Influencer ‘Felina do Privacy’ tem prisão revogada, mas deve cumprir medida protetiva

‘Felina do Privacy’ teve prisão revogada, mas tem que cumprir medida protetiva; entenda

Em caso de descumprimento, Michaela Reis Vargas Alexandre volta a ter prisão decretada. Defesa alega que influencer também solicitou medida. Caso envolve irmãs.

Sósia de Kelly Key e ‘felina’ do Privacy: quem é influencer de SC que estava foragida

A influenciadora e criadora de conteúdo adulto Michaela Reis Vargas Alexandre teve o mandado de prisão preventiva revogado nesta semana. Ela esteve foragida por mais de dois meses após descumprir uma medida protetiva que a própria irmã havia solicitado contra ela.

A defesa da modelo, que se descreve como “Felina do Privacy”, alega que também conseguiu na Justiça medida protetiva em favor dela, de modo que ambas as irmãs possuem a mesma restrição em relação uma a outra.

A revogação do mandado de prisão aconteceu em audiência de instrução e julgamento na quarta-feira (11), onde as partes e testemunhas foram ouvidas. Na mesma sessão, a defesa da influenciadora também conseguiu uma medida protetiva em favor de Michaela, informou ao DE o advogado dela, Marlon Bertol.

Com isso, segundo ele, foram impostas restrições de manter contato e de aproximação entre elas. Michaela agora aguarda o término do processo em liberdade, mas ainda precisa cumprir a medida protetiva em favor da irmã. A reportagem DE questionou o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) sobre a decisão e aguarda retorno.

MEDIDAS PROTETIVAS

O processo corre em sigilo, e os conteúdos das medidas protetivas não foram divulgados. Segundo a advogada Daisy Cristine Neitzke Heuer, presidente da Comissão de Direito Penal e da Advocacia Criminal da Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina (OAB/SC), a medida protetiva genericamente é aplicada em questões de violência contra a mulher no ambiente doméstico ou familiar.

De acordo com a Lei Maria da Penha, as medidas protetivas podem suspender ou restringir posse ou porte de armas do agressor, afastar o agressor da casa, proibir o agressor de se aproximar da vítima, proibir que o agressor entre em contato, ligue ou mande mensagem para a vítima e seus familiares, proibir que o agressor frequente determinados lugares, restringir ou suspender visitas aos filhos, fornecer alimentação à vítima ou dependentes.

AGRESSÕES

DE questionou Bertol sobre o contexto das agressões. Sem detalhar, pelo caráter sigiloso do processo, ele informou apenas que “Michaela revidou da mesma forma que fora agredida. No momento em que as recebia as agressões, as revidou”. A Polícia Civil disse que não tem informações sobre como a situação ocorreu, já que foi a advogada da vítima quem representou pela prisão da influencer. A defensora, que pediu para não ter o nome divulgado, também não trouxe detalhes, mas confirmou a realização da audiência na quarta-feira.

‘FELINA DO PRIVACY’

Natural de Tijucas, na Grande Florianópolis, Michaela é professora de educação física, se diz adepta da musculação e, nas redes sociais, onde acumula mais de 100 mil seguidores ao todo, divulga trabalhos como modelo, além da conta destinada à venda de conteúdos adultos.

Na quinta-feira (12), um dia após a revogação do mandado, a modelo voltou a publicar nas redes sociais e compartilhou seu perfil no Privacy, onde se descreve como “felina”. “Vem muita novidade por aí”, escreveu no primeiro vídeo publicado. Logo em seguida, fez outro vídeo mostrando que estava na academia. O mandado de prisão contra ela havia sido expedido em 4 de outubro, de acordo com o Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP). Ele não constava mais na plataforma nesta quinta-feira.

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Escola de atores em Porto Alegre é multada em R$ 150 mil por propaganda enganosa

O Ministério Público de Porto Alegre vai impor uma multa de pelo menos R$ 150 mil à escola de atores Elite Acting devido à suspeita de propaganda enganosa e descumprimento de contratos com alunos. De acordo com reportagens do Grupo de Investigação (GDI) da RBS, mais de uma centena de vítimas teriam sido enganadas pela instituição. A Promotoria de Defesa dos Direitos do Consumidor da capital gaúcha está investigando o caso, que envolve a promessa de benefícios não cumpridos.

A empresa Elite Acting ainda não se pronunciou oficialmente, mas garantiu que está à disposição das autoridades e do Ministério Público para colaborar com as investigações. A multa aplicada leva em consideração o descumprimento de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado pela escola em 2021, que estabelecia a transparência sobre a participação dos clientes em audições, filmes e peças após a realização de um curso.

Com base em 30 casos de descumprimentos, o MP calculou o valor da multa em R$ 150 mil, que deverá ser destinado ao Fundo Estadual de Reconstituição dos Bens Lesados. O promotor Luciano de Faria Brasil destacou a continuidade das práticas enganosas da instituição e ressaltou a importância de reparar os danos coletivos causados pela empresa.

Os relatos dos alunos indicam que a escola abordava potenciais clientes na internet ou nas ruas da capital gaúcha oferecendo oportunidades de atuação em peças teatrais ou filmes. Entretanto, após a aprovação nas audições, os candidatos eram informados da necessidade de realizar um curso pago pela escola, que muitas vezes não resultava nas oportunidades prometidas.

Após a repercussão do caso, 115 supostas vítimas se reuniram em um grupo para compartilhar experiências. O MP já ouviu 30 delas e identificou um padrão de atuação da Elite Acting/Acting Filmes que desrespeita o Código de Defesa do Consumidor. A empresa, que possui diferentes CNPJs pertencentes ao mesmo grupo financeiro, está sujeita a punições adicionais se o número de vítimas aumentar.

Apesar das investigações em curso, a escola de atores não realizou novas publicações em suas redes sociais e a sede no Centro de Porto Alegre foi encontrada vazia por vizinhos. A falta de movimentação indica a possibilidade de que a empresa tenha interrompido suas atividades. A situação permanece sob análise das autoridades competentes para proteger os consumidores e evitar práticas abusivas.

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