Fada Santoro, ícone do cinema nacional, falece aos 100 anos após batalha contra Covid

Fada Santoro, primeira Escrava Isaura, morre aos 100 anos

Mafalda Santoro ficou conhecida por ter vivido a era de ouro do cinema nacional e morreu uma semana após ficar internada com Covid

O cinema nacional DE perdeu, no último domingo (15/12), uma de suas grandes atrizes DE. Mafalda Santoro, mais conhecida como Fada Santoro, morreu aos 100 anos de idade. A artista veio a óbito uma semana após receber alta do hospital após contrair Covid.

A notícia foi anunciada por amigos da atriz pelas redes sociais. Ela estava em casa, no Leme, zona sul do Rio de Janeiro. Fada nasceu na cidade carioca em 1924 e iniciou a sua carreira artística alguns anos depois, quando participou de diversas produções nos anos 1930.

Nas décadas de 1940 e 1950, a atriz marcou o seu nome no cinema nacional e se tornou muito popular no audiovisual, principalmente nas chanchadas e filmes de comédias. O papel que consagrou Fada Santoro veio em 1949, quando ela protagonizou o filme Escrava Isaura nos cinemas.

Ainda nos anos 1950, a artista quebrou a fronteira e atuou em dois filmes argentinos, além de ter sido uma das pioneiras da televisão brasileira. Seu último trabalho foi em A Rainha Louca, novela da Globo, exibida em 1967. Ela esteve nos capítulos complementares da trama.

Após se casar com o polonês Michael Krymchantowski, na década de 1960, Fada Santoro passou a se dedicar à família e se afastou do meio artístico. Até sua morte, a atriz mantinha uma vida reclusa e não concedia entrevistas.

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Trabalhadores chineses da BYD negam escravidão no Brasil: força-tarefa resgata 163 operários em condições precárias

Trabalhadores de terceirizada da BYD negam que foram escravizados

O documento fala em “mal-entendido”, e tabalhadores pedem ajuda do governo brasileiro. Ao menos 163 operários foram resgatados

Funcionários chineses de terceirizada da montadora de automóveis BYD negaram que foram escravizados no Brasil. No início desta semana, força-tarefa anunciou que 163 operários foram resgatados de uma obra da BYD em Camaçari (BA), por supostamente estarem em condições análogas a de trabalho escravo.

Na gravação (veja vídeo abaixo), um operário lê uma petição assinada em conjunto com outros trabalhadores e pede ajuda ao governo brasileiro para permanecer no país. O documento fala em “mal-entendido”.

“A causa do problema é que 107 de nossos colegas precisaram da ajuda da Jinjang [uma das empreiteiras contratadas para realizar a obra] para solicitar carteiras de identidade temporárias brasileiras. A empresa coletou e guardou temporariamente nossos passaportes para posterior processamento dos procedimentos relevantes”, leu um dos funcionários.

Além de resgatar os operários, a força-tarefa responsável interditou os alojamentos e trechos do canteiro de obras da planta onde a montadora está instalando uma fábrica no município de Camaçari, na região DE Salvador (BA). Os trabalhadores resgatados, conforme divulgou o Ministério Público do Trabalho (MPT), dormiam em camas sem colchões e havia um banheiro para cada 31 pessoas. As vítimas foram contratadas pela empresa terceirizada Jinjang, prestadora de serviços para a BYD.

FORÇA-TAREFA

A força-tarefa responsável pelas inspeções e pelos desdobramentos dessa ação é composta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pela Defensoria Pública da União (DPU) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF). Segundo o MPT, além das condições degradantes, a situação caracteriza trabalho forçado. Reforçam a tese a constatação de que os trabalhadores eram obrigados a pagar caução, tinham 60% de seus salários retidos (recebendo apenas 40% em moeda chinesa), enfrentavam ônus excessivo para rescisão contratual e tinham seus passaportes retidos pela empresa.

Após a fiscalização, a BYD afirmou que não “tolera desrespeito à lei brasileira e à dignidade humana”, determinou que os trabalhadores fossem transferidos para hotéis da região e rompeu o contrato com a empresa terceirizada responsável pela contratação dos operários.

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