HGG lança Serviço de Reabilitação Cardíaca

A unidade de reabilitação contará com vários equipamentos, incluindo esteiras ergométricas, bicicletas estáticas, simulador de caminhadas, entre outros

O Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), lança nesta quinta-feira 21 de junho, o Serviço de Reabilitação Cardíaca para usuários do SUS. A reabilitação é o somatório de atividades necessárias para garantir aos pacientes portadores de doenças cardíacas melhorias nas condições física, mental e social, de forma que eles consigam, com seu próprio esforço, reconquistar uma vida ativa e produtiva.

O serviço contará com equipe multiprofissional, composta por cardiologista, fisioterapeuta e educador físico, para atender pacientes cardiopatas com doenças como: insuficiência cardíaca, revascularização percutânea, transplante cardíaco, valvopatias e doença arterial coronariana, entre outras. A estrutura incluirá uma unidade de reabilitação cardíaca e de fisioterapia, além de além de salas para realização de ecocardiograma, ergometria e ergoespirometria, exame que avalia o desempenho físico máximo do paciente e mede a resposta de seus sistemas cardiovascular, muscular e pulmonar em situações de esforço. O HGG é atualmente o único hospital público em Goiás que oferece esse exame.

De acordo com o coordenador do Serviço de Reabilitação Cardíaca, Gustavo Paz Fonseca, que é cardiologista e médico do esporte, esse programa tem como objetivo prestar atendimento preventivo e reabilitativo eficiente e qualificado ao paciente cardiopata ou com fatores de risco cardiovascular. “Sabendo da importância da prática de atividade supervisionada para essa população cardiopata ou em risco de desenvolvimento de doença cardiovascular, vimos a necessidade de criar um ambulatório para acompanhamento e prescrição do exercício físico nessa população”, explicou.

A unidade de reabilitação cardíaca e de fisioterapia terá esteiras ergométricas, bicicletas estáticas, simulador de caminhadas, pesos, ergômetro de mão, aparelho para extensão de pernas (leg extension), steps e outros equipamentos. Além dos pacientes cardíacos, a unidade também será utilizada pelos pacientes de outras especialidades que estejam em tratamento com a fisioterapia.

A chefe do Serviço de Fisioterapia, Joana França, explica que a Fisioterapia dentro da equipe multidisciplinar de atenção ao paciente cardiopata é considerada componente fundamental na reabilitação desses pacientes. “Utilizamos ações baseadas em protocolos de atendimentos que visem melhorar o condicionamento cardiovascular, aumentando a autoconfiança do paciente cardiopata, motivando-o e empoderando-o para ganho de maior independência física e posterior recuperação das atividades de vidas diárias que antes estavam comprometidas devido ao mau condicionamento cardiopulmonar”, pontuou Joana.

As doenças arterioescleróticas lideram o ranking nacional de causa óbito por ano, e até então não havia para esse público na Região Centro Oeste um serviço 100% SUS altamente especializado para atender com conforto, qualidade e segurança, esse público. “O intuito é garantir aos usuários do SUS cardiopatas inscritos no programa, um novo estilo de vida, em que a autoconfiança e o desempenho físico serão proporcionados frente à reabilitação cardíaca”, avalia o Secretário de Estado da Saúde Leonardo Vilela, que estará presente para o lançamentoPara a criação do serviço foram investidos cerca de R$ 700 mil, entre reforma, aquisição de equipamentos e estruturação da equipe.

Na primeira parte, serão direcionados ao serviço pacientes do Setor de Cardiologia do HGG. Cardiopatas de outras unidades, que sejam elegíveis para a reabilitação cardíaca, devem procurar uma unidade básica de saúde e para serem encaminhados ao HGG.

São considerados elegíveis para reabilitação cardiovascular pacientes que apresentaram pelo menos um dos seguintes quadros cardiovasculares no último ano:

  • Infarto agudo do miocárdio (IAM)/Síndrome coronariana aguda (SCA)
  • Cirurgia de revascularização miocárdica
  • Angioplastia coronária
  • Angina estável
  • Reparação ou troca valvular
  • Transplante cardíaco ou cardiopulmonar
  • Insuficiência cardíaca crônica
  • Doença vascular periférica
  • Doença coronária assintomática
  • Pacientes com alto risco de doença cardiovascular

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp