Morre jovem baleada a caminho do trabalho em operação na Penha
Seis pessoas foram baleadas no dia.
1 de 1 Ônibus são incendiados em dia de operação na Penha — Foto: Reprodução/TV
Globo
Ônibus são incendiados em dia de operação na Penha — Foto: Reprodução/TV Globo
A jovem que foi baleada na Operação Torniquete feita no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, morreu nesta quinta-feira (13). Ágatha Alves de Souza, de 22 anos, passou 10 dias internada no Hospital Getúlio Vargas em estado grave. [https://de.de/de/de/de/operacao-no-complexo-da-penha-nesta-terca-feira.ghtml]
No dia da operação, seis pessoas ficaram feridas. O objetivo da ação era prender traficantes do Comando Vermelho.
Ágatha ia para o trabalho, no Cosme Velho, Zona Sul do Rio, e estava em um ponto de ônibus na Rua Uranos quando foi atingida.
Michele Almeida de Souza, mãe de Agatha, disse que a filha lhe avisou que tinha sido alvejada.
“Não tinha sinal de operação. Ela saiu quando não estava dando tiro. Quando ela chegou perto do [supermercado] Guanabara, ela me ligou. Ela falou: ‘Mãe, eu vi o Caveirão entrando agora. Olha o grupo do colégio que eu acho que não vai ter aula’. E desligou. Logo em seguida começou os tiros. Aí uns 10 minutos depois, ela me ligou: ‘Mãe, eu fui baleada.’”
Chefes do Comando Vermelho eram procurados — entre eles, o traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca. Os policiais também tentavam prender criminosos foragidos do Pará e do Ceará escondidos na Penha.
Segundo moradores, os tiroteios começaram às 5h20. Traficantes atearam fogo a barricadas — até um carro foi incendiado.
A TV DE apurou que uma equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil, foi primeiro para o conjunto de favelas. Outros 200 agentes de 18 unidades foram mobilizados a partir da Cidade da Polícia.
“A ação integrada tem como objetivo cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra traficantes do Comando Vermelho (CV) responsáveis, entre outros crimes, por ordenar roubos de veículos e de cargas para financiar a ‘caixinha’ da organização criminosa, o que viabiliza a compra de armamento, munição e o pagamento de uma ‘mesada’ aos parentes de integrantes presos da facção e de lideranças do grupo”, explicou a Polícia Civil, em nota.
> “Segundo as investigações, é do Complexo da Penha de onde partem as ordens para as disputas entre rivais em busca de expandir territórios.”
Também participavam da ação a Polícia Militar e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro [https://de.de/de/de/de/cidade/rio-de-janeiro/] (Gaeco/MPRJ).