Operação da Polícia Civil RJ desmantela quadrilha de estelionatários no futebol

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou uma operação nesta quinta-feira, visando desarticular uma quadrilha de estelionatários que atuava se passando por técnicos e ex-jogadores de futebol para aplicar golpes. Um dos alvos da ação foi o treinador da seleção brasileira, Dorival Júnior, cuja foto foi utilizada pelos criminosos para solicitar doações falsas em nome de supostas vítimas necessitadas. A investigação aponta que o grupo criminoso atua desde o ano de 2022, enganando jogadores, ex-jogadores e técnicos por meio de perfis falsos em aplicativos de mensagens.

Um dos modus operandi da quadrilha consistia em solicitar doações para ajudar a crianças doentes, utilizando a imagem de pessoas conhecidas do futebol para dar credibilidade ao golpe. Além disso, os estelionatários enviavam áudios falsos, criados por meio de Inteligência Artificial, com a voz de Dorival Júnior para conquistar a confiança das vítimas. As investigações apontam que o líder do grupo reside em Minas Gerais, mas estava temporariamente em Itaperuna e possui antecedentes por crimes de estelionato.

A operação, denominada “Mascarado”, contou com a participação de equipes da 19ª DP (Tijuca), do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC) e da 143ª DP (Itaperuna) para cumprir os mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Itaperuna. Durante as buscas, foram apreendidos dispositivos eletrônicos que serão analisados para esclarecer a extensão dos golpes aplicados pela quadrilha. Estima-se que dezenas de personalidades tenham sido enganadas, algumas ainda não identificadas.

A atuação da Polícia Civil do Rio de Janeiro foi fundamental para desmantelar essa quadrilha de estelionatários que utilizava a imagem de figuras conhecidas do futebol para aplicar golpes. A sociedade deve ficar atenta e desconfiar de solicitações de ajuda por meios não oficiais, verificando a veracidade das informações antes de realizar qualquer tipo de doação. A investigação prossegue para identificar outros envolvidos e garantir que sejam responsabilizados pela prática criminosa.

É importante que as pessoas estejam cientes dos golpes virtuais e saibam como se proteger contra este tipo de crime. A segurança digital é fundamental nos dias atuais, evitando que criminosos se aproveitem da boa fé das pessoas para obter lucro ilícito. Por isso, é essencial manter-se informado e denunciar qualquer atividade suspeita às autoridades competentes. Esta operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro demonstra o compromisso em combater a criminalidade e proteger a sociedade contra golpes e fraudes.

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Denúncia aceita contra Tamara Garcia por lavagem de dinheiro na ‘Casa de Vidro’: jogador do Flamengo pode testemunhar

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro contra Tamara Harrouche Garcia, filha do bicheiro Maninho, por lavagem de dinheiro e ocultação de bens relacionados à ‘Casa de Vidro’ na Barra de Tijuca. O imóvel, que pertencia a Tamara e ao contraventor Bernardo Bello, seu ex-marido, era alugado pelo jogador do Flamengo, Erick Pulgar. Embora o jogador não seja investigado pelo crime, o MP solicitou que ele testemunhasse no caso. A mansão foi sequestrada em 2023 após uma decisão judicial.

A 1ª Vara Criminal Especializada em Crime Organizado determinou que Tamara compareça em juízo de 15 em 15 dias e esteja proibida de sair do Estado do Rio por mais de 15 dias sem autorização judicial. Além disso, ela não pode ter contato com as testemunhas do processo. O aluguel mensal do imóvel era de R$ 70 mil e deveria ser pago via transferência bancária, mas foi feito em espécie. O crime teria ocorrido entre setembro de 2023 e março de 2024, segundo a denúncia do MPRJ.

O contrato de locação previa o pagamento antecipado até o dia 5 de cada mês por meio de transferência bancária, mas a investigação apontou que os pagamentos em dinheiro vivo foram realizados em locais públicos para evitar suspeitas. A movimentação dos valores, segundo o Ministério Público, teria sido dissimulada por Tamara, que alegou que suas contas bancárias estavam bloqueadas, justificando assim a necessidade do pagamento em espécie. A mansão estava sequestrada desde março de 2023, na terceira fase da operação Ás de Ouro, que buscava prender Bernardo Bello, ainda foragido.

O MP solicitou a testemunhação de Erick Pulgar no caso, mas até o momento ele não se manifestou. Já a defesa de Tamara Garcia não foi contatada para comentar sobre o assunto. A polícia civil e o MP do Rio tentam prender Bernardo Bello, que ainda está foragido. O processo segue em andamento e as investigações continuam em relação às transações financeiras relacionadas à ‘Casa de Vidro’ de Bernardo Bello. É importante acompanhar as próximas etapas do caso para entender as implicações legais que poderão ocorrer.

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