Projeto de reflorestamento no Corredor Caipira promove segurança hídrica na região de Piracicaba

Segurança de água através do reflorestamento: projeto planta para recuperar mil hectares na região de Piracicaba

Até 2035, Corredor Caipira pretende reflorestar áreas em cinco cidades com mudas nativas do Cerrado e Mata Atlântica. Em São Pedro (SP), ações estão garantindo a preservação de florestas e de mananciais que ajudam a abastecer a população e turistas.

Projeto de reflorestamento recupera Mata Atlântica e Cerrado na região de Piracicaba [https://s01.video.glbimg.com/x240/13184444.jpg]

Com mudas nativas, o projeto Corredor Caipira cultiva florestas e agroflorestas para formar corredores ecológicos e promover a produção de água. Até 2035, a principal meta do Corredor Caipira é recuperar mil hectares de Mata Atlântica e de Cerrado.

Águas de São Pedro (SP), São Pedro (SP), Piracicaba (SP), Anhembi (SP) e Santa Maria da Serra (SP) fazem parte da iniciativa.

> “A gente precisa agir rapidamente. Um dos exemplos desse impacto [falta de matas] foi a escassez hídrica que tivemos esse ano. Ter árvore é uma garantia de água, seja para abastecimento urbano, rural e para o turismo. A população de São Pedro dobra com o turismo e precisamos dar conta disso também”, informa o coordenador de Meio Ambiente em São Pedro Rogério Bosqueiro Júnior.

Segurança de água em São Pedro

No início desta semana, ocorreu o plantio de 4 mil mudas em área de 2.5 hectares na Cachoeira da Furna, em São Pedro. O local foi identificado como prioritário porque interfere diretamente na produção de água.

Com as árvores, é possível preservar os recursos naturais da cidade e proteger áreas de relevância estratégica, como as microbacias dos ribeirões Pinheirinho e Samambaia, que abastecem a população de São Pedro.

> “Conservar a floresta em torno dos ribeirões e das nascentes favorece a permanência da naquela região. O solo é como uma caixa da água. Se não tem floresta, há dificuldade para o solo armazenar água e soltar pouco a pouco nos recursos da água”, explica coordenador técnico do Corredor Caipira Germano Chagas.

Parceria com ESALQ-USP

O Corredor Caipira conta com viveiro no Departamento de Ciências Florestais da Esalq-USP, em Piracicaba. O local realiza condicionamento das mudas que vão para plantio. Há espécies nativas da Mata Atlântica e Cerrado, como pitanga, aroeira, jequitibá, cedro e outras.

1 de 1 Viveiro de mudas para o Corredor Caipira — Foto: Wesley Almeida/EPTV 1

Comunidade ativa

Comunidade, produtores rurais e empresários vinculados ao turismo apoiam e se envolvem com o Corredor Caipira.

“Quando compramos essa propriedade há 30 anos, o que nos encantou foi o fluxo de água. Tinha um rio de verdade, uma cachoeira que jorrava água. Esse ano, precisei comprar água para abastecer o meu negócio. O Corredor Caipira fez essa proposta [de reflorestamento] e aceitamos na hora. Já plantamos mais de 500 árvores. Elas vão ajudar a manter as nascentes”, informa a hoteleira Elisabete Bertato Prado.

No plano Municipal de Mata Atlântica e Cerrado, de São Pedro, está prevista a participação dos moradores. Os munícipes podem ajudar evitando o uso do fogo e de práticas agrícolas que destruam a vegetação nativa.

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Primo de jovem desaparecida no interior de SP cobra investigação: ‘Eu quero uma resposta’

Primo de jovem do PI que sumiu a caminho do trabalho no interior de SP cobra
investigação: ‘Eu quero uma resposta’

Lívia Marques, de 18 anos, está desaparecida desde o dia 9 de novembro, quando
saiu de casa em Jardinópolis para trabalhar em Ribeirão Preto. Família acompanha
buscas e levanta suspeitas.

