Operação Têmis: PF apreende celulares de políticos suspeitos na Baixada Fluminense

A Polícia Federal realizou uma operação na Baixada Fluminense, mirando uma organização criminosa suspeita de compra de votos e lavagem de dinheiro. Durante a Operação Têmis, os agentes apreenderam celulares na casa de Netinho Reis, prefeito eleito em Caxias. Um dos alvos da ação era o prefeito de Duque de Caxias, Netinho Reis (MDB), sobrinho do secretário estadual de Transportes do Rio e ex-prefeito da mesma cidade, Washington Reis (MDB). Ao chegarem na residência do político, os agentes encontraram dois celulares escondidos dentro de um freezer.

Imagens obtidas durante as buscas mostram os aparelhos colocados dentro de uma gaveta ao lado de potes de sorvetes. Além dos celulares, a operação resultou na apreensão de dois carros de luxo na cidade de Xerém, em Caxias, na casa do secretário de Transportes. Os alvos incluíram também o prefeito de Duque de Caxias, Wilson Reis, e a vereadora Fernanda Izabel da Costa, filha do traficante Fernandinho Beira-Mar.

Além dos políticos locais, o deputado estadual Valdecy da Saúde (PL), ex-candidato à prefeitura de São João de Meriti, também foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Na casa de um agente comunitário, a PF encontrou uma mala com maços de dinheiro. Um grupo contratado por políticos para disseminar fake news em períodos eleitorais foi descoberto, incluindo a propagação de informações falsas envolvendo políticos adversários.

Entre as notícias inventadas pela quadrilha estava uma reportagem falsa que ligava o deputado Leo Vieira ao assassinato da vereadora Marielle Franco. Washington Reis afirmou que a eleição foi transparente e honesta, enquanto Wilson Reis refutou qualquer envolvimento no caso, afirmando estar à disposição da justiça para prestar esclarecimentos. A reportagem continua em busca de contato com os demais citados na operação.

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MPF pede investigação e afastamento de agentes envolvidos em incidente com Juliana Rangel: caso reflete necessidade de mudanças na abordagem policial

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou uma investigação detalhada e o afastamento dos agentes envolvidos na ação que resultou no incidente em que Juliana Rangel, de 26 anos, foi baleada em uma rodovia federal, deixando-a em estado gravíssimo. A jovem continua internada e sua situação é considerada crítica. O MPF está intensificando seus esforços para garantir que os responsáveis sejam identificados e afastados de suas funções.

Durante a noite de 24 de dezembro, Juliana Rangel foi atingida por um disparo na cabeça enquanto deixava a Baixada Fluminense em direção a Niterói, para participar da ceia de Natal. Os policiais da PRF envolvidos alegaram ter ouvido disparos e deduziram que estavam vindo do veículo de Juliana, porém logo perceberam que haviam cometido um grave equívoco. A Corregedoria da PRF está conduzindo a investigação do caso.

O superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, expressou que os agentes foram afastados de suas atividades operacionais e enfatizou a gravidade do ocorrido. Após o incidente, Juliana foi admitida no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde os médicos revelaram que o projétil passou de raspão em sua cabeça, sem atingir regiões vitais.

Os familiares de Juliana Rangel permaneceram à espera de notícias no hospital e comentaram sobre o susto ao receber a informação do ocorrido. Este incidente não é um caso isolado, pois outras vítimas no Rio de Janeiro foram impactadas por erros na abordagem de policiais rodoviários federais. O diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, reconheceu a necessidade de revisão dos protocolos de abordagem para evitar futuros equívocos.

O antropólogo Robson Rodrigues da Silva, destacou a importância de mudanças na mentalidade e no comportamento das forças policiais para evitar tragédias como essa. Ele ressaltou a necessidade de uma abordagem mais cuidadosa e assertiva, defendendo um diagnóstico detalhado para identificar fatores recorrentes que contribuem para tais incidentes. A PRF se pronunciou sobre o caso, lamentando profundamente o ocorrido e prestando assistência à família de Juliana.

Diante de mais uma situação de erro policial que resultou em danos irreparáveis, é essencial que as autoridades competentes investiguem minuciosamente o caso e garantam que medidas apropriadas sejam tomadas. O clamor por justiça e segurança nas ações policiais é essencial para evitar que tragédias como essa se repitam no futuro. É fundamental que casos como o de Juliana Rangel sirvam como alerta para a necessidade de revisão constante e aprimoramento das práticas policiais.

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