Hospital Araújo Jorge suspende consultas de pacientes com câncer devido a dívida de R$ 55 milhões da Prefeitura de Goiânia. Situação revela crise na saúde pública da região.

O Hospital Araújo Jorge suspenderá consultas de pacientes com câncer devido a uma dívida de R$ 55 milhões da Prefeitura de Goiânia, situado na região metropolitana de Goiânia. Essa suspensão já afetou mais de 200 novos pacientes que estavam agendados para atendimento na primeira quinzena deste mês. De acordo com o presidente da ACCG, Alexandre Meneghini, a decisão foi tomada para priorizar os tratamentos dos atuais pacientes em tratamento no hospital.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) estão bloqueados pela Justiça, impedindo o repasse de verbas para instituições de saúde, incluindo o Hospital Araújo Jorge. O interventor da saúde, Márcio de Paula Leite, aguarda o desbloqueio desses recursos para regularizar os pagamentos à Fundahc e aos prestadores do SUS na região. A expectativa é que os atendimentos sejam normalizados no início de janeiro, dependendo do desbloqueio dos recursos.

A crise na saúde de Goiânia levou à intervenção do Estado, por determinação judicial após solicitação do Ministério Público de Goiás. A gestão caótica resultou na prisão de membros da alta cúpula da saúde municipal e na falta de leitos de UTI, o que ocasionou a morte de pacientes que aguardavam vagas. Mesmo com as prisões e investigações em curso, a situação persiste como caso de polícia, com novos mandados sendo cumpridos contra ex-gestores da Secretaria de Saúde.

O vice-presidente da ACCG, Paulo Campoli, esclareceu que a dívida da Prefeitura de Goiânia com o Hospital Araújo Jorge é referente a procedimentos já realizados na unidade. Profissionais e fornecedores estão sem receber pelos serviços prestados, gerando insegurança financeira. Parte dos recursos em atraso são de verbas de emendas parlamentares destinadas ao hospital, que estão retidas no Fundo Municipal há mais de um ano. A falta desses pagamentos compromete o funcionamento adequado da instituição.

Em meio a esse cenário de crise na saúde pública de Goiânia, a população local sofre as consequências da má gestão e das irregularidades que prejudicam o atendimento aos pacientes. A expectativa é que medidas sejam tomadas para solucionar a dívida e regularizar os repasses de recursos tanto do SUS quanto de emendas parlamentares. A transparência e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos são essenciais para garantir o funcionamento correto e eficaz dos serviços de saúde na região.

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