Aprovação polêmica: Alerj substitui UFIR-RJ pela Selic em custas processuais

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou por 48 a 19 o Projeto de Lei 4518/24, que modifica o índice para os reajustes anuais das custas processuais, substituindo a UFIR-RJ pela Selic. Essa mudança resultará em um aumento das taxas cobradas no judiciário, afetando diretamente a população do estado. Com 67 votos no total, a proposta enviada pelo Poder Judiciário obteve maioria na votação, com 48 parlamentares a favor e 19 contra.

A presidente eleita da OAB-RJ, Ana Tereza Basilio, expressou preocupação com a aprovação do projeto, destacando que isso dificultará o acesso da população ao sistema de Justiça. Segundo ela, o aumento das custas em mais de 12%, com base na Selic que inclui juros, resultará em uma elevação anual das taxas. Isso implicará em uma maior dificuldade financeira para os cidadãos fluminenses no acesso à Justiça.

O Rio de Janeiro já registra as custas iniciais mais caras do país, chegando a R$ 795,43, de acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, o estado teve o maior aumento em 5 anos, com uma variação de 857%. Com a alteração para a Selic, a população enfrentará um cenário ainda mais desafiador, considerando que as taxas cobradas serão significativamente superiores a outros estados.

Apesar da aprovação na Alerj, o projeto tem sido alvo de críticas por parte de alguns parlamentares, que consideram a proposta contraditória. A deputada Martha Rocha argumenta que os problemas orçamentários do TJRJ não devem ser transferidos para a população, pedindo uma revisão na decisão. A mudança para a Selic impactará diretamente os cidadãos fluminenses, tornando o acesso à Justiça ainda mais oneroso.

O Tribunal de Justiça defende a necessidade da troca do índice de reajuste, alegando dificuldades financeiras futuras caso a UFIR-RJ seja mantida como referência. No entanto, para muitos críticos, essa mudança prejudicará diretamente o acesso à Justiça, tornando as taxas judiciais inviáveis para grande parte da população. A discussão segue em meio a controvérsias e discussões sobre os impactos financeiros e sociais dessa decisão.

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Juliana Leite Rangel, de 26 anos, é atingida por tiro na cabeça pela PRF: família busca justiça

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi atingida por um disparo na cabeça pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal. O projétil que a atingiu atravessou sua cabeça, segundo informações divulgadas pelos médicos do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, onde ela está internada. O caso chocou a família da jovem, que estava a caminho da ceia de Natal quando o carro em que estavam foi alvo de tiros disparados pelos agentes da PRF na Rodovia Washington Luis (BR-040).

Após passar por uma cirurgia para a retirada de fragmentos ósseos em consequência do tiro, os médicos do hospital informaram que ainda é cedo para falar sobre possíveis sequelas que Juliana poderá enfrentar. A família da jovem, desamparada e em busca de justiça, está solicitando imagens das câmeras corporais dos policiais militares que prestaram socorro à Juliana, já que os agentes da PRF responsáveis pelos disparos não prestaram auxílio à vítima.

A situação deixou a família em desespero, com a mãe de Juliana, Deyse Rangel, relatando a falta de apoio das autoridades federais e a angústia de ver a filha em estado grave. Jéssica Rangel, irmã de Juliana, descreveu o momento de desespero em que recebeu a notícia do tiroteio que deixou sua irmã entre a vida e a morte. A família segue acompanhando a evolução do estado de saúde de Juliana e espera por justiça.

Os policiais rodoviários envolvidos no caso foram afastados preventivamente de suas funções operacionais enquanto a Corregedoria-Geral da PRF realiza uma investigação interna. O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou a importância das polícias federais darem o exemplo. Este des

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