Dois vigilantes são presos com 100 kg de cocaína na Via Dutra: PF atuou na apreensão

Dois indivíduos que exerciam a função de vigilantes de escolta armada foram detidos em flagrante com mais de 100 kg de cocaína, durante a madrugada desta terça-feira (17), na Via Dutra, em Piraí (RJ). Eles estavam dentro de um veículo caracterizado como de vigilância privada. A ação resultou na apreensão de duas armas juntamente com as substâncias ilícitas.

O automóvel foi interceptado por policiais federais da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/RJ) e do Grupo de Investigações Sensíveis (GISE/RJ), em conjunto com agentes da Polícia Rodoviária Federal, durante uma operação de combate ao tráfico de drogas e armas na rodovia.

Por meio do trabalho dos cães farejadores, os agentes conseguiram localizar 105 kg de cocaína escondidos em um compartimento falso no porta-malas do veículo, além das armas de fogo.

De acordo com informações da Polícia Federal, a carga de entorpecentes teve origem no estado de São Paulo e tinha como destino final uma comunidade sob domínio de uma organização criminosa na capital do Rio de Janeiro (RJ).

Os suspeitos foram conduzidos até a Superintendência da PF na capital, onde aguardarão a transferência para o sistema prisional, a fim de serem submetidos à audiência de custódia.

A apreensão dos mais de 100 kg de cocaína e das armas durante a ação na Via Dutra foi mais um golpe contra o tráfico de drogas e a criminalidade, reforçando a importância do trabalho integrado entre as diversas forças de segurança pública no combate a atividades ilícitas. A Polícia Federal segue investigando o caso para identificar possíveis conexões e responsáveis pela tentativa de transporte da carga ilegal.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp