Criança de 4 anos é baleada e morta na Penha: casos de violência no Rio de Janeiro

Criança de 4 anos é baleada e morta na Penha

O menino Davi Delgado Magno teria sido morto depois de uma briga dos pais, na
noite desta quinta-feira (12), no Morro da Fé.

Uma criança de 4 anos foi baleada e morta, no final da noite desta quinta-feira
(12), no Morro da Fé, na Penha, na Zona Norte do Rio. O menino Davi Delgado
Magno teria sido morto depois de uma briga dos pais.

Em depoimento, o pai da criança, André Rosa Magno, contou que está separado há
uma semana da esposa, Raquel Gomes Delgado. Segundo ele, Raquel saiu de casa na
noite desta quinta, mas retornou para buscar o filho. Os dois brigaram, e a
mulher teria chamado criminosos locais para ajudá-la.

Ainda segundo André, com medo, ele pegou o filho, colocou no carro e saiu em
disparada, derrubando o portão da garagem. André acabou atropelando um dos
criminosos, que atiraram várias vezes contra o veículo, atingindo o menino.

O pai dirigiu até o Hospital Estadual Getúlio Vargas, também na Penha, onde a
criança acabou morrendo.

A Polícia Civil foi acionada e periciou o veículo ainda na porta da unidade
hospitalar.

André e a mãe do menino foram ouvidos na Delegacia de Homicídios da Capital
(DHC), que assumiu as investigações do caso.

OUTROS CASOS DE VIOLÊNCIA

O Rio de Janeiro registrou casos diários de vítimas da guerra urbana nesta semana. Nesta quinta-feira (12), o Em Pauta, da GloboNews, destacou a rotina de violência no Rio de Janeiro. Somente nesta semana, o Rio registrou casos diários de vítimas da guerra urbana. Veja no vídeo acima.

Nesta quinta-feira (12), um turista foi baleado a caminho do Cristo Redentor, e um policial militar foi morto em tentativa de assalto. Na terça-feira (10), a médica Gisele perdeu a vida ao ser atingida por uma bala perdida dentro de um hospital da Marinha. Na segunda-feira (9), as amigas Alessa e Evelyn foram baleadas quando saíam para o trabalho. Alessa não resistiu. No domingo (8), Steve levou um tiro na cabeça durante um assalto. Na sexta-feira (7), os irmãos Caique e Mirella foram atingidos por balas perdidas em um tiroteio e sobreviveram. No dia 5, a menina Kamilla Vitória morreu ao ser atingida por um tiro enquanto brincava. No dia 3, o policial militar Marco Antônio foi morto com um tiro de fuzil por criminosos.

O Rio de Janeiro registrou casos diários de vítimas da guerra urbana nesta semana. PM é morto a tiros durante tentativa de assalto no Méier. Argentino é baleado ao entrar por engano em rua do Morro do Escondidinho. RJ tem 23 crianças baleadas em 2024.

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Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

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