Claudia Leitte remove Iemanjá de música e secretário aponta racismo
Durante uma de suas apresentações recentes, a cantora Claudia Leitte surpreendeu o público ao modificar a letra da música Caranguejo. Tradicionalmente, a canção menciona a saudação a Iemanjá, mas desta vez a artista optou por cantar “eu canto meu rei Yeshua”, uma referência a Jesus em hebraico. O momento viralizou nas redes sociais e o secretário de Cultura e Turismo de Salvador (BA), Pedro Tourinho, detonou a artista em um post no Instagram, ressaltando a atitude como um ato de racismo.
Como não citou nomes, após a repercussão, o secretário voltou às redes para dizer que não estava falando de um artista específico. “Essa questão que levantei é muito mais sobre o todo do que sobre a parte e maior e mais endêmica do que um caso isolado. A intenção não é alimentar ódio contra ninguém”, pontuou. A mudança na letra da música gerou bastante controvérsia e levantou discussões sobre respeito à cultura afro-brasileira e intolerância religiosa.
A última vez que Claudia Leitte excluiu a referência de matriz africana, foi compartilhada por Michelle Bolsonaro, o que foi duramente criticado nas redes sociais. O episódio foi considerado intolerância reprovável e repugnante por diversos usuários, que manifestaram desaprovação à atitude da cantora. A falta de sensibilidade e o descaso com a cultura afro-brasileira foram pontos centrais nas críticas feitas à artista.
A discussão em torno dessa modificação na letra da música trouxe à tona debates importantes sobre respeito à diversidade e valorização das tradições culturais. A arte tem o poder de promover a reflexão e abrir espaço para diálogos sobre temas sensíveis, como o respeito à diversidade religiosa e cultural. É essencial que artistas e figuras públicas estejam atentos ao impacto de suas ações e palavras, contribuindo para um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todos.
Em meio a todas as polêmicas, é fundamental que se promova o respeito e a valorização da diversidade cultural presente no Brasil. O reconhecimento e a celebração das diferentes tradições e crenças são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Claudia Leitte deve refletir sobre o impacto de suas atitudes e buscar formas de se redimir com a comunidade afro-brasileira, respeitando e valorizando suas raízes e tradições. A conscientização sobre questões de racismo e intolerância é fundamental para a construção de um mundo mais justo e inclusivo para todos.
