Clínica condenada por erro em ultrassom que diagnosticou morte de feto

Uma clínica particular foi condenada pela Justiça de Florianópolis após constatar incorretamente a morte de um feto. Cabe recurso. A gestante descobriu que o diagnóstico estava incorreto ao procurar o hospital já para fazer uma curetagem – procedimento cirúrgico feito dentro do útero. Por cautela, um novo exame foi realizado antes do procedimento, e indicou que o bebê estava vivo. A criança nasceu em 2019.

O caso foi divulgado pelo Poder Judiciário de Santa Catarina na quinta-feira (12). O processo está em segredo e o nome da clínica não foi divulgado. Pela decisão, a mãe que entrou com o processo deve receber R$ 15 por danos morais.

O erro ocorreu em um exame de ultrassonografia. Diante do resultado, a clínica indicou que a mãe fizesse um aborto. Dez dias após receber o laudo equivocado, a gestante, ainda abalada pela suposta perda, procurou um hospital para realizar o procedimento de curetagem. Por cautela, os médicos do hospital decidiram realizar uma ressonância magnética antes do procedimento, já que a mulher não apresentava sintomas típicos de aborto, como sangramentos ou perda de líquidos. O novo exame revelou que o feto estava vivo, com batimentos cardíacos normais. O bebê nasceu saudável em 7 de abril de 2019, por parto normal.

“Gestação é um período de profundas transformações físicas e emocionais. O diagnóstico equivocado, que concluiu pela morte do feto, destruiu os sentimentos maternais que afloravam na autora, causando o dano reparado nesta ação”, destacou o magistrado na sentença. O juiz responsável pela decisão observou que o erro poderia ter sido evitado se o médico responsável pelo exame inicial tivesse informado que o resultado não era conclusivo ou que necessitava de exames complementares. “Foge ao bom senso considerar correto um parecer médico baseado em um único exame, sem maiores detalhes, e que atesta de forma absoluta a ocorrência de óbito fetal”, concluiu o juiz.

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Prefeitura de Guarapuava prorroga contrato de transporte público por mais 10 anos: entenda os detalhes e o futuro do sistema

A Prefeitura de Guarapuava, na região central do Paraná, prorrogou o contrato com a Transportes Coletivos Pérola do Oeste por mais 10 anos, podendo rescindi-lo no prazo de cinco anos. O grupo empresarial detém a concessão do transporte público da cidade desde 1973. O atual contrato, firmado em 2009, venceria em dezembro de 2024. Em julho de 2024, a prefeitura contratou um estudo por R$ 648,5 mil para a elaboração de um modelo de sistema de transporte público, que seria utilizado como base para uma nova licitação. Porém, o prazo de finalização vai até novembro de 2025 e, por isso, ele ainda não foi finalizado.

Segundo a prefeitura, são usadas mais de 15 mil passagens por dia no transporte público de Guarapuava. A tarifa técnica foi definida em R$ 8,50 por passageiro para os próximos doze meses. Para manter o valor da tarifa paga pelo usuário, a prefeitura vai subsidiar a diferença para a empresa. Dessa forma, os valores cobrados dos usuários continuam em: R$ 2,50 para quem usa o Guará Card e a meia passagem para estudantes; R$ 6 para quem paga em dinheiro; R$ 1 para cadastrados no Educard Guarapuava.

A prefeitura contratou um estudo para a elaboração de um novo modelo de sistema de transporte público menos de seis meses antes do vencimento do contrato com a Pérola do Oeste. A intenção era utilizá-lo como base para a criação de um edital de licitação para a escolha de uma nova empresa concessionária – porém, a Urbtec, responsável pelo estudo, pode finalizá-lo até novembro de 2025. O Município já adotou todas as medidas necessárias para que seja realizada a nova licitação. Todavia, por força da amplitude e da complexidade do assunto, a empresa contratada para a elaboração dos estudos e dos documentos que servirão de base para a nova licitação tem prazo contratual até 2025 para a entrega do relatório e documentos pertinentes ao Plano de Transporte Coletivo Urbano (PTU), afirma a prefeitura.

No site da prefeitura, o Município afirmou que a prorrogação visa “evitar prejuízos à população e assegurar que a nova gestão municipal tenha tempo hábil para formar suas próprias convicções quanto ao atual contrato e também sobre a nova licitação, que encontra-se em fase de estudos”. O DE questionou a prefeitura porque a prorrogação foi feita por mais dez anos ao invés de menos tempo e aguarda resposta. A Município também explica que o PTU se encontra na etapa de definição do escopo da concessão e proposta de modelo institucional para licitação, “sendo realizado o diagnóstico detalhado do sistema de transporte coletivo atual, além de estudos que auxiliarão na proposição do novo modelo de sistema para a cidade, que será desenvolvido na próxima etapa do plano”. Após a conclusão da fase de diagnóstico, o Município dará início ao estudo da proposição do novo sistema de transporte coletivo. A etapa seguinte definirá a oferta futura do transporte para o Município, estabelecendo o projeto básico e realizando a licitação para a nova operação.

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