Filha de ‘guru espiritual’ da seita de sexo livre tem medidas cautelares impostas pela Justiça no RS

Filha de ‘guru espiritual’ de seita de sexo livre no RS tem passaporte retido e deve usar tornozeleira eletrônica, determina Justiça

Polícia apura se grupo de Viamão é responsável por tortura psicológica, curandeirismo e estelionato contra seguidores. Integrantes de seita eram conhecidos por vender pães e agendas em Porto Alegre.

‘Guru espiritual’ de seita de sexo livre é investigado no RS

‘Guru espiritual’ de seita de sexo livre é investigado no RS

A filha do “guru espiritual” que comandava uma seita de sexo livre em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, teve medidas cautelares impostas pela Justiça do RS nesta terça-feira (17). Foram impostas a ela os seguintes procedimentos:

Proibição de aproximação e contato: os investigados não podem se aproximar das vítimas ou de seus familiares, devendo manter uma distância mínima de 100 metros.

Monitoramento eletrônico: uso obrigatório de tornozeleira eletrônica.

Suspensão de passaportes: os documentos devem ser entregues em Cartório no prazo de 24 horas.

De acordo com a Justiça, há indícios de que a mulher, que não teve sua identidade revelada, era responsável por gerenciar os recursos financeiros da comunidade e coordenar atividades em outro estado. Ela também seria responsável por organizar a venda de livros feita pelas vítimas, com recursos revertidos para a comunidade terapêutica.

O DE tenta contato com a defesa da mulher. No entanto, até a última atualização desta reportagem, o Tribunal de Justiça do estado afirmava que “até a presente data a acusada não constituiu procurador no autos”.

Na última sexta-feira (13), o líder da comunidade e a uma mulher tiveram as mesmas medidas cautelares aplicadas contra eles. Também foram bloqueadas contas bancárias ligadas à comunidade.

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RELEMBRE O CASO

Integrantes de uma seita de sexo livre, incluindo um homem que se comportava como “guru espiritual”, são investigados por supostamente coagirem participantes do grupo depois de descobrirem “coisas muito íntimas dessas pessoas”.

A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na última quarta-feira (11) na sede da comunidade. As investigações apontam possíveis casos de tortura psicológica, curandeirismo, estelionato e crimes financeiros. Conforme as investigações, um homem de 69 anos responsável pelo grupo Osho Rachana usava o dinheiro de seguidores para pagar viagens de luxo e apostas online. Ninguém foi preso na operação.

A seita mantém uma comunidade em uma área retirada do município. Segundo a polícia, os seguidores pagavam pacotes de imersão que custavam entre R$ 8 mil e R$ 12 mil, além de mensalidades para viver no local.

A Polícia Civil não divulgou o nome do suspeito, mas a RBS TV apurou ser Adir Aliatti. O advogado Rodrigo Oliveira de Camargo “refuta a hipótese levantada pelos denunciantes e, desde as primeiras reportagens, já se colocou à disposição das autoridades”. Segundo a defesa, “Aliatti confia na justiça e não se furtará de prestar todos os esclarecimentos devidos nos foros e momentos adequados. Até onde teve conhecimento dos fatos investigados, a materialidade na narrativa não se sustenta por falta de elementos”.

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Aumento da fome pós-enchentes no RS: Banco de Alimentos como esperança

O aumento de famílias em situação de pobreza no RS após as enchentes surpreendeu a todos, elevando a insegurança alimentar para 18,7% dos lares gaúchos. Uma realidade que emergiu após a tragédia foi a fome, que não era conhecida por muitos antes do desastre. Neste cenário desolador, as doações do Banco de Alimentos tornaram-se essenciais para ajudar as famílias em situação de vulnerabilidade alimentar, oferecendo um raio de esperança em meio ao caos.

O impacto das enchentes continua a prejudicar a população gaúcha, mostrando que os estragos não se limitam aos entulhos e paredes danificadas. A pobreza no estado cresceu 15,4% desde maio, de acordo com dados do governo. A situação das famílias no CadÚnico revela um cenário alarmante, com um aumento significativo no número de famílias em situação de baixa renda, agravando ainda mais a insegurança alimentar nos lares do RS.

A falta de comida está diretamente relacionada à pobreza, tornando a aquisição de alimentos ainda mais desafiadora para aqueles que possuem menos recursos financeiros. A solidariedade tem sido a principal aliada neste momento difícil, com exemplos como o de Erondina Ribeiro Fragoso, uma passadeira aposentada que se vê obrigada a dividir sua casa, agora debaixo d’água, com sua filha, netos e bisnetos.

A história de Clair Mack Germann ilustra bem os desafios enfrentados pelas famílias após as enchentes, que levaram não apenas seus pertences, mas também sua fonte de renda, no caso, seu ateliê de costura. Mesmo diante das adversidades, a solidariedade e as doações de alimentos têm sido fundamentais para que essas famílias consigam reconstruir suas vidas aos poucos.

A prioridade agora é garantir que essas famílias tenham o que comer, mesmo diante das condições precárias em que se encontram. Para muitos, como André Cabeleira da Silva, a comida na mesa depende exclusivamente de doações, já que a enchente impactou diretamente em sua fonte de renda. Doações de alimentos simples fazem toda a diferença para essas famílias, que enfrentam a difícil realidade de não ter comida suficiente para alimentar seus filhos.

A solidariedade e a generosidade daqueles que se dispõem a ajudar são fundamentais para garantir que as famílias atingidas pelas enchentes no RS tenham o mínimo necessário para sobreviver. Em um momento tão desafiador, como o Natal, a solidariedade se torna ainda mais essencial, levando esperança e conforto para aqueles que mais precisam. A gratidão daqueles que recebem essas doações reflete a importância desse gesto de caridade e empatia em tempos difíceis.

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