General Braga Netto: Possível delação premiada gera incerteza e expectativas

No cenário político atual, a especulação sobre possíveis acordos de delação premiada sempre gera grande interesse por parte do público. E não foi diferente com o general Braga Netto, que está envolvido em uma série de polêmicas e investigações. Em uma enquete realizada com 1.583 leitores, houve uma divisão clara de opiniões: 47% acreditam que o general fará um acordo de delação premiada, enquanto 53% acreditam que ele não fará.

A possibilidade de um acordo de delação premiada por parte do general Braga Netto levanta diversas questões e expectativas. Caso isso de fato ocorra, poderemos ter acesso a informações e revelações que podem impactar fortemente o cenário político nacional. Por outro lado, há quem acredite que o general não fará um acordo desse tipo, o que pode levar a especulações sobre os motivos por trás dessa decisão.

Independentemente do desfecho dessa história, uma coisa é certa: a repercussão de um possível acordo de delação premiada do general Braga Netto seria enorme. As Metropoles nacionais e a opinião pública estariam atentas a cada passo desse processo, aguardando por novas informações e desdobramentos. Caso o general opte por colaborar com as autoridades, isso poderia mudar completamente o rumo das investigações em curso.

Por outro lado, se o general decidir não fazer um acordo de delação premiada, isso também terá consequências significativas. A especulação sobre seus motivos e possíveis ligações com os casos em questão certamente continuará, gerando debates e discussões acaloradas. O silêncio do general Braga Netto pode ser interpretado de diversas maneiras, o que poderia aumentar ainda mais a pressão sobre ele e seu entorno.

Portanto, a incerteza sobre o futuro do general Braga Netto e a possibilidade de um acordo de delação premiada continuam a despertar o interesse do público e da mídia. Enquanto as especulações se multiplicam, resta aguardar por novos desdobramentos e eventuais revelações que possam esclarecer os rumos dessa história. Independentemente do desfecho, uma coisa é certa: o general Braga Netto está no centro das atenções e sua próxima decisão será analisada com lupa pela sociedade e pelas autoridades.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Diálogos secretos entre policiais presos e corretor revelam envolvimento com facção e relógios de luxo: investigação da PF

De Tarcísio a relógios de luxo: a conversa secreta de policiais presos

Diálogos interceptados pela Polícia Federal revelam como policiais encararam a eleição de Tarcísio e trocas de informações sobre Gritzbach

São Paulo — Conversas interceptadas pela Polícia Federal (PF) mostram parte dos bastidores de corrupção de policiais civis de São Paulo, presos por envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e que, também, mantinham contato com o corretor de imóveis Vinícius Gritzbach.

O Metrópoles obteve a transcrição de dias de diálogos trocados entre os policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, o Xixo, e Eduardo Lopes Monteiro, nas quais falam desde como a vitória de Tarcísio de Freitas (Republicanos) poderia os beneficiar indiretamente — com a escolha de um novo delegado geral — como também conversam sobre o recebimento de relógios de luxo, extorquidos de Gritzbach.

O corretor de imóveis foi executado com tiros de fuzil, em 8 de novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, na região DE. Ele havia, dias antes, feito uma delação premiada ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) na qual indicou nomes e entregou provas da relação estreita de policiais com a maior facção do Brasil.

Xixo foi preso junto com o também policial civil Valmir Pinheiro, o Bolsonaro, em setembro. Já Eduardo Monteiro, que é chefe de investigações, foi preso no último dia 17, junto com outros três policiais — entre eles o delegado Fábio Baena, com quem trabalhava no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Todos estão envolvidos com lavagem de dinheiro e com o crime organizado, segundo denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Em uma das conversas interceptadas, de 20 setembro de 2022, Eduardo Monteiro marca de se encontrar com Xixo. O horário é marcado para às 15h, porque às 16h Xixo estaria com o “amigo”, que a PF identificou ser Gritzbach.

Já na casa do corretor de imóveis, Xixo fala que “o alvo [Gritzbach] tá mandando um abraço” para Eduardo Monteiro que “manda outro”, junto com as imagens de dois relógios das marcas de luxo Rolex e de um Hublot. Durante dias, Monteiro cobra a data em que Xixo irá retornar à casa do corretor, para pegar um dos relógios.

Em 27 de setembro de 2022, Xixo garante que Gritzbach está ciente da demanda e que, no dia seguinte, iria se encontrar com ele. Porém, uma operação policial, na qual Xixo atuou, e um resfriado de Gritzbach atrasaram a reunião.

Nesse meio tempo, os policiais conversaram sobre as eleições para o governo estadual, vencidas por Tarcísio de Freitas. Eduardo afirma que “Tarcísio vai ganhar”, questionando quem ele iria nomear para chefiar a Delegacia Geral. “Podia colar um amigo, né? Como DG [delegado geral]”. Xixo responde que para eles é melhor a vitória de Tarcísio e que o novo Delegado Geral deveria ser um amigo deles.

As conversas se arrastam por dias e Eduardo Monteiro sempre cobra Xixo algum posicionamento sobre os relógios de luxo. No mês seguinte ao início da conversa interceptada, segundo a PF, “fica claro” que Eduardo Monteiro usava Xixo “para conseguir os tais relógios”.

O investigador chefe envia novamente as fotos dos três relógios de luxo, junto com a cobrança: “cadê”? Xixo então tranquiliza o chefe de investigações, informando que o corretor irá fornecer um dos três relógios para ele escolher.

Eduardo Monteiro, assim como o delegado Fábio Baena e Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho, roubaram outros relógios de luxo de Gritzbach, quando cumpriram um mandado de busca e apreensão, em um dos imóveis do corretor. Todos são alvo da PF e do Gaeco em uma investigação na qual são apontados como integrantes de uma quadrilha que estaria envolvida com crimes de homicídio, lavagem de dinheiro, crimes contra a administração pública e “outros delitos de extrema gravidade”.

Fique por dentro do que acontece em São Paulo. Siga o perfil do DE SP no Instagram.

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre São Paulo por meio do WhatsApp do DE SP: (11) 99467-7776.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp