Tarcísio se reúne com 63 coronéis da PM e mantém Guilherme Derrite na Segurança Pública em SP: novas políticas em avaliação

Tarcísio se encontra com 63 coronéis da PM e reafirma que Guilherme Derrite seguirá à frente da Segurança Pública em SP

Reunião foi realizada nesta quinta-feira (12) na capital paulista e não foi aberta para a imprensa.

Tarcísio de Freitas e Guilherme Derrite durante cerimônia de aniversário da Rota, em SP — Foto: TOMZÉ FONSECA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) reafirmou nesta quinta-feira (12), durante encontro com 63 coronéis da Polícia Militar de São Paulo, que Guilherme Derrite vai continuar como secretário da Segurança Pública do estado. A reunião não foi aberta para a imprensa.

O governador ainda disse que, a partir de agora, vai ouvir especialistas para avaliar a adoção de novas políticas públicas. Na quarta-feira (11), por exemplo, Tarcísio conversou por duas horas com a professora Joana Monteiro, coordenadora do Centro de Ciência Aplicada à Segurança Pública da FGV, que fez críticas ao governo.

Um dos casos que chocaram a opinião pública e geraram forte repercussão foi o do homem arremessado do alto de uma ponte por um policial militar na Zona Sul de São Paulo, no último domingo (1°). O policial está preso por determinação da Justiça Militar.

O soldado foi filmado atirando o manobrista da ponte sem nenhum motivo ou resistência aparente. A vítima caiu de cabeça de uma altura de três metros e teve ferimentos, mas passa bem.

Vídeo mostra momento em que PM joga homem de ponte durante abordagem em SP — Foto: Reprodução/TV Globo

Em novembro, um estudante de medicina foi morto com um tiro à queima-roupa durante uma abordagem policial. A ação foi registrada por uma câmera de segurança.

Em outro episódio, agora na cidade de Barueri, na Grande São Paulo, policiais militares agrediram uma mulher de 63 anos e deram um golpe de mata-leão (proibido pela instituição desde 2020) em seu filho durante abordagem na garagem da família. As cenas também foram gravadas.

Policiais agridem família durante abordagem na garagem deles — Foto: Reprodução

Tarcísio reconheceu que “tinha uma visão equivocada” sobre as câmeras corporais na farda dos policiais militares e disse que hoje está “completamente convencido que é um instrumento de proteção da sociedade e do policial”. Ele acrescentou que não apenas vai manter o programa como o ampliará.

Os policiais militares de São Paulo já usam câmeras nas fardas, mas a Polícia Militar de São Paulo se prepara para passar a adotar um novo modelo de câmera corporal nas fardas em que a gravação de vídeos pode ser acionada pelo próprio policial. Atualmente, as câmeras usadas gravam automaticamente.

O governador disse que o novo modelo só entrará em operação depois de testadas todas as funcionalidades.

Ao ser questionado sobre os casos recentes de violência, Tarcísio disse que vai fazer uma reciclagem de 100% da tropa.

Dados do Ministério Público apontam que as mortes cometidas por policiais militares no estado de São Paulo aumentaram 46% até 17 de novembro deste ano, se comparado a 2023.

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Prefeito contesta dívida de transição em coletiva de imprensa

Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (18), o prefeito Caio Cunha contestou as informações divulgadas pela equipe de transição de Mara Bertaiolli. Caio Cunha afirmou que dos R$ 470 milhões apontados como dívida consolidada, cerca de R$ 420 milhões podem ser atribuídos às gestões anteriores. Em resposta aos apontamentos feitos pela equipe de transição de Mara Bertaiolli em uma audiência pública na Câmara Municipal, Caio Cunha, ao lado do seu secretariado, convocou a coletiva de imprensa para esclarecer a situação.

Durante a audiência pública, Mara Bertaiolli expressou preocupação em relação à saúde financeira da cidade, mencionando um déficit em caixa de R$ 207 milhões e uma dívida consolidada de R$ 473 milhões. No entanto, durante a coletiva de imprensa, Caio Cunha contestou esses números, destacando que a maior parte da dívida foi contraída por gestões anteriores, totalizando R$ 420 milhões. Cunha ressaltou que sua gestão iniciou o pagamento de um financiamento de R$ 50 milhões, diferente das práticas anteriores de múltiplos empréstimos.

Outro ponto de controvérsia levantado foi a tarifa do transporte municipal, que está congelada em R$ 5 há três anos devido ao subsídio da prefeitura. A equipe de transição de Mara Bertaiolli alertou que o subsídio não está previsto na Lei Orçamentária para 2025. No entanto, Caio Cunha explicou que a suplementação de valores é utilizada conforme a entrada de recursos, incluindo o crédito da bilhetagem para cobrir os subsídios.

Além disso, questões relacionadas aos contratos de saúde, como o Hospital Municipal e a Santa Casa da cidade, também foram abordadas. William Harada, secretário de Saúde, mencionou que o contrato do Hospital Municipal vence em junho e que é competência da próxima gestão decidir sobre o futuro desses serviços. A TV Diário questionou a equipe de transição de Mara Bertaiolli a respeito das declarações de Caio Cunha, e em resposta, foi mencionado que todas as informações foram apresentadas durante a audiência pública na Câmara Municipal.

Diante disso, a polêmica envolvendo as finanças da prefeitura de Mogi das Cruzes destaca a divergência de informações entre as gestões atual e futura. A transparência e a prestação de contas são fundamentais para garantir a eficiência e a responsabilidade na administração dos recursos públicos, sendo essencial um diálogo construtivo para solucionar essas questões e promover o desenvolvimento sustentável do município. Acompanhe as atualizações sobre essa temática para estar informado sobre os desdobramentos desse cenário.

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