Relator do pacote de revisão de gastos pretende manter proposta do governo para o salário mínimo: votação prevista para terça-feira na Câmara dos Deputados.

Salário mínimo: relator diz que proposta do governo deve ser mantida

Expectativa é votar o pacote de revisão dos gastos públicos entre terça e
quarta-feira na Câmara dos Deputados

O líder do MDB na Câmara dos Deputados, Isnaldo Bulhões (AL),
relator do projeto de lei (PL) do pacote de revisão de gastos, indicou que
deverá manter o crescimento real do salário mínimo
previsto na proposta enviada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Atualmente, o salário mínimo é reajustado com base na associação da inflação do
ano anterior e a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB). No projeto
enviado pelo Palácio do Planalto, o aumento real até 2030 será vinculado aos
índices de crescimento real da despesa primária, fixados no arcabouço fiscal.

“Eu acho que está consolidada a decisão de manter, de inserir na verdade, do
ponto de vista do arcabouço fiscal, limitando ali o PIB de três anos atrás. É o
que eu tenho sentido dos parlamentares com mais força [manter o aumento do
salário mínimo conforme o texto enviado pelo Planalto]”, disse Isnaldo Bulhões.

A expectativa é de que o líder do MDB apresente o relatório do PL na terça-feira
(17/12) para que a proposta seja apreciada no plenário da Câmara na quarta-feira
(18/12). O texto ainda precisa ser analisado no Senado Federal, onde deve
tramitar com caráter de urgência, conforme indicou o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Isnaldo Bulhões também ressaltou que deve fazer modificações no que se refere ao
Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência
de baixa renda.

Conforme adiantou o De, os deputados demonstraram insatisfação com três
pontos principais da proposta apresentada pela equipe econômica de Lula. São eles:

* Somar os rendimentos brutos mensais dos membros da família, sem deduções
previstas em lei;
* Revogar a não contabilização de benefícios da seguridade social de um membro
da família para ter elegibilidade ao BPC;
* Alterar a definição de família, sendo permitido a adesão de membros sem
coabitação para casos específicos.

Com isso, Isnaldo Bulhões apontou que deve fazer alterações nesses pontos. Ele
enfatizou a importância de garantir segurança jurídica e social aos
beneficiários do programa.

“Primeiro tem que ter justiça social e segurança jurídica [o BPC]. Esse aqui tem
que ser o texto, mantendo a justiça social e a segurança jurídica para que
aqueles que tenham realmente o direito e seja justo receber o benefício, eles
tenham esse benefício garantido”, pontuou o líder do MDB.

PACOTE DE CORTE DE GASTOS

A equipe econômica de Lula enviou à Câmara dos Deputados, no final de novembro,
um PL e um projeto de lei complementar (PLP) para compor o pacote de revisão de
gastos. Já no início de dezembro, o Planalto encaminhou uma proposta de emenda à
Constituição (PEC).

Veja pontos dos projetos de corte de gastos entregues ao Congresso

A expectativa do Executivo é economizar aproximadamente R$ 70 bilhões nos
próximos dois anos. No entanto, a aprovação da proposta esbarra na proximidade
do recesso parlamentar, previsto para começar na segunda-feira (23/12).

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Rio de Janeiro bate recorde na abertura de empresas e empregos em 2024: mais de 70 mil negócios e 162 mil vagas criadas

DE: recorde na abertura de negócios e na geração de empregos em 2024

Resultados das políticas públicas do Governo do Estado foram a criação de 70 mil empresas e 162 mil vagas de trabalho

Com uma economia diversificada, grande mercado consumidor e infraestrutura bem desenvolvida, o Rio de Janeiro oferece uma gama de oportunidades para investidores. Os esforços do Governo do Estado têm dado resultados positivos na geração de novos postos de trabalho, abertura de empresas e atração de novos investimentos para o RJ.

