Colaboradora e cúmplice são presas por simular assalto de R$152 mil em lotérica no Centro do Rio: Polícia Civil.

Funcionária é detida após simular assalto de R$152 mil em lotérica no Centro do Rio; mulher e familiares participaram do crime, segundo informações da Polícia Civil. As autoridades da 5ª DP (Mem de Sá) efetuaram a prisão de duas mulheres suspeitas de envolvimento no roubo a uma casa lotérica na Rua Riachuelo, no centro da cidade.

Uma funcionária e sua parceira foram detidas pelos policiais civis da 5ª DP (Mem de Sá) na madrugada desta quarta-feira (18), acusadas de roubo e uso de arma de fogo durante o assalto a uma casa lotérica na Rua Riachuelo, no Centro do Rio. Claudilene Nunes, de 37 anos, e Edina Brito dos Santos, 40, são apontadas como participantes do roubo de R$152 mil dos cofres e caixas do estabelecimento.

O roubo ocorreu em 10 de dezembro. Segundo informações da Polícia Civil, um homem armado rendeu uma funcionária logo cedo, quando ela chegava para trabalhar. Ele entrou com ela na loja, onde rendeu uma segunda funcionária que já estava no local.

Durante as investigações, as autoridades analisaram as câmeras de monitoramento da região, rastreando o trajeto de fuga do suspeito envolvido no assalto à casa lotérica. Com base nas imagens, a polícia identificou uma mulher que seguia o homem à distância e teria colaborado com a abertura do portão de uma galeria, que dava acesso a duas ruas, entrando no mesmo prédio quase simultaneamente.

Segundo a polícia, ao fugir, o homem trocou de camisa, enquanto a mulher se livrou do casaco. Claudilene fingiu ter sido rendida pelo próprio cunhado na porta da lotérica, enquanto sua parceira ajudava o criminoso a escapar até o apartamento onde residiam.

O cunhado da funcionária, que entrou armado na lotérica, chegou ao Rio de Janeiro cinco dias antes do crime e ficou na casa do casal com sua parceira. O casal então fugiu para São Paulo, partindo da rodoviária em um carro de aplicativo solicitado por Edina, que os acompanhou.

As duas mulheres foram presas após a expedição de um mandado pela Plantão Judiciário. A investigação prossegue para esclarecer mais detalhes sobre o homem suspeito e obter novos depoimentos. A polícia informou que recuperou R$5 mil do valor roubado, deixados por Edina na residência de um amigo.

Agentes da 5ª DP (Mem de Sá) solicita que a população que possua informações sobre o roubo entre em contato pelo telefone (021) 98322-0251. O sigilo das informações é garantido pela polícia.

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STM reduz penas de militares por mortes de Evaldo Rosa e Luciano Macedo: desfecho trágico no Rio de Janeiro

O Superior Tribunal Militar (STM) decidiu reduzir a pena de oito militares do Exército acusados pelas mortes do músico Evaldo Rosa e do catador de latinhas Luciano Macedo em abril de 2019 no Rio de Janeiro. Dois dos militares foram sentenciados a 3 anos e seis meses de prisão, enquanto os outros seis receberam pena de três anos de prisão. A decisão por maioria ocorreu nesta quarta-feira (18) e encerra um capítulo doloroso desse trágico acontecimento na cidade maravilhosa.

A morte de Evaldo Rosa e Luciano Macedo causou comoção nacional. O carro em que Rosa estava com familiares foi fuzilado pelos militares, resultando na fatalidade. O sogro dele também foi baleado, mas sobreviveu, enquanto Macedo, que tentou ajudar a família de Rosa, não resistiu aos ferimentos. As vítimas estavam a caminho de um chá de bebê, quando foram alvo de 62 tiros perfurando o veículo, e a tragédia marcou a cidade do Rio de Janeiro.

Em 2021, os oito militares foram considerados culpados de dois homicídios – de Evaldo Rosa e Luciano Macedo – e de uma tentativa de homicídio do sogro do músico. O tenente Ítalo da Silva Nunes recebeu a maior pena, 31 anos e seis meses de prisão, seguido por outros sete militares com condenação de 28 anos de prisão. A defesa alegou legítima defesa, mas a justiça militar manteve a condenação até o julgamento no STM.

O julgamento do recurso no Superior Tribunal Militar teve desfecho nesta quarta-feira. O relator, ministro Carlos Augusto Amaral, votou pela absolvição dos militares do crime de homicídio contra Rosa e pela mudança da pena relacionada a Macedo para homicídio culposo. A maioria dos ministros acompanhou o relator, decidindo pela redução da pena em regime aberto. O tenente que chefiava a ação foi condenado a 3 anos e seis meses de prisão em regime aberto, enquanto os demais receberam pena de três anos em regime aberto.

A decisão final do STM encerrou o processo na justiça militar, já que é a última instância para recursos. No entanto, a constitucionalidade da decisão ainda pode ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso de Evaldo Rosa e Luciano Macedo marca um capítulo trágico na história do Rio de Janeiro e traz à tona discussões sobre segurança pública e responsabilidade dos agentes de segurança em ações que resultem em fatalidades.

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