Hospital de Base de São José do Rio Preto recebe R$ 10 milhões do governo para investimentos em diagnóstico de câncer e atendimento a pessoas com deficiências

O Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP) vai receber quase R$ 10 milhões do governo federal para investimentos no diagnóstico de câncer e no atendimento a pessoas com deficiências. A verba foi garantida nesta semana por meio da aprovação de dois projetos do hospital.

Em um desses projetos, serão destinados R$ 7,31 milhões para a compra de um novo equipamento PET CT de última geração utilizado no diagnóstico de câncer. Com a aquisição desse equipamento, o Hospital de Base pretende reduzir o tempo de espera para exames oncológicos, dos atuais 60 a 90 dias, para 30 dias.

De acordo com o HB, a nova tecnologia permitirá maior precisão nos diagnósticos, menor exposição à radiação para os pacientes e ampliação no número de atendimentos. Os recursos para a aquisição do equipamento foram garantidos dentro do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon).

Por meio de outro projeto aprovado no Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas), o Hospital de Base receberá R$ 2,62 milhões para investir na reabilitação e inclusão de pessoas com deficiência através da prática esportiva adaptada.

Com modalidades esportivas como basquete em cadeira de rodas, atletismo, natação e tênis de mesa, o HB prevê realizar 40.680 atendimentos durante o período de dois anos para pacientes provenientes de 160 cidades do noroeste paulista, com o objetivo de promover a reintegração física e social de pessoas com deficiência.

Esses investimentos e ações visam impulsionar a melhoria na qualidade de vida e no atendimento de pessoas com câncer e deficiência na região. O Hospital de Base de Rio Preto reafirma seu compromisso em oferecer serviços de saúde de excelência, com foco na humanização e na inclusão de todos os pacientes atendidos.

Portanto, é mais um passo significativo dado pela instituição para garantir o acesso a diagnósticos precisos e tratamentos adequados, contribuindo para o bem-estar e a recuperação dos pacientes atendidos, e reforçando seu papel fundamental na promoção da saúde e na assistência especializada em São José do Rio Preto e região.

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Delegado e policiais presos em operação contra corrupção policial após delação de empresário assassinado: investigações revelam esquema criminoso.

DElegado preso em operação da PF e MP contra corrupção policial foi delatado por
Gritzbach antes de empresário ser assassinado

Um delegado e quatro policiais civis são alvo de mandados de prisão. Ação reúne
dados de diversas investigações sobre a facção, inclusive o homicídio do delator
Vinícius Gritzbach.

PF e do Ministério Público fazem operação para prender policiais — Foto: Foto:
Divulgação

O delegado Fabio Baena, preso nesta terça-feira ( 17) numa operação conjunta da
Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MP) contra corrupção policial, havia sido delatado por
Vinicius Gritzbach antes de o empresário ser assassinado em novembro.

Gritzbach foi morto a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em
Guarulhos. Dois homens estão presos pela força-tarefa suspeitos de participarem
da execução do empresário. Eles teriam ligação com o Primeiro Comando da Capital
(PCC).

A força-tarefa, que é composta por autoridades policiais, também investiga se
policiais estão envolvidos no homicídio de Gritzbach.

Em 2023, o empresário havia denunciado Baena e outros policiais civis por
extorsão. Em deleção premiada dada à época ao Ministério Público, Gritzbach
havia dito que os agentes cobraram dinheiro dele para não responsabilizá-lo
pelos assassinatos de dois integrantes do facção criminosa PCC.

Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”, e Antônio Corona Neto, o “Sem
Sangue”, eram membros do Primeiro Comando da Capital. Eles foram mortos a tiros
em 2021 na capital paulista. Gritzbach lavava dinheiro do tráfico de drogas para
a quadrilha e passou a ser investigado pela Polícia Civil por suspeita de ser o
mandante dos assassinatos dois dois.

Baena era delegado do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP) quando investigou o empresário pelas mortes de “Cara Preta” e “Sem
Sangue”. Segundo Gritzbach, o policial e seus subordinados cobraram propina dele
para que não o responsabilizasse pelos crimes. Mas como Gritzbach não pagou os
policiais, eles o indiciaram pelos homicídios dos dois membros do PCC.

Contudo, quando Gritzbach foi ouvido pelo MP, ele decidiu delatar o delegado e
os outros policiais os acusando de extorsão. Essas informações chegaram ao
conhecimento da Polícia Federal que realizou a operação nesta terça.

Além de Baena, também foram presos mais três policiais civis e outras três
pessoas suspeitas de envolvimento em crimes de corrupção. Um outro agente da
Polícia Civil também é investigado e procurado pela PF.

A “Operação Tacitus” é feita pela PF e promotores do Grupo de Atuação Especial
de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, com
apoio da Corregedoria da Polícia Civil do estado.

A Justiça decretou a prisão temporária dos investigados, e determinou buscas e
apreensões em endereços relacionados a eles, e outras medidas cautelares como
bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens.

Caso Gritzbach: novas imagens mostram momento da execução do empresário

Segundo fontes do caso, as apurações levaram à descoberta de um esquema
criminoso que envolveria manipulação e vazamento de investigações policiais,
venda de proteção a criminosos e corrupção para beneficiar um esquema de lavagem
de dinheiro do PCC.

As investigações apontam que a facção, com o apoio dessa organização
criminosa, movimentou mais de R$ 100 milhões desde 2018.

São 130 policiais federais e promotores com apoio da Corregedoria nas ruas. Ao
todo, eles tentam cumprir 8 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão na
capital de São Paulo e nas cidades de Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba, no
interior do estado.

Os investigados, de acordo com suas condutas, vão responder pelos crimes
organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais. As
penas somadas podem alcançar 30 anos de reclusão.

A operação foi batizada de Tacitus, termo que vem do latim que significa
silencioso ou não dito, em alusão à forma de atuar da organização criminosa.

Os policiais civis são suspeitos de colaborar com o PCC, garantindo proteção e
facilitando a lavagem de dinheiro por meio da compra de imóveis através de
intermediários ou empresas de fachada. Eles também são suspeitos de desviar bens
que deveriam ser apreendidos.

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