Câmara aprova tributação mínima de 15% sobre lucros de multinacionais no Brasil: entenda o projeto de lei

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (17/12), um projeto de lei que estabelece a tributação mínima efetiva de 15% sobre os lucros de multinacionais que operam no Brasil. O texto segue para o Senado Federal e precisa ser aprovado lá também para poder virar lei.

A proposta visa igualar a tributação brasileira às Regras Globais Contra a Erosão da Base Tributária (Regras GloBE), iniciativa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e validada pelo G20. O texto se origina de uma medida provisória do Ministério da Fazenda, apresentada em outubro.

O projeto estabelece uma tributação mínima da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre o lucro de multinacionais que tenham faturamento anual, no Brasil, acima de € 750 milhões. Com o adicional da tributação, a expectativa da equipe econômica do Palácio do Planalto é um aumento de receita de R$ 3,44 bilhões em 2026, R$ 7,28 bilhões em 2027, e R$ 7,69 bilhões em 2028.

O texto tem como argumento que a incidência mínima efetiva da CSLL irá evitar a evasão tributária, por meio de um ambiente mais equilibrado na área tributária. A criação de um ambiente tributário mais justo e transparente pode incentivar a conformidade fiscal e reduzir a evasão tributária, promovendo, assim, um ciclo virtuoso de arrecadação. Com um sistema tributário mais robusto, DE pode garantir recursos suficientes para investir em infraestrutura, saúde e educação, áreas que são fundamentais para o desenvolvimento sustentável do país.

O adicional de CSLL é uma forma de introdução do Qualified Domestic Minimum Top-up Tax (Imposto de recarga mínimo nacional qualificado – QDMTT), uma complementação da tributação por parte do país anfitrião da multinacional. Conforme informações da Fazenda, no Brasil, a alíquota nominal sobre o lucro das empresas é de 34%, composta por 25% do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e 9% da CSLL. Ainda de acordo com a pasta, a maior parte dessas companhias possui uma alíquota efetiva superior a 20%.

No entanto, há um grupo reduzido de empresas que possuem uma alíquota efetiva inferior a 15%, ocasionada por conta de incentivos fiscais e deduções na base de cálculo de tributos. Como mostrou o DE, o Brasil reforçou em março o interesse em integrar a OCDE. A intenção brasileira ganhou força durante os governos de Michel Temer (MDB) e de Jair Bolsonaro (PL).

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Governo destina moedas de espelhos d’água para o Tesouro Nacional em ação transparente e organizada

Governo manda recolher moedas de espelhos d’água para o caixa da União

No caso das moedas fora de circulação ou de valor histórico, cultural ou artístico, os itens serão levados ao Museu de Valores do Banco Central. As moedas estrangeiras serão convertidas e destinadas ao Tesouro Nacional. O governo federal publicou uma portaria nesta quinta-feira (19/12) com novas regras para a destinação das moedas lançadas em espelhos d’água de residências oficiais da Presidência da República. O documento determina que o montante será recolhido e destinado ao Tesouro Nacional.

Tradicionalmente, turistas e visitantes que vão ao Palácio da Alvorada e ao Palácio do Planalto costumam depositar moedas nos espelhos d’água que cercam os prédios oficiais. Segundo a portaria, a coleta deve ser realizada com uma periodicidade de até seis meses. Depois, o montante será depositado no caixa da União por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU).

Além disso, a portaria determina que as informações sobre o valor arrecadado devem ser disponibilizadas no site da Casa Civil e no portal de dados abertos da Presidência. A transparência sobre a destinação e utilização das moedas recolhidas nos espelhos d’água visa garantir a prestação de contas à sociedade e evitar possíveis questionamentos sobre o destino do montante.

Dessa forma, as moedas depositadas nos espaços aquáticos das residências oficiais da Presidência da República terão uma destinação definida e transparente. O Museu de Valores do Banco Central servirá como local para receber as moedas de valor histórico, cultural ou artístico, garantindo a preservação e valorização desses itens. Já as moedas estrangeiras serão convertidas em recursos para o Tesouro Nacional, contribuindo para o financiamento de projetos e ações do governo.

Portanto, a partir das novas regras estabelecidas pelo governo, a destinação das moedas lançadas nos espelhos d’água das residências oficiais será mais organizada e transparente. Os turistas e visitantes que costumam participar desse costume já podem ficar cientes do destino dessas contribuições e acompanhar a utilização dos recursos arrecadados. Essa medida visa garantir uma gestão eficiente e responsável dos recursos públicos, promovendo a transparência e o controle social sobre o uso das moedas recolhidas nos espelhos d’água dos edifícios oficiais.

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