Prefeitura de Urubici investiga cartaz com aviso polêmico no Centro de Atendimento ao Turista: atendente está ‘cagando’

Aviso deixado em porta diz que serviço ao turista está fechado porque atendente está ‘cagando’ em SC; prefeitura investiga

‘Se for urgente, por favor entrar em contato’, dizia cartaz com o contato da Secretaria de Turismo de Urubici. Foto do recado repercute nas redes sociais.

A prefeitura de Urubici, na Serra de Santa Catarina, vai instaurar um processo administrativo para apurar as circunstâncias e a autoria de um cartaz colado na porta do Centro de Atendimento ao Turista (CAT) com a mensagem: “Caro turista! Estou cagando [sic]”. Uma foto do aviso foi divulgada nas redes sociais.

O caso foi descoberto na sexta-feira (13), após a administração receber um vídeo em que um estagiário aparece dançando no local enquanto mostra o cartaz no local.

Procurada nesta terça-feira (17), a prefeitura disse que não há informações de quando o aviso foi colado, nem se o adolescente é o responsável pela confecção do cartaz, mas que tudo será averiguado no processo.

Pelas imagens, o jovem de 17 anos foi desligado, segundo a prefeitura. A identidade do adolescente não foi informada e de não conseguiu contato com ele ou os responsáveis.

O município classificou o caso como “lamentável” e afirmou repudiar os atos:

> “Sobre o lamentável fato ocorrido na Secretaria de Turismo informamos que
> repudiamos qualquer atitude que afronte a ética profissional, desrespeite os
> turistas e a população urubiciense ou que utilize repartições públicas para
> fins de uso pessoal”.

Urubici é uma das cidades da Serra catarinense que recebe turistas principalmente no inverno por conta do frio. Com 10, 8 mil habitantes, segundo o Censo 2022, a cidade fica a uma altitude de 915 metros e registra neve e geada nos meses mais gelados do ano.

O que disse o município:

“Sobre lamentável fato ocorrido na Secretaria de Turismo, informamos que repudiamos qualquer atitude que afronte a ética profissional, desrespeite os turistas e a população urubiciense ou que utilize repartições públicas para fins de uso pessoal.

Informamos também que o estagiário que aparece nos vídeos já foi demitido no mesmo dia que a administração ficou sabendo do ocorrido e todos os colaboradores alertados sobre a gravidade de atitudes como estas”.

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Senado aprova proposta para quitação da dívida bilionária dos estados

Senado aprova novo plano para pagamento da dívida de quase R$ 800 bilhões dos estados

Texto segue para sanção presidencial. Projeto altera regras para correção de dívidas e permite a entrega de bens e participações em empresas como parte do pagamento.

O Senado DE aprovou nesta terça-feira (17) por unanimidade, com 72 votos, o projeto que dá uma nova alternativa para pagamento, pelos estados, de dívidas bilionárias com o governo federal.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) participou da sessão ao lado do presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). — Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Agora o texto seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O valor da dívida dos estados, segundo o Tesouro Nacional, estava em R$ 797,13 bilhões em outubro deste ano.

A maior parte do montante se refere aos débitos de quatro estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A dívida do Estado do Rio de Janeiro com a União gira em torno dos 190 bilhões de reais

O projeto é patrocinado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), autor da medida, justamente porque ela vai auxiliar seu estado, Minas Gerais, cujo débito é estimado em R$ 163 bilhões, de acordo com a Secretaria de Fazenda estadual.

Hoje, as dívidas são corrigidas pelo que for menor: a taxa básica de juros, a Selic, ou a inflação oficial mais 4% ao ano. O projeto mantém o formato atual dos juros (IPCA + 4%), mas prevê mecanismos para reduzir e até zerar esse índice adicional.

Os estados que aderirem ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) serão obrigados a transferir recursos para um novo fundo, compartilhado entre todos os estados brasileiros, inclusive os que estão com as contas em dia. Além dessa medida, para reduzir os juros da dívida, os governos estaduais poderão entregar ativos e a participação que detém em empresas, assim como transferir à União créditos, bens e imóveis.

Os governadores terão até o fim de 2025 para optar pelo programa e poderão quitar os débitos dentro de 30 anos. Pelo texto, a cobrança da dívida será corrigida somente pela inflação, com juros zero se o estado: reduzir pelo menos 20% do valor da dívida até o fim de 2025; transferir anualmente valor equivalente a 1% do saldo do débito para o fundo compartilhado entre todos os estados; aplicar todo ano valor equivalente a 1% do saldo devedor em investimentos em educação, ações de infraestrutura, saneamento, habitação, adaptação às mudanças climáticas, transportes ou segurança pública.

A redução dos pontos percentuais, que se somam à inflação na hora de cobrar a dívida, dependerá da combinação desses três fatores: redução do valor total da dívida até o fim de 2025, transferência de recursos para o novo fundo e investimentos no próprio estado.

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