Tarcísio promete “tolerância zero” com policiais ligados ao PCC e milícias em SP

Corrupção é intolerável e vamos punir severamente; tolerância zero com desvio de conduta’, diz Tarcísio sobre policiais presos por elo com o PCC e milícia

DE Nesta terça-feira (17), quatro policiais civis de SP foram presos após terem sido delatados entre 2023 e 2024 pelo empresário Vinicius Gritzbach, executado na saída do Aeroporto de Guarulhos, no mês passado. Na segunda (16), policiais foram presos suspeitos de integrar milícia.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante balanço do 2° ano de gestão no Palácio dos Bandeirantes, em 18/12/2024. — Foto: Mônica Andrade/GESP

DE governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante balanço do 2° ano de gestão no Palácio dos Bandeirantes, em 18/12/2024. — Foto: Mônica Andrade/GESP

DE governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta quarta-feira (18) que a gestão dele terá “tolerância zero” com os policiais que forem presos por suspeita de crimes ou ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Conforme o DE publicou nesta terça-feira (17), quatro policiais civis de São Paulo foram presos após terem sido delatados entre 2023 e 2024 pelo empresário Vinicius Gritzbach, executado na saída do Aeroporto Internacional de Guarulhos, no mês passado.

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No dia anterior, na segunda (16), uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e as corregedorias da Polícia Militar e da Polícia Civil prendeu cinco policiais militares acusados de extorquir dinheiro de ambulantes estrangeiros da região do Brás, no Centro de São Paulo, formando uma espécie de milícia na região.

“O desvio de procedimento vai ser punido. A corrupção é intolerável e quando houver corrupção nós vamos punir. Isso é tanto na esfera administrativa, com a expulsão do profissional, quanto também na esfera penal. Então, nós não vamos encobrir nada, nós não vamos passar pano em nada”, afirmou.

A declaração foi dada durante uma coletiva de imprensa onde o governador fez um balanço dos dois anos à frente do Palácio dos Bandeirantes. No evento, ele afirmou que, apesar do avanço dos episódios de violência policial no estado nos últimos meses, as Corregedorias das Polícias “nunca se puniu tantos profissionais”.

“Se a gente pegar os números da Corregedoria, a gente vai ver nunca se puniu tantos militares, tantos profissionais, tantos policiais como a gente está punindo agora. Então, é uma política de tolerância zero também com desvio de conduta”, declarou.

“Infelizmente há desvios de conduta e esses desvios serão severamente punidos. Os desvios de conduta não podem se confundir com a ação profissional de muitos profissionais, que estão lá dando duro para proteger a sociedade, porque a função da polícia é proteger a sociedade, é evitar o crime, e a polícia tem feito isso, né?”, emendou.

BALANÇO DO GOVERNO

Tarcísio também afirmou que nesses últimos dois anos, investiu pesado em Segurança Pública do estado, conquistando, segundo ele, “um avanço significativo na recomposição dos efetivos policiais”.

Ao todo, o governo paulista afirma que 7.869 novos agentes foram integrados às forças de segurança, o maior aumento nos últimos 14 anos.

O enfrentamento ao crime no centro da capital também esteve no foco. A região registra 19 meses consecutivos de queda nos índices de roubos e furtos, devido à ampliação do policiamento com 400 agentes a mais e quatro novas bases comunitárias. As forças de segurança registraram neste ano o menor número de homicídios dolosos, roubos em geral e veículos em 24 anos, disse o Palácio dos Bandeirantes.

“Primeira coisa que a gente tem que observar é que nós temos uma excelente polícia, uma excelente Polícia Militar, uma excelente Polícia Civil. Nós temos excelentes profissionais, a Polícia vem produzindo muito, como eu falei, são 168.000 prisões, ao longo do ano de 2024, 42.000 veículos que foram roubados e foram recuperados quase 200 toneladas de entorpecentes, foram apreendidas 12.000 armas. Nós temos os indicadores do Estado em queda. É uma polícia que atende 30 milhões de chamados por ano, são 18 milhões de chamados que geram ocorrências, 50.000 por dia, 30 mil disparos de viatura e 36.000 homens na rua todos os dias dos 83.000, afirmou o governador de SP.

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Prefeito contesta dívida de transição em coletiva de imprensa

Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (18), o prefeito Caio Cunha contestou as informações divulgadas pela equipe de transição de Mara Bertaiolli. Caio Cunha afirmou que dos R$ 470 milhões apontados como dívida consolidada, cerca de R$ 420 milhões podem ser atribuídos às gestões anteriores. Em resposta aos apontamentos feitos pela equipe de transição de Mara Bertaiolli em uma audiência pública na Câmara Municipal, Caio Cunha, ao lado do seu secretariado, convocou a coletiva de imprensa para esclarecer a situação.

Durante a audiência pública, Mara Bertaiolli expressou preocupação em relação à saúde financeira da cidade, mencionando um déficit em caixa de R$ 207 milhões e uma dívida consolidada de R$ 473 milhões. No entanto, durante a coletiva de imprensa, Caio Cunha contestou esses números, destacando que a maior parte da dívida foi contraída por gestões anteriores, totalizando R$ 420 milhões. Cunha ressaltou que sua gestão iniciou o pagamento de um financiamento de R$ 50 milhões, diferente das práticas anteriores de múltiplos empréstimos.

Outro ponto de controvérsia levantado foi a tarifa do transporte municipal, que está congelada em R$ 5 há três anos devido ao subsídio da prefeitura. A equipe de transição de Mara Bertaiolli alertou que o subsídio não está previsto na Lei Orçamentária para 2025. No entanto, Caio Cunha explicou que a suplementação de valores é utilizada conforme a entrada de recursos, incluindo o crédito da bilhetagem para cobrir os subsídios.

Além disso, questões relacionadas aos contratos de saúde, como o Hospital Municipal e a Santa Casa da cidade, também foram abordadas. William Harada, secretário de Saúde, mencionou que o contrato do Hospital Municipal vence em junho e que é competência da próxima gestão decidir sobre o futuro desses serviços. A TV Diário questionou a equipe de transição de Mara Bertaiolli a respeito das declarações de Caio Cunha, e em resposta, foi mencionado que todas as informações foram apresentadas durante a audiência pública na Câmara Municipal.

Diante disso, a polêmica envolvendo as finanças da prefeitura de Mogi das Cruzes destaca a divergência de informações entre as gestões atual e futura. A transparência e a prestação de contas são fundamentais para garantir a eficiência e a responsabilidade na administração dos recursos públicos, sendo essencial um diálogo construtivo para solucionar essas questões e promover o desenvolvimento sustentável do município. Acompanhe as atualizações sobre essa temática para estar informado sobre os desdobramentos desse cenário.

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