Assembleia Legislativa do Amazonas aprova LOA de R$31,4 bi e empréstimo de R$6 bi em última sessão de 2024

A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) aprovou, nesta sexta-feira (13), o Projeto de Lei (PL) que trata da Lei Orçamentária Anual (LOA), estabelecendo o orçamento de R$ 31,4 para o estado, em 2025. Um empréstimo de mais de R$ 6 bilhões de reais solicitado pelo Governo do Amazonas também foi aprovado durante a sessão.

A sessão desta sexta-feira começou às 9h45 mas, foi interrompida 15 minutos depois para uma reunião à portas fechadas na sala da presidência. A votação só foi retomada mais de três horas depois.

Os parlamentares votaram 144 projetos de lei. O principal deles foi o Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025, no valor de R$ 31,4 bilhões, sendo um bilhão a mais do orçamento de 2024. As áreas da saúde e educação vão ter orçamento de mais de R$ 4 bilhões cada. Segurança pública deve receber mais de R$ 3 bilhões e, o setor primário, mais de R$ 413 milhões de reais.

Na Lei Orçamentária de 2025, foram propostas 531 emendas impositivas e 45 emendas individuais. Alguns parlamentares protestaram a não aprovação das emendas de ajuda no período de estiagem no Amazonas.

Os deputados também aprovaram dois projetos de lei dando uma autorização para o Governo do Amazonas fazer dois empréstimos no valor de R$ 6,5 bilhões, junto ao Banco do Brasil e um do Banco Internacional. Na proposta enviada pelo governo, foi informada que a verba vai ser usada no Programa de Sustentabilidade Fiscal, Econômica e Sustentável do estado. O valor deve ser aplicado ainda no pagamento de dívidas internas e no combate às queimadas e desmatamento.

A sessão desta sexta-feira foi a última de 2024. Os parlamentares entraram em recesso parlamentar e só retornam aos trabalhos na casa legislativa no dia 3 de fevereiro de 2025.

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Pesquisa aponta queda na leitura na Região Norte do Brasil – Dados alarmantes revelam redução de 15 pontos percentuais em cinco anos

A Região Norte do Brasil tem enfrentado uma queda significativa no número de leitores nos últimos anos, de acordo com os dados revelados pela 6ª edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”. O Amazonas se destaca como o estado com o pior índice de leitura da região, com apenas 40% dos entrevistados admitindo ter lido algum livro nos três meses anteriores ao levantamento. Esse resultado demonstra uma queda considerável em relação a 2019, quando o índice de leitores na região Norte era de 63%. Esses números apontam para uma preocupante redução de 15 pontos percentuais em apenas cinco anos.

A pesquisa, realizada pelo Instituto Pró-Livro (IPL) em parceria com a Fundação Itaú e apoio de entidades como a Abrelivros e a CBL, contou com o trabalho do instituto Ipec – Inteligência em Pesquisa e Consultoria. Ao todo, foram entrevistados 5.504 brasileiros em 208 municípios, abrangendo diversos tipos de livros, desde os impressos até os digitais, incluindo também livros didáticos, bíblias e obras religiosas. O levantamento revela não só a queda no número de leitores na Região Norte, mas também uma diminuição na quantidade de livros lidos por ano.

Ao analisar os dados por estado, o Amazonas se destaca negativamente, registrando uma média de 1,77 livros lidos nos últimos três meses e uma média de leitura por vontade própria de literatura de apenas 0,41. Em comparação com os demais estados da região, Rondônia, Acre, Roraima, Amapá e Tocantins alcançaram um índice de 54% de entrevistados que afirmaram ter lido algum livro em 2024, enquanto o Amazonas ficou consideravelmente abaixo da média regional, com apenas 40%.

Além disso, o número de livros lidos por ano na Região Norte também apresentou uma redução significativa, passando de 5,30 livros em 2019 para 3,38 em 2024. Esse índice é ainda menor do que os números registrados em 2007, quando a média era de 3,90 livros lidos por ano. Diante desse cenário preocupante, é fundamental promover ações e políticas públicas que incentivem a leitura e possam reverter essa tendência de queda, a fim de garantir o acesso à informação e ao conhecimento para a população da Região Norte do Brasil.

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