Foram abertas mais de 70 mil empresas nos primeiros 11 meses do ano e criadas cerca de 162 mil vagas de emprego entre novembro de 2023 e outubro de 2024.

Na segunda colocação no ranking nacional, o Rio gerou, apenas em outubro, 10.731 novos postos de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No terceiro trimestre de 2024, de acordo com o IBGE, o estado registrou a menor taxa de desemprego, atingindo o melhor índice desde 2015 (8,5%).

Já a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja) registrou 5.886 novos negócios apenas em novembro. Com a modernização da administração pública, o Estado tem agilizado e desburocratizado processos, fator determinante para esse cenário.

R$ 11 BILHÕES EM NEGÓCIOS

Além disso, o Governo do Estado viabilizou, por meio de benefícios fiscais, mais de R$ 11 bilhões em novos negócios, o que gerou cerca de 15 mil postos de trabalho. As rodadas de negócios feitas com empreendedores de diversas regiões movimentaram milhões e criaram oportunidades para pequenos e médios empresários. Grandes investimentos contribuíram para o crescimento do estado. A Stellantis anunciou mais de R$ 3 bilhões em aportes; a Haleon iniciou operações de biometano; a Ambev investiu R$ 70 milhões na produção da marca Corona; e a Adimax realizou um investimento superior a R$ 300 milhões para construir uma nova fábrica no interior fluminense.

O Estado do RJ apresentou ainda crescimento de 4,7% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, e chegou pela primeira vez à casa dos trilhões: R$1,15 trilhão, segundo pesquisa do IBGE. A participação do estado no PIB nacional também aumentou, passando de 10,5% em 2021 para 11,4% em 2022. Entre os estados da região Sudeste, o Rio de Janeiro foi o que apresentou o maior crescimento, superior ao estado de São Paulo, que foi de 3,4% em 2022.

EQUILÍBRIO FISCAL

A balança comercial do Rio de Janeiro acumulou um superávit de US$ 16,5 bilhões de janeiro a novembro de 2024. Durante esse período, a corrente comercial do estado atingiu US$ 67,4 bilhões, conforme dados do Comex Stat, sistema oficial para extração das estatísticas do comércio exterior brasileiro de bens.

O desempenho positivo mostra que o estado está produzindo mais bens e serviços e exportando mais do que importando, o que resulta em entradas de recursos e contribui para o crescimento do PIB.

Além disso, o Rio de Janeiro tem cumprido obrigações fiscais e alcançado avanços importantes. Para garantir o equilíbrio fiscal, o estado adotou medidas de contenção de despesas e aumento de receita, cujo objetivo é manter a máquina pública funcionando, incluindo o pagamento pontual de servidores e fornecedores.

TURISMO E REALIZAÇÃO DE MEGAEVENTOS MOVIMENTAM A ECONOMIA

Uma das principais fontes de crescimento econômico do Rio de Janeiro é o turismo, que movimenta recursos nacionais e internacionais. O estado teve recorde de turistas. De janeiro a novembro, foram mais de 1,3 milhão de visitantes e deve passar até o final do ano de 1,5 milhão.

Até outubro de 2024, o Rio de Janeiro registrou um aumento de 27,23% na chegada de turistas estrangeiros em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando mais de um milhão e 200 MIL VISITANTES.

O impacto econômico de eventos como o show da Madonna foi significativo e gerou cerca de R$ 300 milhões na economia local, demonstrando o poder dos eventos em atrair turistas e investimentos. O Rock in Rio 2024 teve um impacto de mais de R$ 2 bilhões, refletindo fluxos de turistas nacionais e internacionais, alta taxa de ocupação hoteleira e aumento no consumo de estabelecimentos comerciais durante o evento.

Os eventos esportivos também geraram impacto econômico: a última etapa do Mundial de Surfe, em Saquarema, movimentou R$ 159 milhões, 64% a mais do que no ano anterior. Já o Rio Open gerou R$ 140 milhões e a Maratona do Rio, R$ 355 milhões.

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