Cliente que xingou frentista de ‘macaco’ e ‘nordestino dos inferno’ é condenado a 5 anos de prisão em Curitiba
Marcelo Francisco da Silva foi condenado por injúria, ameaça e vias de fato contra funcionários do posto de combustíveis. Além disso, Justiça definiu que ele deverá pagar R$ 20 mil por danos morais à vítima.
Cliente é filmado xingando frentista de ‘macaco’ e ‘nordestino dos infernos’, em Curitiba.
Marcelo Francisco da Silva, cliente filmado chamando um frentista de um posto de gasolina de Curitiba de “macaco”, “neguinho” e “nordestino dos inferno”, foi condenado a cinco anos de prisão.
Um operador de caixa também foi alvo de comentários preconceituosos na mesma situação, registrada em outubro de 2023. A confusão foi filmada por ele. Assista ao vídeo acima.
Marcelo foi condenado pelos crimes de injúria, ameaça e vias de fato, agravados pelo motivo fútil e reincidência. Além disso, a Justiça definiu também que ele deverá pagar R$ 20 mil por danos morais a uma das vítimas.
A condenação prevê o regime inicial fechado. No entanto, Marcelo poderá recorrer em liberdade. Enquanto espera o resultado do recurso, ele deverá cumprir as medidas cautelares impostas ao longo do processo. Ou seja, deverá ser monitorado por tornozeleira eletrônica, manter distância de pelo menos de 200 metros do posto de combustíveis e está proibido de manter contato com as vítimas por qualquer meio.
O DE aguarda resposta da defesa de Marcelo. Por meio de nota, o advogado Igor Ogar, que representa as vítimas, comemorou a condenação.
“Diante de uma das maiores penas do Brasil, esse caso paradigmático nos mostra que a língua de pessoas mal intencionadas podem levá-las a prisão. Pois na própria sentença condenatória o juiz ficou que o regime inicial deverá ser fechado”, afirma.
Uma das vítimas largou o emprego no posto de combustíveis depois do crime. Ele relatou que passou a sentir medo após as ameaças, especialmente por ter uma esposa e um filho, o que reforçou a escolha. A outra vítima afirma que já se considerava uma pessoa reservada, mas, depois do crime, se tornou ainda mais recluso, sentindo-se mais triste e evitando sair de casa. A situação foi considerada na decisão da Justiça, que destacou o impacto psicológico do crime nas vítimas.