EEAR abrirá alistamento militar feminino em 2025: oportunidade para mulheres na Aeronáutica do Exército

A Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), que receberá alistamento militar feminino em 2025, está localizada em Guaratinguetá (SP) e faz parte da Aeronáutica do Exército Brasileiro. A instituição terá 15 vagas disponíveis para mulheres que desejam se alistar a partir do próximo ano. De acordo com informações recentes, a EEAR já conta com mais de 700 mulheres em suas instalações, demonstrando o interesse e engajamento do público feminino nesse setor.

Com a abertura do alistamento militar feminino a partir de 2025, as mulheres de 18 anos terão a oportunidade de se alistar, seguindo as mesmas diretrizes dos homens. Essa mudança nas Forças Armadas foi implementada após a criação de novas regras em agosto deste ano, permitindo que as mulheres também possam se voluntariar nessa faixa etária. A EEAR é a única unidade militar na região do Vale do Paraíba que receberá esse alistamento feminino, o que demonstra um avanço significativo na participação das mulheres nas Forças Armadas.

O comandante da EEAR, Brigadeiro do Ar Joelson Rodrigues de Carvalho, ressalta que as mulheres desempenharão as mesmas atividades que os homens, nas mais diversas áreas, como administração, controle logístico, conservação da instalação, entre outras. A estrutura da Escola já está preparada para receber as novas candidatas, com alojamentos e banheiros exclusivos para as mulheres, garantindo um ambiente adequado para o desenvolvimento das atividades.

Para se alistar na EEAR, as candidatas poderão realizar o processo pela internet ou presencialmente em uma Junta de Serviço Militar entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2025. É necessário cumprir alguns critérios, como residir em um dos municípios contemplados no Plano Geral de Convocação e completar 18 anos em 2025. Os documentos solicitados incluem certidão de nascimento, comprovante de residência e documento oficial com foto.

O processo de seleção das candidatas envolve diversas etapas, como alistamento, seleção geral, seleção complementar, designação/distribuição e incorporação. Durante o serviço militar, as mulheres incorporadas ocuparão a graduação de soldado, com os mesmos direitos e deveres dos homens. A expectativa é que o número de mulheres recrutadas aumente gradativamente, com a meta de atingir 20% das vagas disponíveis.

A participação das mulheres nas Forças Armadas brasileiras representa um avanço significativo rumo à igualdade de gênero e à valorização do talento feminino em áreas historicamente dominadas por homens. Com a abertura do alistamento militar feminino na EEAR a partir de 2025, mais mulheres terão a oportunidade de contribuir com suas habilidades e conhecimentos para o setor militar, fortalecendo a diversidade e a representatividade nas instituições de defesa do país.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Influenciadora do ‘Casal Maloka’ obtêm medida protetiva após ser perseguida

Influenciadora do ‘Casal Maloka’ tem medida protetiva contra o ex e afirma ser
perseguida

Gabrielly Miguel viralizou na internet mostrando a rotina como pessoa em
situação de rua, em Santos (SP), junto ao ex-companheiro Douglas Martins.
Procurado, ele não se posicionou até o momento. Eles anunciaram término do
relacionamento em maio deste ano.

A Justiça concedeu uma medida protetiva à influenciadora e cabeleireira trans
Gabrielly Miguel, que viralizou na internet com o perfil ‘Casa Maloka’
contra o ex-companheiro Douglas Martins. Conforme consta na decisão obtida pelo
DE, a proteção foi fornecida a ela após ‘suposta situação de violência
doméstica’.

O caso está sob segredo de Justiça, mas a equipe de reportagem teve acesso ao
conteúdo, onde consta que Douglas deve manter uma distância mínima de 100 metros
de Gabrielly e dos familiares dela, além de não ter contato com eles por nenhum
meio de comunicação.

Dentro de um prazo de 180 dias, Douglas também não pode frequentar os mesmos
locais que Gabrielly, incluindo a casa dela e o local de trabalho. Dentre as
medidas protetivas há, ainda, a proibição de publicar conteúdos ofensivos contra
a vítima nas redes sociais.

Nesta última determinação, inclusive, ele não pode expor a vida dela e
incentivar os seguidores a perseguirem, difamarem ou prejudicá-la nas redes
sociais visando a atividade econômica que Gabrielly exerce como digital
influencer.

De acordo com a justiça, as medidas impostas, em 23 de agosto, devem ser
obedecidas sob pena de decreto de prisão preventiva de Douglas. No entanto,
Gabrielly e a advogada que a representa, Sarah Carolina de Paula, alegam que as
proteções estão sendo descumpridas.

A DE procurou Douglas para se posicionar sobre o caso, mas não obteve retorno
até a última atualização desta reportagem.

PERSEGUIÇÃO E AMEAÇAS

Gabrielly contou ao DE que, após a separação e divisão de bens, Douglas passou a
difamá-la na internet. Segundo a influencer, o ex-companheiro fica dizendo que
ela usa drogas e que está usando dinheiro dos seguidores para viajar – o que
estaria atrapalhando o trabalho dela.

“Eu nunca pedi dinheiro para seguidor, para fazer vaquinha para nada, faço
minhas publicidades […]. Ele quebrou a medida protetiva fazendo storys me
difamando, falando de mim nos storys, me ameaçando. Mandou áudios para o
Vinícius [atual companheiro], o ameaçando”, disse ela.

A influencer contou que se sente ameaçada com a situação, que mora de aluguel e
que a multa para se mudar é muito alta. “Tenho medo da minha casa sendo
invadida, [foram] vários áudios de ameaça”.

Ela contou, ainda, que os seguidores estão mandando mensagem a ameaçando por
“uma coisa que não estou fazendo, que não fiz”, além de pararem de segui-la.

‘EX-MORADORES DE RUA’

O ex-casal viveu pelas ruas de Santos, no litoral de São Paulo,
por aproximadamente sete anos, mas tudo mudou no começo de 2024. Com um celular
emprestado de um amigo, criaram um perfil no Instagram contando como é a rotina
de quem ‘mora’ em uma barraca. Em maio, no entanto, anunciaram o término do
casal, mas disseram que manteriam a parceria profissional.

Gabrielly nasceu em São José dos Campos (SP) e, Douglas, em São Lourenço (MG).
Eles moraram nas ruas por aproximadamente sete anos.

Segundo Gabrielly, a ideia de publicar detalhes sobre a vida nas ruas surgiu
após a indicação de um casal de amigos, que também cresceu nas redes sociais
mostrando a própria realidade. “Foi a Kimberly e o Alexandre, do perfil
‘megaloka2.0’, que nos incentivaram de verdade, pois eu não queria gravar”.

Eles começaram a mudança de vida a partir da ajuda de um amigo, que cedeu uma
bicicleta para que Douglas trabalhasse como entregador e também emprestou o
celular a eles. “Ele é entregador e pegou amizade conosco porque esperava [o
aviso dos] pedidos perto da gente. Comprou um celular novo, e o antigo nos
emprestou”, afirmou Gabrielly.

As primeiras postagens foram feitas, segundo eles, por meio deste aparelho
emprestado. O sucesso foi imediato, sendo que o perfil ‘casalmaloka013’ foi
criado no Instagram em janeiro deste ano.

O primeiro conteúdo que viralizou é de um vídeo em que Douglas chega em ‘casa’,
uma barraca montada na calçada, após um dia de trabalho.

VÍDEOS: DE EM 1 MINUTO SANTOS

50 vídeos

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp