Médicos soltos após cinco dias presos por manipulação de escalas médicas em MG: entenda o caso na Zona da Mata

Médicos que manipulavam escalas médicas em hospitais de MG são soltos após cinco
dias presos

Grupo foi preso durante a operação ‘Onipresença’, realizada na quinta-feira (12)
em Leopoldina, após investigações revelarem práticas de fraudes, ocultação de
erros médicos e até subtração de materiais necessários à realização de
cirurgias. Casa de Caridade sofreu intervenção por parte da Prefeitura.

Operação cumpriu mandados em hospital da Zona da Mata

Os quatro médicos anestesistas que foram presos durante a operação ‘Onipresença’,
realizada pelo Ministério Público na Zona da Mata mineira, deixaram o presídio
de Leopoldina na terça-feira (17), após a prisão temporária deles não ser revogada pela Justiça.

Os profissionais de saúde, que trabalhavam na Casa de Caridade Leopoldinense,
são acusados de cumprirem plantões em outras cidades, como Além Paraíba e Muriaé,
no mesmo horário em que deveriam atender pacientes do SUS no hospital em Leopoldina.

Eles poderão responder pelos crimes de peculato, falsidade ideológica,
associação criminosa, entre outros.

Além das prisões, a provedora da Casa de Caridade, Vera Maria do Valle Pires, e
a diretora técnica, Dr.ª Donata, foram afastadas dos cargos e a Prefeitura de
Leopoldina determinou a intervenção administrativa da unidade de saúde,
nomeando o secretário municipal de Saúde, Márcio Vieira Machado, como
interventor interino.

As investigações da Promotoria de Saúde de Leopoldina com o MP começaram em 2020
para apurar a execução de plantões simultâneos em locais e hospitais distintos,
cirurgias eletivas nos dias de plantões de urgência e anestesias simultâneas por
parte dos profissionais médicos investigados.

Com a evolução das apurações, foram constatadas a prática de delitos ainda mais
graves, que geraram a exposição dos pacientes a riscos concretos, como cirurgias e anestesias eletivas realizadas durante a escala de sobreaviso da urgência e emergência, esquema de manipulação de escalas médicas, cirurgias simultâneas/sequenciais e cirurgias eletivas durante o plantão SUS, com a prática do crime de falsidade ideológica, combinações de versões, falsidades documentais médicas e manipulação de documentos importantes.

As investigações também revelaram práticas de fraudes, ocultação de erros médicos e até subtração de materiais necessários à realização de cirurgias. É importante destacar que a integridade e segurança dos pacientes devem ser resguardadas acima de qualquer interesse individual ou ilegal.

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