Guerra na Síria entra no 7° ano e ONU vê o país “numa encruzilhada”

A guerra na Síria está entrando no seu sétimo ano e a Agência da ONU para Refugiados, pede “medidas drásticas para fortalecer a paz e a segurança no país”, antes que a situação piore. A agência está encorajando a comunidade internacional a redobrar o seu apoio aos deslocados pelo conflito para amenizar o intenso sofrimento de “milhões de civis inocentes”.

O atual dirigente do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), Filippo Grandi, declarou que a “Síria está numa encruzilhada”. Cerca de 13,5 milhões de pessoas no país precisam receber ajuda humanitária, sendo que 6,3 milhões são deslocados internos. O Acnur lembra que milhares de sírios fizeram viagens arriscadas por terra e mar em busca de segurança.

Segundo a agência, quase 3 milhões de crianças sírias cresceram sem saber como é viver num local sem conflito, já que, quando nasceram, o país já estava em guerra.

Pessoas, não números

Filippo Grandi lembrou que o “conflito na Síria não é sobre números, é sobre pessoas”, uma vez que “famílias foram arrasadas, inocentes foram mortos e casas, empresas e meios de subsistência foram destruídos”. Para ele, a situação é um exemplo de “um fracasso coletivo”. Para tentar amenizar o problema, no início de abril, haverá em Bruxelas, na Bélgica, uma conferência internacional sobre financiamentos para ajuda humanitária na Síria.

A ONU precisa de US$ 8 bilhões neste ano para atender as necessidades dos civis que estão no país e das famílias que estão refugiadas em nações vizinhas. O Acnur confirma que vai continuar prestando assistência e proteção às vítimas do conflito. No ano passado, 1 milhão de sírios receberam ajuda durante o inverno e ao longo do ano, mais de 4 milhões foram beneficiados com comida, remédios, roupas e utensílios.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), também conhecido como a Agência da ONU para Refugiados, tem como missão dirigir e coordenar a ação internacional para proteger e ajudar as pessoas deslocadas em todo o mundo e encontrar soluções duradouras para as mesmas. A agência iniciou seus trabalhos em 1950 e já ajudou dezenas de milhões de pessoas ao redor do mundo. Por conta disto, recebeu dois Prêmios Nobel da Paz por seu trabalho humanitário.

Fonte: Agência Brasil

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Casos de HIV registra redução de 10% Goiânia

Nos primeiros nove meses de 2024, Goiânia viu uma redução de 10% no número de novos casos do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em comparação com o mesmo período de 2023. De acordo com dados da Gerência de Doenças e Agravos Transmissíveis IST e Aids, a capital registrou 542 casos de HIV de janeiro a setembro de 2023, enquanto no mesmo período de 2024, o número caiu para 485, representando uma redução de 10,52%.
 
Essa diminuição é atribuída principalmente ao aumento no uso da Profilaxia Pre-Exposição (PrEP), com um crescimento de 20,89% no número de novos usuários neste ano. Além disso, há também o aumento de pacientes que, ao serem diagnosticados com HIV, iniciam o tratamento regular, retardando assim o desenvolvimento da Aids. “Essas estratégias têm mostrado resultados significativos na prevenção da progressão da doença,” explica a técnica de Vigilância Epidemiológica das Infecções Sexualmente Transmissíveis, Valeria Borba.
 
Embora a redução nos novos casos seja positiva, a situação ainda exige atenção, pois ainda há óbitos causados pela doença. Até agosto deste ano, foram registrados 46 óbitos em decorrência do HIV/Aids. Atualmente, cerca de seis mil pessoas convivem com o vírus na capital, sendo 85% delas do sexo masculino.
 
A prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais no combate ao vírus. “É necessário manter o alerta sobre a importância da prevenção e dos testes rápidos em casos necessários. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações graves e óbitos,” alerta a diretora de Vigilância Epidemiológica, Marília de Castro.
 
No dia 1º de dezembro, a Prefeitura de Goiânia promoverá uma ação de conscientização e prevenção para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Aids, data estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O evento ocorrerá das 8h às 12h, no Lago das Rosas, no Setor Oeste. A ação é aberta ao público e contará com atividades gratuitas voltadas à informação, prevenção e diagnóstico precoce da doença. A programação inclui a realização de testes rápidos, distribuição de autotestes, além de orientações com profissionais de saúde sobre a doença e as formas de prevenção.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp