Operação policial na Rocinha encontra casa de traficante do Ceará com piscina e pôster de ‘Breaking Bad’

Em operação na Rocinha, polícia encontra casa que seria de traficante do Ceará com piscina, deck panorâmico e pôster de ‘Breaking bad’

Imóvel é atribuído ao traficante Doze. Ação para localizar bandidos de outros estados envolveu 400 policiais.

Policiais militares encontraram, durante a ação na Rocinha nesta terça-feira (17), uma casa atribuída ao traficante cearense Anastácio Paiva Pereira, conhecido como Doze ou Paizão.

A casa tinha uma piscina com deck panorâmico. Também chamou a atenção dos agentes um pôster da série “Breaking Bad”, que conta a história de um professor de química que vira produtor de drogas após descobrir que tem câncer de pulmão.

Segundo as investigações, Anastácio é um dos chefes de uma facção que comanda o tráfico de drogas na cidade de Santa Quitéria, no interior do Ceará, segundo a polícia. Ele é também o principal suspeito de ordenar a execução da esposa e da nora de um coronel do estado.

Anastácio tem ainda quatro mandados de prisão em aberto por crimes de homicídio, organização criminosa, tráfico de drogas e corrupção de menores.

Cerca de 400 policiais militares, de 11 batalhões, participaram da operação na Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, nesta terça-feira (17). Os agentes cumprem 34 mandados contra traficantes do Comando Vermelho que vieram de outros estados, principalmente do Ceará e de Goiás, para buscar refúgio na comunidade.

Além disso, os policiais tentavam cumprir 9 mandados de busca e apreensão. A ação é coordenada pelo Comando de Operações Especiais (COE) com o apoio do Ministério Público do Rio (MPRJ).

Um suspeito foi morto pela manhã, outros dois baleados e um traficante, preso. Foram apreendidos 40 tabletes de cocaína, dois revólveres e munição. Uma estufa utilizada para produção de maconha foi achada na parte alta da comunidade.

O morto foi identificado como Vítor dos Santos Lima, conhecido como Playboy, que seria o principal segurança do traficante John Wallace da Silva Viana, o Johny Bravo, chefe do tráfico na comunidade. Playboy foi morto na localidade conhecida como Dioneia. O advogado da família, Alberico Montenegro, alegou que ele tentou se render, mas teria sido atingido.

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Defesa de Ludmilla recorre da absolvição de Marcão do Povo em caso de racismo

A defesa de Ludmilla recorrerá da absolvição de Marcão do Povo em um caso de racismo, após o apresentador chamar a cantora de ‘pobre macaca’. No ano passado, Marcão foi condenado a 1 ano e 4 meses de prisão em regime aberto, além de ser obrigado a pagar uma indenização de R$ 30 mil à cantora. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reverteu a decisão na semana passada.

A decisão de absolver Marcão do Povo foi assinada pela ministra Daniela Teixeira e a defesa de Ludmilla, representada pelos advogados Rafael Vieites, Felipe Rei e Bernardo Braga, já afirmou que irá recorrer. A condenação inicial foi realizada pela 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, após um recurso apresentado pela defesa da cantora.

Os advogados de Ludmilla confiam que o colegiado do STJ reverterá a decisão, considerando a conduta do acusado como criminosa e preconceituosa. Eles acreditam que esta é uma importante luta contra o racismo no país e não podem permitir um retrocesso nessa questão. Entre as punições previstas estavam prestação de serviços comunitários e pagamento de valores a instituições sociais.

Marcão do Povo foi acusado pelo Ministério Público do DF por injúria racial após o episódio em que chamou Ludmilla de ‘pobre macaca’ em 2017. Apesar de ter sido absolvido pela 3ª Vara Criminal em primeira instância em março deste ano, a defesa da cantora continuará lutando por justiça. Nas redes sociais, Ludmilla agradeceu o apoio do público e reafirmou sua determinação em não desistir dessa luta.

A atitude de Marcão do Povo gerou revolta e mobilizou não só os fãs da cantora, mas também diversos movimentos e organizações de combate ao racismo. A discussão sobre a importância de combater o preconceito racial e garantir a igualdade de tratamento para todos continua sendo um tema relevante e urgente em nossa sociedade. A esperança é de que a justiça seja feita e que casos como esse sirvam de alerta para que atos de discriminação não sejam tolerados.

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