Latrocínio no norte da Bahia: Suspeitos morrem em confronto com a PM; vítima era técnica de enfermagem

Suspeitos de envolvimento em latrocínio no norte da BA morrem em confronto com a
PM; vítima era técnica de enfermagem

O crime chocou a cidade de Juazeiro, na noite de quinta-feira, quando a técnica de enfermagem Aparecida Rodrigues de Gois Ferreira foi vítima de um latrocínio, um roubo seguido de morte. A mulher de 43 anos estava acompanhada de sua filha de seis anos, indo em direção a uma igreja. A criança não sofreu ferimentos, mas Aparecida foi morta a tiros no bairro Argemiro, em um episódio que abalou a comunidade. A moto da vítima, levada no momento do crime, foi localizada na manhã seguinte, a aproximadamente 7 km de distância.

A investigação revelou que dois suspeitos do assassinato de Aparecida, durante o assalto, foram alvo de confronto com policiais militares na noite de sexta-feira, resultando em suas mortes. Um terceiro envolvido, um jovem de apenas 15 anos, foi apreendido pelas autoridades. Os atiradores estavam escondidos em uma casa no bairro Alto do Cruzeiro, onde haviam guardado a moto roubada de Aparecida, juntamente com outras propriedades de origem duvidosa.

Durante a ação policial, os suspeitos atiraram nos agentes, que revidaram, culminando na sua morte. Com os indivíduos, foram apreendidas duas armas de fogo, uma motocicleta sem placa, e munições. A Polícia Civil está analisando se alguma dessas armas foi utilizada no assassinato de Aparecida, buscando esclarecer o caso e levar os responsáveis à justiça. O adolescente apreendido permanece sob custódia das autoridades, aguardando audiência no Poder Judiciário e no Ministério Público.

O trágico evento foi marcado pela crueldade dos criminosos, que ordenaram que a filha de Aparecida fugisse para evitar testemunhar a morte brutal de sua mãe. A comunidade de Juazeiro foi tomada pela consternação diante de mais uma perda trágica e violenta. O caso repercutiu em todo o estado da Bahia, reforçando a importância do combate à violência e do apoio às vítimas e suas famílias. A morte da técnica de enfermagem deixou uma lacuna na cidade, e a população aguarda por justiça e segurança.

O desfecho do latrocínio que vitimou Aparecida levanta questões sobre a criminalidade na região, bem como a eficácia das autoridades em integrar esforços para investigar, prevenir e reprimir atos violentos. É essencial que a sociedade civil e as forças de segurança atuem em conjunto para coibir a ação de criminosos e garantir a paz e tranquilidade da população. O caso de Aparecida serve como alerta e inspiração para a luta por um ambiente mais seguro e justo para todos.

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MP-SP denuncia 19 pessoas em seis estados por crimes violentos, roubo de carga e lavagem de dinheiro: Ladinos. Ação conjunta desarticula quadrilha envolvida em esquema milionário.

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), por meio do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), denunciou nesta quarta-feira (18) 19 pessoas em seis estados por envolvimento em crimes violentos, roubo de carga, tráfico e lavagem de dinheiro. A operação que resultou na denúncia foi chamada de Ladinos e mandados foram cumpridos em estados como São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Bahia, Pernambuco e Alagoas. De acordo com as investigações, o grupo movimentou cerca de R$ 424 milhões entre os anos de 2018 e 2023, sendo que os envolvidos utilizavam estratagemas para ocultar a propriedade de veículos automotores de valor elevado.

A especialidade da quadrilha era o roubo de cargas de defensivos agrícolas, produtos esses utilizados no combate a elementos prejudiciais à agricultura, como insetos e pragas. As empresas envolvidas no esquema, localizadas em Minas Gerais, eram responsáveis pela distribuição do produto roubado. Ao todo, foram expedidos 19 mandados de prisão temporária e 21 de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 380 milhões em bens e valores ligados aos investigados. Dentre o material apreendido estavam dinheiro em espécie, cartões bancários, veículos, armas, munições, relógios, celulares e correntes, todos aparentemente feitos de ouro.

A investigação teve início em 2022, quando a Polícia Federal descobriu que o líder da organização criminosa, também suspeito de homicídios em Sergipe e Ribeirão Preto, estava morando em um condomínio de luxo em Campinas. Após diligências, o líder da quadrilha foi preso em junho de 2022. De acordo com as autoridades, a quadrilha atuava em várias regiões do país, principalmente nos estados do Sudeste e Nordeste. A organização criminosa movimentava centenas de milhões de reais por meio de empresas de fachada, identidades falsas, laranjas e movimentações financeiras fracionadas para ocultar os ganhos provenientes dos diversos crimes cometidos.

A Polícia Federal conduziu a investigação, que resultou na identificação de dois núcleos da quadrilha: o primeiro focado em crimes violentos, como homicídios e roubos de cargas e instituições financeiras, principalmente na região de Campinas, e o segundo voltado para tráfico de drogas, receptação e lavagem de capitais. A operação Ladinos recebeu esse nome em referência à habilidade dos investigados em desenvolver um sistema complexo para ocultar os rendimentos gerados pelas atividades criminosas. No total, foram cumpridos mandados em diversas cidades, com destaque para Campinas, Americana, Guarujá, Votorantim, São Paulo, Carapicuíba, Valparaíso, Praia Grande, Carmo do Paranaíba, Patos de Minas, Aracaju, São Cristóvão, Itabaiana, Paulo Afonso, São Lourenço da Mata, e Arapiraca.

A ação da Polícia Federal reforça o combate aos crimes violentos, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e demais atividades ilícitas realizadas pela quadrilha desmantelada. A operação Ladinos demonstra a atuação firme das autoridades no enfrentamento e desarticulação de organizações criminosas que atuam em larga escala em diferentes estados brasileiros. Com a denúncia do MP-SP e o trabalho integrado das forças de segurança, mais um importante passo foi dado no sentido de garantir a segurança e justiça para a população.

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