Edifício é interditado após queda fatal de engenheiro em Santa Maria

O Corpo de Bombeiros de Santa Maria interditou as sacadas de um edifício após o trágico acidente que resultou na morte do engenheiro Gabriel Scapin, de 26 anos. O jovem caiu do quinto andar de uma das estruturas durante uma festa na cidade. A Polícia Civil está tratando o caso como um acidente, que ocorreu no último sábado. Uma vistoria foi realizada no local na terça-feira para avaliar a situação e garantir a segurança dos moradores.

Segundo informações dos bombeiros, as sacadas foram interditadas e o acesso está proibido até que um laudo de segurança estrutural seja apresentado pelo condomínio. Além disso, o proprietário do prédio recebeu uma multa por falta de brigada de incêndio. O plano de prevenção contra incêndio estava desatualizado e o alvará vencido, o que contribuiu para a interdição das sacadas.

A Polícia Civil está investigando o caso e apurando as circunstâncias da queda de Gabriel Scapin. O jovem estava participando de uma confraternização na casa de amigos quando o acidente ocorreu. Ele escorava em uma mureta de madeira na sacada e, infelizmente, a estrutura cedeu, resultando na sua queda fatal. O Samu foi acionado, mas apenas pôde constatar o óbito.

Gabriel Scapin era formado em engenharia civil pela Universidade Federal de Santa Maria e trabalhava remotamente para uma empresa em Florianópolis. Ele morava na cidade com o irmão e seu velório e enterro aconteceram em Frederico Westphalen, onde foi sepultado no Cemitério Municipal. O jovem era reconhecido pela sua dedicação à profissão e seu carinho pelos amigos e família.

O edifício onde ocorreu o acidente é agora alvo de investigações e medidas corretivas para garantir a segurança dos demais moradores. A tragédia deixou a comunidade de Santa Maria consternada com a perda de um jovem tão talentoso. A interdição das sacadas é uma precaução necessária para evitar que novos acidentes ocorram no local e para que a justiça seja feita em relação ao acontecido.

A comoção pela morte de Gabriel Scapin se espalhou pela cidade e a família e amigos enlutados buscam respostas sobre o que levou ao trágico acidente. Enquanto as investigações prosseguem, a memória do jovem engenheiro é honrada por todos que o conheceram e desfrutaram de sua companhia. Que a justiça seja feita e que medidas de segurança sejam implementadas para evitar que casos como este se repitam.

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Falso médico responsável pela morte de menina de 10 anos no ES é preso no PR

Falso médico que responde pela morte de menina de 10 anos em hospital do ES é
preso no PR

Ana Luísa, de 10 anos, morreu 20 minutos após dar entrada em um hospital
estadual do Espírito Santo. A criança foi atendida por Leonardo Luz Moreira, que
falsificou diploma de medicina e atuou como médico na unidade.

Falso médico que atuou em São Mateus é preso no Paraná

O falso médico que responde pela morte de uma criança de 10 anos no Espírito Santo foi preso no
último domingo (15), no Paraná. Leonardo Luz Moreira respondia em liberdade, mas
teve a prisão preventiva decretada por descumprir a ordem de não sair do país
sem permissão para cursar medicina no Paraguai.

O falso médico foi preso pela Polícia Militar do Estado do Paraná, onde alegava
morar, e localizado com a ajuda da mãe da vítima, que procurou o Ministério
Público e disse que o homem cursava a faculdade no exterior.

A pequena Ana Luísa foi atendida por Leonardo Luz em janeiro de 2021 e morreu 20
minutos após dar entrada no Hospital
Estadual Roberto Silvares, em São Mateus, no Norte do
Espírito Santo.

A prisão foi realizada após várias tentativas do Ministério Público de buscar o
réu em endereços que eram mencionados por ele. Mas o falso médico nunca foi
encontrado em nenhum dos locais apontados. A partir disso, foi descoberto que
ele estudava medicina no Paraguai.

O homem é acusado dos crimes de homicídio qualificado, exercício ilegal da
medicina e falsidade ideológica, praticados em janeiro de 2021. O réu também
falsificou um prontuário médico enquanto atuava ilegalmente.

Além disso, o falso médico adulterou documentos para tentar comprovar que era
formado em uma faculdade de medicina da Bolívia, onde estudou apenas por seis
meses.

No dia 18 de agosto de 2021, sete meses após da morte da criança, Leonardo foi
preso pela Polícia Federal, mas, desde dezembro do mesmo ano, passou a responder em liberdade.

Segundo o Ministério Público, atualmente, o processo está na fase de preparação
para julgamento pelo Tribunal do Júri e o órgão acredita que o julgamento do
falso médico poderá ocorrer nos primeiros meses de 2025.

DE não conseguiu contato com a defesa de Leonardo Luz
Moreira.

ALÍVIO

A mãe de Ana Luísa, Alessandra Ferreira Marcelino, disse que quase quatro anos
depois da morte da filha, ficou aliviada após receber a notícia da prisão do falso
médico.

“Saber que a justiça está sendo cumprida. Que está caminhando para um desfecho
dessa trágica história. Desde o início foi um caso complexo, mas o empenho da
Polícia Civil, do Ministério Público, pela instauração do inquérito, pela
investigação”, apontou Alessandra.

Alessandra ajudou na investigação ao mostrar que tinha recebido informações
sobre o possível paradeiro de Leonardo Luz Moreira.

“Recebi uma foto, o nome da faculdade que ele estava cursando e eu procurei o
Ministério Público munida dessa foto e falei que ele estava no Paraguai. Com
isso ele estava descumprindo a medida de não deixar o país por responder um
processo de homicídio qualificado e ele foi preso”, disse a mãe.

ENTENDA O CASO

Alessandra Ferreira Marcelino, mãe da menina que morreu, contou que a filha, Ana
Luísa, começou a passar mal na noite do dia 11 de janeiro de 2021 com dores de
barriga e vômitos.

Ela levou a menina para o hospital, onde foi atendida pelo falso médico Leonardo
Luz Moreira.

Segundo a mãe de Ana Luísa, Leonardo atendeu a criança sem encostar nela e disse
que o diagnóstico era gastroenterite. Cerca de 20 minutos depois de dar entrada
no hospital, a criança morreu.

Alessandra acreditava em erro até realmente descobrir que o homem trabalhava com
diploma falso.

“É uma revolta muito grande. Como que você confia o seu filho pra um médico e
depois você descobre que não é médico? Então, é um sentimento de muita
revolta”, disse.

Para deixar a lembrança da menina mais viva, a mãe tatuou no antebraço um
desenho feito por Ana Luísa, além de preservar o quarto dela como era.

“Lutamos por Justiça para que ninguém, nenhuma mãe, passe pelo que eu estou
passando. Ninguém tem o direito de fazer isso”, disse a professora.

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