Prefeitura regulamenta potencial construtivo de São Januário para reforma do estádio. Saiba mais!

Reforma de São Januário: Prefeitura regulamenta lei de potencial construtivo do estádio

Após análise da Procuradoria Geral do Município, decreto foi publicado no Diário Oficial nesta sexta-feira

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A lei que autoriza o Vasco [https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/] a vender o potencial construtivo de São Januário foi regulamentada nesta sexta-feira pela Prefeitura do Rio de Janeiro e publicada no Diário Oficial. Com o decreto, o clube tem o amparo legal para dar início à venda do potencial construtivo e viabilizar o início das obras do estádio.

O texto fala sobre a “Operação Urbana Consorciada” – um “pacote” de melhorias que serão feitas a partir da regulamentação: a reforma do estádio do Vasco, as obras do entorno de São Januário e a própria venda do potencial construtivo para outras regiões da cidade, como a Barra da Tijuca.

O Vasco ainda vai apresentar à Prefeitura o projeto com o estudo para as obras no entorno de São Januário e as intenções de melhorias para a região. Com o decreto, o próximo passo do clube é criar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). A SPE é uma empresa – controlada pelo clube – com o propósito específico de tocar a reforma do estádio. É ela que vai emitir, vender e receber os recursos pelos certificados de potencial construtivo, e conduzir todo o processo de reforma. O Vasco está tratando da criação da SPE neste momento.

O texto da Prefeitura também indica a constituição de uma comissão para analisar e aprovar todos os processos em pauta na Prefeitura sobre os projetos vinculados à reforma.

Em contato com o ge, o Vasco disse que vai dar continuidade ao processo de abertura da SPE (Sociedade de Propósito Específico). O clube também agradeceu o empenho do Prefeito Eduardo Paes e dos Secretários Guilherme Schleder, Thiago Dias e Jorge Arraes e todo o time da Prefeitura durante esse processo.

Houve uma reunião entre Pedrinho e o prefeito Eduardo Paes [https://ge.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2024/12/11/reuniao-entre-vasco-e-prefeitura-encaminha-redacao-final-do-potencial-construtivo-de-sao-januario.ghtml] na última terça-feira para encaminhar a redação final do decreto. O texto passou por uma análise final feita pela Procuradoria Geral do Município antes de ser publicado.

Em outubro, o ge publicou que o atraso para a regulamentação da lei se devia ao fato de o Vasco ainda fazer ajustes na proposta que seria apresentada, por se tratar de um projeto muito grande, que envolve não só o estádio como toda a região no entorno de São Januário.

Houve ainda um terceiro artigo, com o Nº 55513 no Diário Oficial, com o tombamento definitivo do Estádio de São Januário, o Parque Aquático Vasco da Gama e a Capela Nossa Senhora das Vitórias, situados no complexo do estádio. A medida da Prefeitura visa garantir que haverá a preservação dos espaços, como a fachada do estádio, mesmo com a reforma.

A transferência de potencial construtivo funciona assim: a legislação urbanística do Rio permite construções maiores ou menores em um determinado terreno, de acordo com o bairro onde ele fica por exemplo. Em São Januário, a regra permitiria construções que não serão utilizadas pelo Vasco – até porque não se constrói sobre o gramado, por exemplo.

Ao todo, 197 mil metros quadrados autorizados não serão utilizados pelo projeto de reforma do estádio. A lei aprovada na Câmara permite, então, que o Vasco emita títulos dessa área autorizada – o potencial construtivo – para serem aplicados em outras áreas, principalmente na Barra da Tijuca.

Com isso, uma construtora pode adquirir o potencial do Vasco e aplicar em outro terreno, que poderá ter construções maiores do que inicialmente permitido pela regra local. Isso permite, por exemplo, que prédios mais altos do que o previsto sejam construídos nessas chamadas “áreas receptoras”, sempre respeitando um limite máximo estabelecido em lei.

A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou no dia 18 de junho, em segunda discussão, o projeto de lei do potencial construtivo da reforma de São Januário, estádio do Vasco. O projeto foi aprovado por unanimidade entre os parlamentares, com 44 votos a favor, e seguiu para a sanção do prefeito Eduardo Paes.

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Descubra a Estratégia Defensiva dos Times de Fábio Carille no Vasco

Como jogam os times de Fábio Carille, novo treinador do Vasco

Contrato do treinador vale por um ano. Carille tem histórico de bons trabalhos na Série A e times sólidos na defesa

Fumaça branca na Colina! O Vasco da Gama anunciou a contratação de Fábio Carille [https://ge.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2024/12/19/vasco-assina-com-fabio-carille-contrato-de-um-ano.ghtml] como seu novo treinador para a temporada de 2025.

Após a recusa de Renato Gaúcho, Carille e Vasco chegaram a um acordo em poucas horas no anúncio feito no dia 19 de dezembro. A experiência no futebol brasileiro, com títulos de Série A e Série B, e a solidez defensiva de seus times foram fatores levados em conta na contratação.

Aos 51 anos de idade, Carille treinará sua quarta equipe no futebol brasileiro. Ele teve um começo meteórico como treinador principal, com um título Paulista e Brasileiro pelo Corinthians, em 2017. No Santos foi decisivo ao tirar o time da zona de rebaixamento em 2021. Foi vice-campeão Paulista e campeão da Série B neste ano.

Carille não “larga” de seu esquema favorito, o 4-2-3-1. Foi assim que montou o Corinthians em 2017 e 2019 e o Santos no ano passado, com uma linha de meias composta por Guilherme na direita, Giuliano centralizado e Otero na esquerda, tendo Julio Furch como referência no ataque. O treinador usou o mesmo esquema em passagens na Arábia e no Japão.

Carille costuma se adaptar ao elenco que tem, mas gosta de segurança na hora de sair jogando. No Corinthians, ele montava a saída de bola com a participação dos volantes. A saída era feita em triangulações simples nos lados, com toques rápidos em direção à área. Naquela época, Guilherme Arana tinha mais liberdade para se movimentar dentro de campo. No Santos, Aderlan e Felipe Jonathan jogavam dessa forma.

Carille não abre mão de ter ponteiros clássicos em seus times. No 4-2-3-1, ele busca variar: um dos pontas é mais tradicional, de correria e drible, o outro é mais construtor e puxa mais pelo meio, ajudando os volantes e meias a criarem jogadas. O treinador sempre demonstrou preferência por equipes que tenham um camisa 9 clássico, um centroavante de referência, e gosta de um nove que consiga atuar de costas para o gol.

A fama de retranqueiro realmente acompanha Carille, mas seus times são eficientes sem a bola. O esquema 4-2-3-1 se transforma em duas linhas de quatro na fase defensiva, evidenciando a compactação que dificulta a penetração adversária. A defesa opera em “linhas baixas”, protegendo a própria área ao invés de avançar no campo adversário. Isso significa que o time não adota uma marcação por pressão, mas sim um posicionamento estratégico, gerando a impressão de uma equipe mais defensiva.

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