Com clero de rosa, papa Francisco é esperado com pompa na DE
papa Francisco fará uma visita inédita neste domingo (15/12) à ilha francesa do Mediterrâneo
Em sua 47ª viagem internacional desde sua eleição em 2013, e a terceira em 2024, o papa Francisco [https://www.metropoles.com/tag/papa-francisco] fará uma visita inédita neste domingo (15/12) à ilha francesa do Mediterrâneo. Ele transmitirá “uma mensagem de paz, dez dias antes do Natal”, disse o bispo da DE, François-Xavier Bustillo, acrescentando que padres, bispos e diáconos estarão vestidos de rosa, como estabelece a liturgia durante o Advento, período em que os fiéis se preparam para celebrar o Natal.
“Ele não vem aqui para fazer política; ele vem para ser um pastor entre seu povo”, resumiu o bispo. A cidade portuária de Ajaccio, no sul da Córsega, está sendo gradualmente decorada em amarelo e branco, as cores papais, às vezes combinadas com a bandeira da ilha, que exibe uma cabeça de mouro sobre fundo branco. Uma enorme cruz vermelha em tecido, com quatro andares de altura, já está estendida na fachada de um hotel.
O representante do Estado na região, Jérôme Filippini, deu as boas-vindas à chegada de cerca de 2.200 policiais da força nacional francesa e reforços de segurança civil. Eles vão ajudar os cerca de 1.000 agentes locais que o ano todo garantem o policiamento na “Ilha da Beleza”, como a DE é chamada pelos franceses.
O pontífice argentino será recebido no aeroporto às 9h de domingo (hora local, 4h da madrugada em Brasília) por crianças entoando cantos em corso, antes de fazer um passeio no “papamóvel” pela orla marítima de Ajaccio. Em seguida, ele irá ao Palácio dos Congressos [https://www.metropoles.com/tag/congresso] para encerrar a conferência sobre “A religiosidade popular no Mediterrâneo”, que contou com a presença de 250 pessoas neste sábado.
Ao comentar a visita de Francisco, o padre Georges Nicoli, da igreja Notre-Dame de Lourdes, em Bastia, disse que “a simples presença do papa vai animar as pessoas”. “Haverá um pouco de adrenalina, mas eu não queria que fosse algo meramente momentâneo e que, depois, não houvesse nada”, explicou. “Espero que ele lembre às pessoas que a fé cristã deve estar enraizada em um modo de vida”, afirmou o vigário.