Feira de Santana: Cinco mortes em 24 horas chocam população; DH investiga casos

Cinco pessoas foram mortas em Feira de Santana em menos de 24 horas, sendo um dos casos uma execução durante uma confraternização de fim de ano. Os crimes chocaram a população da cidade baiana, a segunda maior do estado, que fica a 100 km de Salvador. Até o momento, apenas dois suspeitos foram presos, e a Delegacia de Homicídios (DH) local está investigando todos os casos.

Os homicídios ocorreram em diferentes bairros, como Papagaio, Conceição, Nova Esperança, Santa Mônica e no distrito de Humildes. A Polícia Civil (PC) informou que não há relação entre as mortes, o que indica uma série de crimes independentes. A DH está empenhada em identificar os demais autores e esclarecer as motivações por trás das tragédias.

O primeiro homicídio aconteceu na rua São Domingos, onde um homem foi morto a tiros. Os suspeitos, que chegaram ao local em uma moto, foram detidos pela Polícia Militar (PM) e encaminhados à delegacia. Segundo a PC, o crime foi motivado por dívidas com o tráfico de drogas, e o mandante ainda está foragido.

Em outro caso, um jovem identificado como Jackson dos Santos de Jesus foi encontrado morto em um terreno baldio. Testemunhas relataram que ele foi executado por três homens, também ligados ao tráfico de drogas. Na sequência, o corpo de Jefferson Cardoso dos Santos foi descoberto em circunstâncias semelhantes, após ter sua casa invadida por suspeitos ainda não identificados.

O quarto homicídio, que ocorreu durante uma confraternização, vitimou Ricardo Santos Almeida, que foi morto a tiros no bairro Nova Esperança. Segundo relatos, ele era agiota e costumava ameaçar os devedores. Além disso, um corpo sem identificação foi encontrado em um distrito de Feira de Santana, levantando mais questionamentos sobre a violência na região.

A polícia continua as investigações para esclarecer todos os casos recentes de violência na cidade. A população local está assustada com a sequência de crimes e espera por respostas e soluções por parte das autoridades competentes. A violência tem sido uma preocupação constante, e a comunidade pede por medidas efetivas para garantir a segurança e a paz na região.

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DE e construtora se comprometem a proteger trabalhadores chineses resgatados em condição análoga à escravidão em Camaçari

Após audiência conjunta virtual, a DE e a construtora terceirizada JimJiang Open Engineering se comprometeram a colaborar com a proteção dos 163 chineses resgatados de trabalho análogo à escravidão na obra de construção da montadora chinesa, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA).

O DE entrou em contato com a BYD para pedir um posicionamento, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Na ocasião, foi definido que os trabalhadores seguirão hospedados em hotéis até que sejam finalizadas as negociações para a rescisão dos contratos de trabalho.

Apesar de questionar a avaliação das autoridades do Estado brasileiro, que a partir de um amplo conjunto de provas colhido durante semanas de fiscalização conjunta configurou a situação vivida pelos 163 trabalhadores entrevistados como vítimas do tráfico internacional para fins de exploração laboral em condição análoga à escravidão, as empresas se comprometeram a colaborar com a proteção dos resgatados.

O MPF solicitou o compartilhamento das provas colhidas para que sejam adotadas as medidas na esfera penal. As duas empresas também se comprometeram a apresentar ao MPT até o fim do dia todos os documentos relativos aos 163 resgatados e as informações detalhadas de onde estão alojados.

A DPU está em entendimento com a Receita Federal para que as empresas encaminhem os trabalhadores resgatados para emissão de CPF. Só com este documento será possível fazer os pagamentos no Brasil dos valores relativos à rescisão dos contratos e às indenizações. A JimJiang deverá conduzir os empregados resgatados à Polícia Federal para obtenção do Registro Nacional Migratório (RNM) e posteriormente à Receita para emissão dos CPFs. Também ficou definida a garantia de compra pela contratante das passagens e custeio de até 120 dólares americanos como ajuda de custo para a viagem de volta à China de sete empregados que têm retorno previsto dia 1º de janeiro.

Segundo o MPT-BA, uma nova audiência foi agendada para o dia 7 de janeiro, para que seja apresentada uma proposta de termo de ajuste de conduta, para avaliação das empresas investigadas pela submissão de trabalhadores a condição análoga à escravidão.

Além das empresas, participaram da audiência os representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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