O impeachment do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi aprovado pelos deputados, após o presidente decretar e revogar em menos de seis horas uma lei marcial. A decisão foi tomada neste sábado (14/12), e Yoon Suk Yeol havia decretado a lei marcial no país no último dia 3, com o argumento de “limpar elementos pró-Coreia do Norte”. A lei marcial substitui a legislação normal por leis militares, amplia o poder do Executivo, fecha o Parlamento e limita o acesso aos direitos civis.
Em pronunciamento oficial, Yoon Suk Yeol declarou: “Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças antiestatais e pró-norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo e para proteger a ordem constitucional livre”. A medida foi imposta sem o aval de membros do próprio governo, que se disseram contra a imposição da lei marcial.
Diversas manifestações contrárias ao decreto do presidente sul-coreano foram realizadas, o que resultou em confronto entre militares, autoridades policiais e manifestantes. O fechamento do Parlamento causou descontentamento e levou à derrubada unânime da decisão de Yoon Suk Yeol em votação no país. Após a pressão, o presidente foi obrigado a revogar a lei marcial.
É importante ressaltar que a atitude do presidente Yoon Suk Yeol gerou repercussão internacional e levantou questionamentos sobre o cenário político na Coreia do Sul. As ações rápidas e controversas do mandatário foram alvo de críticas e intensificaram os pedidos de impeachment. O desfecho do caso traz à tona a importância da estabilidade política e do respeito às instituições democráticas em um país.