Falsa terapeuta ocupacional é presa enquanto atendia crianças com autismo em Duque de Caxias
Uma mulher foi detida por se passar por terapeuta ocupacional na manhã desta segunda-feira (16) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A prisão ocorreu durante uma operação conjunta entre o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito) do Rio de Janeiro e a Polícia Militar, durante um atendimento em uma clínica que atende crianças autistas.
No seu primeiro dia de trabalho na clínica, a falsa terapeuta foi denunciada pelos responsáveis do estabelecimento, que perceberam irregularidades em sua formação. Os documentos apresentados por ela, incluindo um diploma de uma faculdade de Uberaba e um registro do conselho de Minas Gerais inexistente, levantaram suspeitas durante a fiscalização.
O Crefito de Minas já havia alertado sobre o caso e colaborou com as investigações, que apontam a possibilidade de ela responder por exercício ilegal da profissão, falsificação de documentos públicos e particulares, além de estelionato. A TV Globo tentou contato com a defesa da presa, mas não obteve sucesso até o momento.
A clínica onde a falsa terapeuta atuava afirmou não compactuar com esse tipo de situação e pretende informar aos pais dos pacientes sobre o ocorrido. O Crefito tem registrado um aumento de 300% nos casos de terapeutas ocupacionais falsos no Rio de Janeiro e incentiva denúncias anônimas através de seu site oficial.
Maurício Moreira, agente fiscal e terapeuta ocupacional, alerta que é fundamental verificar no site do conselho se o profissional é devidamente inscrito antes de contratá-lo. A atuação ilegal de falsos terapeutas pode trazer sérios riscos à saúde e bem-estar dos pacientes, reforçando a importância da fiscalização e da informação sobre a regularidade dos profissionais da área.