Laudos periciais apontam que funcionários de ferro-velho desaparecidos em Salvador foram mortos, diz polícia
Paulo Daniel e Matusalém desapareceram no mês de novembro, em Salvador. Policial e gerente do local foram presos nesta segunda-feira (17). Dono do estabelecimento, suspeito de ser mandante do crime, está foragido da Justiça.
O caso do ferro-velho: PM é preso suspeito de envolvimento no desaparecimento de jovens.
Laudos periciais analisados pela Polícia Civil apontaram que os dois jovens funcionários de ferro-velho, que desapareceram há 43 dias, em Salvador, foram assassinados dentro do estabelecimento. A informação foi divulgada nesta terça-feira (17) pelo delegado Nelis Araújo, da 3ª Delegacia de Homicídios, responsável pelas investigações.
Nesta terça, um soldado da Polícia Militar e o gerente do estabelecimento foram presos por suspeita de envolvimento no crime. Apesar de afirmar que os jovens foram mortos, os corpos de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz ainda não foram encontrados.
“Se no primeiro momento a polícia investigava os desaparecimentos, neste momento a polícia pode pontuar com convicção, através dos laudos periciais, que foi encontrado similaridade no perfil genético com as vítimas e com seus familiares”, afirmou o delegado.
Jovens desapareceram após saírem para trabalhar.
O desaparecimento de Paulo e Matusalém completou um mês em 4 de dezembro. Os dois jovens foram vistos pela última vez ao sair de suas respectivas casas para trabalhar como diaristas no ferro-velho, localizado no bairro de Pirajá.
O dono do empreendimento, Marcelo Bastista da Silva, é considerado suspeito de ser o mandante do crime. Em 9 de novembro, a Justiça decretou a prisão preventiva do empresário, mas ele fugiu e é procurado pela polícia.
Além dos presos nesta terça-feira, outras pessoas, incluindo policiais, são suspeitos de envolvimento no caso e já tiveram os pedidos de prisões preventivas solicitados. Os nomes deles não foram divulgados.
O policial preso nesta terça-feira é lotado na 19ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Paripe. Ele foi levado no carro da Corregedoria da Polícia Militar para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde será ouvido.