Milton Carlos de Mello, Tupã, se recusa a falar sobre condenação ao assumir cargo de prefeito em Presidente Prudente (SP)

Tupã se recusa a responder pergunta sobre assumir o cargo de prefeito mesmo com condenação criminal em 2ª instância

Próximo chefe do Poder Executivo de Presidente Prudente (SP) disse que ‘a Justiça é limpa’.

Milton Carlos de Mello ‘Tupã’ recebe diplomação para assumir o cargo de prefeito de Presidente Prudente (SP) em 2025 — Foto: Bruna Bonfim/de

Após a cerimônia de diplomaçãoao cargo de prefeito de Presidente Prudente (SP) para o mandato de 2025 a 2028, Milton Carlos de Mello ‘Tupã’ (Republicanos), ao ser questionado durante coletiva sobre assumir a Administração Municipal mesmo com a condenação em segunda instância por crime de responsabilidade, recusou-se a responder a pergunta feita pelo Portal de Presidente Prudente e Região.

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Tupã disse que a maior prova de que “está com processo” é a diplomação realizada na manhã desta quarta-feira (18).

> “A Justiça, ela é pura, ela é limpa. A Justiça é limpa. Os juízes estavam sacramentando a minha vitória, o que vocês querem é ganhar na marra. Não se ganha eleição na marra. Não se faça, não subestime a população prudentina, a população prudentina sacramentou o meu nome, o nome do Osanam [vice-prefeito eleito] e o nome dos vereadores”, ressaltou.

O próximo chefe do Poder Executivo ainda pontuou que quem julga é a Justiça e que a pergunta deveria ser feita para o seu advogado.

> “Se eu tivesse algum problema judicial, eu não estava sendo diplomado. A população prudentina acredita no nosso trabalho, nós vamos trabalhar muito”, declarou durante coletiva.

Em fevereiro de 2023, Tupã e outros dois réus foram condenados em primeira instância por crime de responsabilidade a uma pena privativa de liberdade de três anos de reclusão, em regime inicialmente aberto, substituída por duas restritivas de direitos, consistentes em prestação de serviços à comunidade, à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, e no pagamento de um montante equivalente a 360 salários mínimos ao município de Presidente Prudente. A acusação formulada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) é de que foram realizadas pela Prefeitura entre os anos de 2011 e 2013, quando Tupã era chefe do Poder Executivo, obras viárias com recursos públicos na região do Jardim Santana para beneficiar interesses particulares.

Em outubro de 2024, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), em decisão unânime da segunda instância, manteve a condenação, mas reduziu a pena para 2 anos e 8 meses de reclusão, em regime aberto, substituída por prestação de serviços à comunidade, e pagamento direcionado a entidade social de 20 salários mínimos. Os três réus apresentaram embargos de declaração contra o acórdão e os referidos recursos ainda aguardam julgamento no TJ-SP.

O mesmo assunto também é alvo de uma ação na esfera civil por improbidade administrativa. Neste caso, na primeira instância, Tupã e os demais réus foram absolvidos em maio de 2023. Porém, o Ministério Público interpôs recurso contra a sentença e apelou ao TJ-SP pedindo a condenação dos envolvidos. Na segunda instância, a apelação do MPE-SP ainda aguarda julgamento.

Na Justiça Eleitoral, o requerimento de candidatura de Tupã para participar do pleito realizado em outubro de 2024 foi deferido em Presidente Prudente, na primeira instância, e no Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo (TRE-SP), em segunda instância. Um recurso contra o deferimento foi apresentado por opositores de Tupã ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (DF), e ainda aguarda julgamento.

Cerimônia de diplomação dos poderes Executivo e Legislativo de Presidente Prudente (SP) — Foto: Bruna Bonfim/de

Sobre as primeiras ações como prefeito, Tupã disse que terá a zeladoria como prioridade, assim como o setor da educação e da saúde, com atenção voltada às estruturas físicas das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Ainda ressaltou que enfrentará desafios no setor financeiro da Prefeitura de Presidente Prudente, visto que “faltou planejamento” da gestão atual, chefiada por Ed Thomas (MDB).

“Eu não gosto de ficar falando “Deixou isso, deixou aquilo”, mas é um fato. Isso faltou, para mim, planejamento. Isso é um planejamento. A Prefeitura vive de planejamento. Ficar devendo para as pessoas não é correto, como não é correto dever quem presta serviço essencial, que é a saúde. Então, nós vamos nos reunir com o Ciop [Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista], espero que vamos chegar a um denominador comum para que, principalmente, as pessoas que estão lá na ponta, que é a população prudentina, não sofra por erros nossos, dos políticos, nós temos que atender a população. Então, cabe a nós resolvermos essa situação”, finalizou.

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GCM de Santos promove palestra sobre assédio moral no ambiente de trabalho

GCM de Santos orienta agentes sobre assédio moral

A Guarda Civil Municipal (GCM) de Santos, localizada no litoral de São Paulo, promoveu uma palestra abordando o tema do assédio moral no ambiente de trabalho, direcionada a todos os membros da corporação, independentemente de suas hierarquias. A iniciativa tem como principal objetivo conscientizar os agentes sobre a importância de um ambiente de trabalho saudável e respeitoso, livre de práticas que violem a dignidade dos servidores e prejudiquem a harmonia institucional.

Durante a palestra, foram discutidos os diferentes tipos de assédio, bem como as consequências para as vítimas e para a organização como um todo. Além disso, normas foram apresentadas visando facilitar a identificação e a prevenção dessas condutas no ambiente de trabalho, reforçando o compromisso da corporação em combater tais práticas prejudiciais.

O evento ocorreu na sede da Secretaria Municipal de Segurança (Seseg) e faz parte de um ciclo de debates organizados com o intuito de conscientizar os agentes sobre a relevância de um ambiente de trabalho ético, saudável e respeitoso. A administração municipal enfatizou a importância da disseminação de informações sobre o tema e forneceu materiais informativos aos participantes, além de orientá-los sobre a utilização dos canais de denúncia disponíveis em casos de suspeita ou ocorrência de assédio moral.

É fundamental que as instituições, como a GCM de Santos, estejam engajadas na promoção de um ambiente de trabalho que valorize o bem-estar e a integridade de seus colaboradores. A conscientização sobre o assédio moral é essencial para a prevenção dessas práticas nocivas, colaborando para a construção de um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo para todos os envolvidos.

Investir em ações educativas e preventivas, como palestras e debates, pode contribuir significativamente para a disseminação de informações e para a mudança de cultura organizacional em relação ao assédio moral. Além disso, a disponibilização de canais de denúncia eficazes fortalece a capacidade de identificação e combate a essas condutas, promovendo um ambiente organizacional mais seguro e acolhedor para todos os colaboradores.

Por meio de iniciativas como essa, a GCM de Santos demonstra seu compromisso com a promoção de um ambiente de trabalho saudável e ético, onde o respeito mútuo e a integridade são valores fundamentais. A conscientização e a educação contínua são essenciais para a construção de uma cultura organizacional positiva e para o fortalecimento das relações interpessoais no ambiente de trabalho. É fundamental que todas as instituições estejam empenhadas em combater o assédio moral e em promover um ambiente de trabalho respeitoso e acolhedor para todos os seus colaboradores.

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