O Al-Rayyan, clube do Catar onde Róger Guedes joga, fez sondagem para contratar Artur Jorge, técnico do Botafogo. O português avalia a proposta e, apesar de envolver valores maiores do que os que ele recebe atualmente no Alvinegro, só vai bater o martelo após conversar com John Textor, dono da SAF do time carioca.
A equipe asiática buscou informações iniciais do comandante há dois meses, mas sequer teve papo na época pelo foco do Alvinegro na busca pelos títulos do Brasileirão e da Conmebol Libertadores – ambos conquistados posteriormente. Agora, no fim da temporada, houve o contato oficial. Os valores oferecidos pelo Al-Rayyan são praticamente três vezes maiores do que ele recebe atualmente no Botafogo.
É aí que John Textor entra na jogada. O norte-americano não quer perder Artur Jorge e pretende oferecer um aumento salarial atrelado a uma renovação contratual. Os vencimentos do português aumentaram recentemente por bônus de desempenho pelas conquistas da Libertadores e Brasileiro, mas o empresário está disposto a oferecer ainda mais para segurá-lo. Younes Ali, ex-jogador da seleção catari, é o treinador do Al-Rayyan. Ele chegou ao clube em setembro, mas não conseguiu bons resultados – são quatro vitórias em 19 jogos na Qatar Super League. Uma possível queda de Ali ainda não é unanimidade entre todos os dirigentes do clube, mas já há o entendimento que é preciso buscar alternativas e, neste sentido, Artur Jorge é o favorito.
Artur Jorge com a taça do Brasileirão. Acho que é pior perder o Artur Jorge do que o Almada – opina Eric Faria. O técnico do Botafogo demonstra estar satisfeito com a recepção dos torcedores, que o aguardaram no desembarque da equipe. Na disputa por contratar o treinador, o Al-Rayyan ofereceu quase três vezes mais do que ele recebe no Alvinegro, onde comandou a equipe nas conquistas da Libertadores e do Brasileirão. A decisão final de Artur Jorge ficará condicionada a uma reunião com Textor, antes de definir o seu futuro profissional. É esperado que o desfecho dessa negociação traga grandes repercussões no cenário esportivo, com impactos tanto no Botafogo quanto no Al-Rayyan, clube de origem catari de Róger Guedes.