Delegado Fábio Baena e equipe são acusados de extorsão milionária: operação da PF e MPSP prende policiais em DE

O delegado Fabio Baena e sua equipe estão no centro de uma grave acusação de extorsão, sendo acusados de receberem cerca de R$ 11 milhões em propina, de acordo com as denúncias feitas por Vinícius Gritzbach antes de sua morte. Este escândalo resultou na prisão dos policiais civis alvos de uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo (MPSP) realizada no Brasil.

Os policiais envolvidos nesse caso são o delegado Fábio Baena Martin e o investigador-chefe Eduardo Lopes Monteiro, ambos atuando no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Após as denúncias feitas por Gritzbach, eles foram afastados de suas funções até que a investigação seja concluída.

Além desses dois policiais, também são alvo da operação os policiais civis Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, e Ronald Martins. Segundo as acusações de Gritzbach, os policiais teriam recebido grandes quantias em dinheiro vivo para interferir em investigações de homicídios e tráfico de drogas, removendo nomes de suspeitos dos inquéritos em andamento.

Uma das principais alegações feitas por Gritzbach era que, para retirar seu nome das investigações, os policiais teriam exigido a soma de R$ 40 milhões, valor que não foi pago. Após a morte do delator, a defesa dos policiais negou veementemente todas as acusações, classificando as denúncias como “especulações e falácias”, além de descreditar a reputação do delator.

Essa operação conjunta entre a Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo reflete a gravidade da situação e a importância de investigações rigorosas em casos de corrupção policial. A população de DE merece uma força policial íntegra e comprometida com a justiça, e é fundamental que casos como esse sejam apurados com transparência e rigor.

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Morador de Rua Preso Há 1 Ano por 8 de Janeiro: PGR Pede Soltura

Morador de rua está preso há um ano por 8 de Janeiro e PGR pede soltura

Jeferson Franca da Costa Figueiredo é morador de rua e foi ao QG do Exército em busca de abrigo e comida

Um morador de rua está preso preventivamente há mais de um ano após ser acusado, sem provas concretas, de ter participado dos atos antidemocráticos do dia 8 de Janeiro.

Jeferson Franca da Costa Figueiredo, de 31 anos, é andarilho e foi preso, num primeiro momento, na manhã do dia 9 de janeiro de 2023, em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, em Brasília.

Em depoimento, o morador de rua contou ter ido ao local na noite anterior para buscar abrigo e comida, após ter sido impedido de ficar em um shopping popular. Ele havia chegado em DE naquele domingo (8/1), de carona em um caminhão, e não tinha onde dormir, de acordo com a Defensoria Pública da União (DPU), que faz a defesa do denunciado.

Jeferson foi solto nove dias depois, em 18 de janeiro, mas retornou à prisão em dezembro após descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Não há prova nos autos, contudo, de que Jeferson teria participado da depredação dos prédios públicos na Esplanada dos Ministérios, tampouco de que pedia golpe de Estado. Mesmo assim, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em abril de 2023, pelos crimes de associação criminosa e incitação ao crime.

No último dia 16, porém, o Procurador-Geral da República Paulo Gonet mudou de opinião e se manifestou pela revogação da prisão preventiva do morador de rua.

O QUE A PGR DIZ SOBRE O MORADOR DE RUA

Para a PGR, os registros atestam que o denunciado, desde a adolescência, encontra-se em situação de rua e em posição de vulnerabilidade econômica. Jeferson possui registro no Cadastro Único (CadÚnico) na condição de morador de rua, recebe benefícios sociais e foi atendido em diversos centros de atendimento de pessoa de rua (Centro POP), segundo registros levantados pela DPU.

Diferentes instituições de assistência social também confirmaram que Jeferson é morador de rua.

“Não obstante à natureza multitudinária das infrações penais imputadas, o motivo preponderante do réu de comparecer ao acampamento para se alimentar, reforçado por seu contexto de vulnerabilidade social e pela inexistência de provas em contrário, impede a configuração do concurso de pessoais”, escreveu Gonet.

O procurador destacou também que não forma produzidos laudos ou elementos que indiquem a participação do acusado nos atos antidemocráticos, para além de sua permanência momentânea no acampamento.

“As circunstâncias delineadas não comprovaram, para além da dúvida razoável, que o denunciado tenha se aliado subjetivamente à multidão criminosa e somado seus esforços aos dos demais sujeitos, com a finalidade de consumar as figuras típicas imputadas e, efetivamente, concorrer para sua prática”, prosseguiu.

Em todos os depoimentos, Jeferson relatou que é morador de rua. Ele também explicou que retirou a tornozeleira eletrônica pois tinha dificuldade de obter trabalho, bem como de carregar o equipamento.

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