhorando ou piorando:

Melhorando: 42% (eram 46% em abril)
Está igual: 30% (eram 31% em abril)
Piorando: 23% (eram 20% em abril)
Não respondeu: 5% (eram 3% em abril)

Entre os que avaliaram que a Bahia está melhorando o maior percentual está na região metropolitana (46%). Já a percepção de que “está igual” foi mais expressiva no interior do estado (33%). Na capital baiana a maior parte dos entrevistados opinou que a Bahia está piorando (31%).

A margem de erro da pesquisa é estimada de 3 pontos percentuais. Foram ouvidas 1.200 pessoas de 4 a 9 de dezembro, com mais de 16 anos.

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Gerente suspeito de mortes de funcionários recebe prisão domiciliar

Justiça concede prisão domiciliar a gerente suspeito de envolvimento nas mortes de funcionários de ferro-velho na Bahia

DE preso na terça-feira (17), junto com o gerente, segue preso, enquanto o proprietário do ferro-velho, Marcelo Batista, continua foragido. Corpos de Paulo Daniel e Matusalém ainda não foram encontrados.

A Justiça concedeu, nesta quinta-feira (19), a prisão domiciliar do gerente suspeito de envolvimento nas mortes dos dois jovens funcionários de ferro-velho, que desapareceram há 45 dias, em Salvador. Os corpos das vítimas ainda não foram encontrados.

Wellington de Oliveira Barbosa, conhecido como ‘Cabecinha’, vai cumprir medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica.

A decisão foi tomada após uma audiência de custódia e depois que a defesa apresentou um laudo médico que comprova que ‘Cabecinha’ tem hanseníase, uma condição que demanda cuidados médicos especializados. O juiz responsável pelo caso determinou que o estado de saúde do investigado justifica o cumprimento das medidas alternativas à prisão.

Apesar de ter sido solto, ‘Cabecinha’ permanece sob investigação pelas mortes de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz, que foram vistos pela última vez no dia 4 de novembro, ao entrarem no ferro-velho onde eles trabalhavam.

O policial militar conhecido como ‘Maguila’ segue preso, enquanto o proprietário do ferro-velho, Marcelo Batista, continua foragido.

Laudos periciais analisados pela Polícia Civil apontaram que os dois jovens funcionários de ferro-velho, que desapareceram há 43 dias, em Salvador, foram assassinados dentro do estabelecimento.

A informação foi divulgada na terça-feira (17) pelo delegado Nelis Araújo, da 3ª Delegacia de Homicídios, no mesmo dia que o soldado da Polícia Militar e o gerente do estabelecimento foram presos.

O desaparecimento de Paulo e Matusalém completou um mês em 4 de dezembro. Os dois jovens foram vistos pela última vez ao sair de suas respectivas casas para trabalhar como diaristas no ferro-velho, localizado no bairro de Pirajá.

O dono do empreendimento, Marcelo Batista da Silva, é considerado o mandante do crime. Em 9 de novembro, a Justiça decretou a prisão preventiva do empresário, mas ele fugiu e é procurado pela polícia, desde então.

O soldado da PM preso nesta terça, em Salvador, foi identificado apenas com o apelido de “Maguila”. Ele lotado na 19ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Paripe. O agente foi levado no carro da Corregedoria da Polícia Militar para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde será ouvido.

Nelis Araújo pontuou ainda que apesar das investigações apontarem envolvimento da dupla presa nesta terça, ainda não é possível afirmar a participação de cada um deles nos assassinatos dos jovens.

Marcelo Batista da Silva é o dono do empreendimento. Além do mandado de prisão em aberto em relação ao desaparecimento dos dois jovens, o nome do empresário aparece em investigações a respeito de outros crimes. Segundo a polícia, ele é investigado por duplo homicídio, tentativa de homicídio, envolvimento com milícia e facção criminosa e responde por violência doméstica contra a ex-mulher.

Durante as investigações, foi descoberto que Marcelo acusou os jovens de furto, o que levou à suspeita do envolvimento dele no crime. Além disso, outros suspeitos de envolvimento no caso tiveram pedidos de prisões preventivas solicitados, incluindo policiais. Os detalhes sobre essas pessoas não foram divulgados para preservar o sigilo das investigações.

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