Lívia Barbosa dos Santos Marques, de 18 anos, desapareceu há um mês e meio em
Jardinópolis, SP — Foto: Arquivo Pessoal

A família da balconista Lívia Barbosa dos Santos Marques, que desapareceu no
início de novembro em Jardinópolis (SP), na região de Ribeirão Preto (SP),
quando estava a caminho do trabalho, cobrou a Polícia Civil sobre a
investigação.

Luann Marques, que é primo dela, se mudou de Regeneração (PI), a 2.195
quilômetros, para acompanhar o caso,
mas diz que até o momento, não houve avanços na apuração.

> “Eu quero uma resposta. Eu preciso de uma resposta. O que está acontecendo com
> a gente aqui hoje é um grande descaso de informação. A minha tia [mãe de
> Lívia] começa a se questionar: ‘será que é por que a gente é de família
> humilde? Por que a gente é nordestino? A gente não tem resposta. Eu já não sei
> mais como argumentar com a polícia”, diz.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que as buscas pela
desaparecida seguem em andamento na 3ª Delegacia de Homicídios de Ribeirão Preto.

> “Já foram realizadas diligências na cidade de Jardinópolis com auxílio de
> câmeras de segurança, assim como o cumprimento de mandado de busca e
> apreensão, coleta de material genético de familiares e a representação de
> medidas cautelares de inteligência.”

Lívia, que é natural de Regeneração, tem 18 anos e se mudou para Jardinópolis em
janeiro deste ano em busca de melhores condições de vida. Ela estava morando com
uma tia e conseguiu emprego em uma loja no shopping em Ribeirão Preto. Parte do dinheiro que ganhava como balconista mandava para os pais, que ficaram em Regeneração. Cerca de três semanas antes de desaparecer, Lívia alugou uma kitnet em Jardinópolis e foi morar sozinha. Ela começou a se relacionar com um homem, que, coincidentemente, é da cidade natal dela. Mas, segundo o primo, a família não aprovava o relacionamento por causa do comportamento agressivo dele. A mãe, inclusive, pediu à filha para terminar a relação.

Lívia, que é natural de Regeneração, tem 18 anos e se mudou para Jardinópolis em
janeiro deste ano em busca de melhores condições de vida. Ela estava morando com
uma tia e conseguiu emprego em uma loja no shopping em Ribeirão Preto. Parte do dinheiro que ganhava como balconista mandava para os pais, que ficaram em Regeneração. Cerca de três semanas antes de desaparecer, Lívia alugou uma kitnet em Jardinópolis e foi morar sozinha. Ela começou a se relacionar com um homem, que, coincidentemente, é da cidade natal dela. Mas, segundo o primo, a família não aprovava o relacionamento por causa do comportamento agressivo dele. A mãe, inclusive, pediu à filha para terminar a relação.

No dia 9 de novembro, Lívia saiu de casa pela manhã, como fazia todos os dias, para pegar o ônibus e ir para o trabalho. No entanto, ela nunca chegou ao destino. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram Lívia saindo de casa, levando uma mochila como de costume e usando o uniforme da loja. No mesmo dia, a tia deu falta da sobrinha, chamou a polícia e esteve com agentes na casa da jovem. Segundo o boletim de ocorrência, não havia indícios que levantassem suspeitas de crime. O primo diz que a jovem não tem histórico de doença mental ou problemas que pudessem motivar uma eventual fuga.

Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil como desaparecimento. A tia e uma amiga de Lívia que prestaram depoimento levantaram suspeitas contra o homem com quem ela estava se relacionando. Elas alegaram que já tinham visto o rapaz ser agressivo com a balconista. A amiga, inclusive, disse à polícia que Lívia havia terminado o relacionamento, mas o homem insistia em reatar. De acordo com Luann, o homem chegou a ser interrogado pela Polícia Civil, mas negou qualquer participação no desaparecimento de Lívia.

De acordo com Luann, à medida que o tempo passa, a angústia da família só aumenta e a incerteza sobre o paradeiro da jovem virou um drama.
A g1 perguntou à Polícia Civil sobre a identificação de um possível suspeito no desaparecimento, mas as autoridades não comentaram o assunto. Quem tiver informações que possam ajudar no paradeiro de Lívia pode entrar em contato pelo número 190, da Polícia Militar, ou pelo Disque-denúncia, no 181.

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