Organizador de concurso é detido por não pagar hotel de candidatas a miss e evento é cancelado: ‘Sonhos destruídos’
Um evento de concurso de beleza em Fortaleza terminou de forma negativa no último domingo, com denúncias e confusão [https://de.globo.com/ce/ceara/cidade/fortaleza/]. O organizador do concurso Miss e Mister Ceará Franquias foi detido pela polícia após não pagar a hospedagem no hotel onde os participantes estavam alojados, resultando no cancelamento do desfile final. A situação gerou revolta entre familiares, candidatos e profissionais envolvidos, que se viram com seus sonhos despedaçados.
O concurso contava com cerca de 35 participantes de diferentes idades, incluindo crianças e adolescentes de 3 a 19 anos de cidades como Fortaleza, Pacatuba e Quixadá. O objetivo era concorrer à premiação final, que envolvia representar o Ceará em um concurso nacional de beleza, além de brindes obtidos por meio de parcerias.
A problemática surgiu quando o organizador não honrou o compromisso de providenciar hospedagem, refeições e atividades para os participantes, mesmo após o pagamento das inscrições no concurso estadual. Além disso, a venda de ingressos para o desfile no valor de R$ 25 reais também gerou controvérsias.
Testemunhas relataram que o organizador, identificado como Paulo Vitor Pereira Nunes, falhou em pagar diversos profissionais envolvidos no evento, além de solicitar constantemente dinheiro aos familiares dos candidatos. A situação se agravou quando ele não quitou a segunda parte referente ao pagamento do hotel no Centro de Fortaleza, levando à sua detenção no dia do desfile.
Durante o confinamento no hotel, os participantes enfrentaram questões como falta de alimentação adequada e mudanças constantes nos horários das atividades. Segundo relatos, Paulo Vitor chegou a pedir ajuda financeira às famílias dos candidatos, causando constrangimento e humilhação a todos os envolvidos.
A empresária Jailena Lima, mãe de uma participante de 16 anos, afirmou que gastou aproximadamente R$ 4 mil para que a filha pudesse participar do concurso, incluindo inscrições, trajes e outras despesas. Diante do descaso do organizador, Jailena registrou um boletim de ocorrência por estelionato, denunciando as práticas fraudulentas.
A situação gerou revolta entre os participantes, que se viram com seus sonhos frustrados e seus valores desrespeitados. João Lorenzo, que estava designado para integrar o júri do concurso, lamentou a situação e destacou a importância de não compactuar com esse tipo de conduta.
O G1 [https://de.globo.com/ce/ceara/] tentou contato com o hotel e com o organizador em questão, porém, sem sucesso. A Secretaria da Segurança Pública foi acionada para investigar possíveis boletins de ocorrência contra o empresário e esclarecer os eventos ocorridos no domingo (15). Até o momento, não houve resposta.
A situação evidenciou a falta de responsabilidade e comprometimento por parte do organizador do concurso, impactando negativamente a vida dos participantes e suas famílias. A busca por justiça e transparência se tornou essencial para que situações como essa não se repitam e para proteger os sonhos daqueles que se dedicam a concursos de beleza.