Caio Henrique Camossato: Preso por golpes em app de namoro enfrenta ações em 3 estados; envolvimento da família suspeito

Preso por golpes em app de namoro responde a ações judiciais em três estados; vítimas citam suposto envolvimento da família dele

A estimativa entre mulheres ouvidas pelo DE, advogados e autoridades policiais de RJ e SP é que Caio Henrique Camossato pode ter feito mais de 30 vítimas. Uma delas contou que teria sido dopada por ele.

Caio Henrique da Silva Camossato, preso na quinta-feira (12) suspeito aplicar golpes financeiros em mulheres que conhecia em aplicativos de relacionamento, responde a mais de 20 ações judiciais, entre incluindo processos, em três estados: Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia.

A estimativa entre mulheres ouvidas pelo DE, advogadas e autoridades policiais de RJ e SP é que Caio pode ter feito mais de 30 vítimas em todo o país. Uma das vítimas fez um registro, em uma delegacia de São Paulo, por afirmar ter sido mantida em cárcere privado por ele.

Algumas delas citaram inclusive que familiares dele podem estar envolvidos, e a polícia de São Paulo confirmou que a mãe dele recebia valores através de pix de algumas vítimas.

O DE conversou com uma delas, que pediu anonimato, e relatou que Caio apresentou sua mãe e toda sua família como um meio de obter a confiança das mulheres com quem se relacionava.

Por sua vez, a defesa de Caio Henrique não se manifestou até a publicação desta reportagem.

“Finalmente, e que dessa vez ele não fique apenas 15 dias, que seja investigado direitinho todos os casos para que ele pague tudo que deve para nós, enquanto mulheres vítimas, mas contra esse esquema dessa verdadeira quadrilha”, afirmou Flor Pacheco, que foi vítima de Caio. Ela pediu que outras vítimas se manifestem.

Outra vítima ouvida pelo DE, que não quis se identificar, deu detalhes de como se sentiu enganada por Caio e sua família.

Uma terceira vítima contou o que vivia com Caio, e afirma que foi dopada por ele para não sair de casa e não perceber o que estava acontecendo.

A prisão de Caio foi feita pela Divisão de Capturas do Departamento de Ações Policiais Estratégicas (Dope). Ele tinha um mandado de prisão em aberto por ter cometido um golpe que tirou mais de R$ 2 mil de uma mulher no Rio de Janeiro e foi levado para participar de uma audiência de custódia.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Decisão judicial proíbe venda ilegal de lotes em Terra Indígena na Grande São Paulo

A Justiça Federal proibiu a realização de construções e a venda ilegal de lotes na Terra Indígena Tenondé Porã, localizada na Grande São Paulo. A decisão veio em resposta a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal contra Talita Bueno da Silva, acusada de comercializar terrenos dentro da área protegida. Talita vendia lotes de mil metros quadrados por R$ 30 mil e demarcava os terrenos com cercas, o que configurava uma atividade ilegal.

Todas as ações de Talita eram feitas de forma clandestina, uma vez que no Brasil não é permitido comercializar terras indígenas. Além disso, a ré também teria ameaçado lideranças Guarani, agentes da Funai e do Ibama, e tentado ocupar a região em outras ocasiões recentes. Fiscais da Funai e do Ibama conseguiram remover os invasores e demolir as construções, evitando a necessidade de intervenção judicial.

A decisão judicial proíbe a realização de novas construções e a venda de lotes na área indígena, bem como determina a remoção de cercas, estruturas, resíduos e entulhos existentes, sob pena de multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento. Além de Talita, outros invasores também estão proibidos de retornar à Terra Indígena Tenondé Porã. O caso também está sendo investigado pela Polícia Federal.

Steven Shuniti Zwicker, autor da ação contra Talita, alerta para o risco de outros compradores terem adquirido lotes da ré e tentarem ocupar a região em breve. A comercialização ilegal de terras indígenas representa uma grave violação dos direitos dos povos tradicionais e da legislação ambiental vigente. É fundamental que medidas rigorosas sejam tomadas para proteger esses territórios e evitar a exploração predatória de recursos naturais.

A venda ilegal de lotes em terras indígenas prejudica não apenas as comunidades locais, mas também o equilíbrio ambiental e a preservação da biodiversidade. A atuação da Justiça e dos órgãos fiscalizadores é essencial para coibir práticas ilícitas e garantir a proteção desses territórios sagrados. A população deve estar atenta e denunciar casos de invasão e comercialização irregular de terras indígenas, contribuindo para a preservação dessas áreas fundamentais para a conservação da natureza e da cultura dos povos originários.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp