Vídeo mostra ônibus buzinando antes de acidente com 10 veículos em Curitiba

Vídeo mostra motorista de ônibus buzinando antes de engavetamento com dez veículos em Curitiba

Segundo bombeiros, motorista do ônibus relatou redução na capacidade de freios e tentou alertar com buzina outros veículos para que saíssem da frente.

Vídeo mostra ônibus buzinando antes de engavetamento com dez veículos em Curitiba [https://s04.video.glbimg.com/x240/13183439.jpg]

Câmeras de segurança registraram o motorista do ônibus buzinando segundos antes do engavetamento com dez veículos que deixou uma pessoa morta e outras feridas neste sexta-feira (13) em Curitiba. Assista ao vídeo acima.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o motorista do ônibus relatou uma redução na capacidade de freios e tentou alertar, por meio da buzina, os outros veículos, para que eles saíssem da frente.

No vídeo também é possível ouvir o barulho da batida. Outra câmera de segurança registrou o momento em que o ônibus do transporte coletivo bate contra os veículos que estavam parados no semáforo.

Apesar da tentativa de aviso, não houve tempo para reação dos outros motoristas, conforme relatou Gabriel Vitor Teixeira, um dos sobreviventes.

ÔNIBUS ESTAVA SEM PASSAGEIROS

Segundo a Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pelo transporte coletivo na capital paranaense, não haviam passageiros dentro do ônibus porque ele estava sendo recolhido para a garagem.

A Urbs informou que, no início da manhã, o ônibus apresentou uma falha mecânica e interrompeu o itinerário por volta das 8h, na Praça Rui Barbosa, ponto de início e final do itinerário.

Seguindo o protocolo previsto no contrato de concessão, a equipe de manutenção da empresa operadora da linha foi chamada pelo motorista e realizou uma avaliação no local.

A equipe concluiu que o veículo deveria ficar fora de operação e seguir para a garagem, sem a necessidade de caminhão guincho.

“A Urbs instaurou uma comissão de investigação do acidente e notificou a empresa operadora da linha. A manutenção dos veículos é atribuição das operadoras do sistema. A comissão será responsável por apurar mais informações sobre as causas do acidente junto à empresa e acompanhar a perícia técnica. Se comprovada negligência, a operadora será responsabilizada”, afirma a nota da Urbs.

Conforme a Urbs, o veículo passou por uma inspeção no início de novembro, quando foi atestado pleno funcionamento. O selo de validade do ônibus, segundo a empresa, é válido até o início de abril de 2025.

A empresa responsável pela operação da linha disse, em nota, que designou um perito que está colaborando com as autoridades na apuração das causas do acidente e que está prestando apoio às vítimas.

“A empresa reafirma seu compromisso com a segurança e a transparência em todos os seus serviços. Neste momento, a prioridade da Expresso Azul é garantir o atendimento às vítimas e prestar a elas o apoio necessário”, afirma a nota.

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Cirurgia inédita de redesignação sexual com técnica robótica é realizada em SC: paciente se recupera bem

SC realiza cirurgia inédita no Brasil de redesignação sexual com técnica robótica, diz clínica

Procedimento usado tecido abdominal no canal vaginal. Procedimento foi feito em cinco horas no Hospital Santa Isabel em Blumenau. Paciente se recupera bem.

Uma mulher trans de 31 anos foi submetida a uma cirurgia de redesignação sexual com tecnologia robótica em Santa Catarina. De acordo com a equipe da Transgender Center Brazil, responsável pelo procedimento, este foi o primeiro procedimento com a técnica no país.

A cirurgia foi feita no Hospital Santa Isabel em Blumenau, no Vale do Itajaí, em 10 de dezembro. Na segunda-feira (23), os responsáveis informaram que a paciente, natural de Belo Horizonte (MG) se recuperava bem.

A cirurgia levou mais de 5 horas e a paciente teve alta em três dias, sem dor e sem queixas pós-operatório. A mulher permaneceu em Blumenau para se recuperar e realizar uma avaliação médica.

Segundo o médico José Carlos Martins Junior, um dos responsáveis pelo procedimento, a paciente chegou na clínica com queixa de pouca pele na região genital para o forramento do canal vaginal na operação de redesignação.

Ao se juntar com o cirurgião abdominal Rinaldo Danesi, eles escolheram a técnica peritoneal via robótica, que só havia sido realizada fora do país.

“A cirurgia via robô traz muitas vantagens. Por se tratar de algo delicado, o robô dá mais precisão nos movimentos e a recuperação é muito mais rápida, por ser menos invasivo”, explicou Martins. O médico já fez mais de 2000 cirurgias de transição de gênero, tanto face, quanto genital.

Como funciona a cirurgia: A cirurgia consiste em retirar parte do peritônio, membrana que reveste a parede abdominal, que é bem fina e resistente, e implantá-la na cavidade vaginal.

O resultado final é um ganho de profundidade vaginal, conforme o cirurgião: “A estética permanece a mesma, porém, ela acaba se tornando uma vagina mais profunda”, afirma.

Enquanto a vagina de inversão peniana chega a 15 centímetros, a técnica peritoneal pode chegar de 20 a 22 centímetros, porque o forramento da vagina é mais extenso pelo peritônio. Por isso é usada para quem tem pouca pele, ou já teve complicações em outras cirurgias.

Com a tecnologia do robô, aperfeiçoada nos Estados Unidos, foi possível conciliar as duas ações essenciais da cirurgia: a parte estética e o procedimento abdominal.

“A gente conseguiu fazer a cirurgia quase em conjunto, a parte externa com a parte robótica. O peritônio se mostrou muito propício para esse tipo de cirurgia”, detalhou o cirurgião Rinaldo Danesi.

José Carlos Martins Junior reforça que convênios que já autorizavam o procedimento sem a nova tecnologia devem estender cobertura às cirurgias de redesignação sexual assistidas por robótica, assim como aconteceu com a paciente. Ela teve o procedimento autorizado pela empresa conveniada de saúde.

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