Adilsinho: Suspeito de Crimes no Jogo do Bicho no Rio de Janeiro

Adilsinho é o nome que está sendo associado a crimes ligados à exploração de jogos de azar no Rio de Janeiro. Conhecido como Adilson Oliveira Coutinho Filho, o bicheiro é suspeito de ser o mandante de dois homicídios recentes no cenário do jogo do bicho. A Polícia Civil pediu sua prisão preventiva após uma intensa investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) encontrar evidências do envolvimento de Adilsinho nas mortes de Marco Antônio Figueiredo Martins, também conhecido como Marquinho Catiti, e de Alexsandro José da Silva, o Sandrinho, ambos em 2022. Há suspeitas de que ele possa estar fora do país.

As vítimas foram mortas em meio a uma disputa entre organizações criminosas que atuam na exploração de jogos de azar na cidade. Segundo a investigação, Catiti e Sandrinho eram associados ao contraventor Bernardo Bello e foram assassinados por indivíduos ligados a Adilsinho. Três dos suspeitos já foram identificados e indiciados pela polícia. Os criminosos teriam monitorado Marquinho Catiti por cerca de um ano antes de efetuar o crime, chegando a utilizar um drone e câmeras de monitoramento para acompanhar sua rotina.

A relação entre a morte de Catiti e a disputa por pontos de jogos explorados por Bernardo Bello, Adilsinho, Rogério Andrade e Vinicius Drummond ficou evidente nas investigações. A polícia constatou que Adilsinho assumiu o controle da região anteriormente explorada por Bello após o assassinato das vítimas. Além disso, foram identificados outros homicídios relacionados à organização criminosa supostamente liderada por Adilsinho, todos motivados por conflitos ligados à exploração ilegal de jogos de azar e cigarros.

Recentemente, a 1ª Vara Criminal da Capital emitiu um mandado de prisão temporária contra Adilsinho, que não foi localizado pela Delegacia de Homicídios em suas diligências. Com a conclusão das investigações, a polícia solicitou a prisão preventiva do bicheiro, que foi expedida pela Justiça do Rio de Janeiro. Adilsinho, suspeito de comandar a máfia do cigarro em Duque de Caxias, ganhou destaque durante a pandemia ao organizar uma festa de aniversário no Copacabana Palace para 500 pessoas, desrespeitando as normas sanitárias.

O bicheiro tem sido associado a uma nova cúpula do jogo do bicho, ao lado de Rogério Andrade e Vinicius Drumond. A festa realizada por Adilsinho resultou em multa para o hotel e proibição de realizar eventos por 15 dias. A investigação em torno do suspeito e seu envolvimento em atividades ilícitas continua em andamento, com a polícia buscando responsabilizá-lo pelos crimes cometidos. A prisão preventiva emitida pela Justiça é um passo importante nesse processo de combate à criminalidade ligada à exploração de jogos de azar e outras atividades ilegais.

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STM reduz penas de militares por mortes de Evaldo Rosa e Luciano Macedo: desfecho trágico no Rio de Janeiro

O Superior Tribunal Militar (STM) decidiu reduzir a pena de oito militares do Exército acusados pelas mortes do músico Evaldo Rosa e do catador de latinhas Luciano Macedo em abril de 2019 no Rio de Janeiro. Dois dos militares foram sentenciados a 3 anos e seis meses de prisão, enquanto os outros seis receberam pena de três anos de prisão. A decisão por maioria ocorreu nesta quarta-feira (18) e encerra um capítulo doloroso desse trágico acontecimento na cidade maravilhosa.

A morte de Evaldo Rosa e Luciano Macedo causou comoção nacional. O carro em que Rosa estava com familiares foi fuzilado pelos militares, resultando na fatalidade. O sogro dele também foi baleado, mas sobreviveu, enquanto Macedo, que tentou ajudar a família de Rosa, não resistiu aos ferimentos. As vítimas estavam a caminho de um chá de bebê, quando foram alvo de 62 tiros perfurando o veículo, e a tragédia marcou a cidade do Rio de Janeiro.

Em 2021, os oito militares foram considerados culpados de dois homicídios – de Evaldo Rosa e Luciano Macedo – e de uma tentativa de homicídio do sogro do músico. O tenente Ítalo da Silva Nunes recebeu a maior pena, 31 anos e seis meses de prisão, seguido por outros sete militares com condenação de 28 anos de prisão. A defesa alegou legítima defesa, mas a justiça militar manteve a condenação até o julgamento no STM.

O julgamento do recurso no Superior Tribunal Militar teve desfecho nesta quarta-feira. O relator, ministro Carlos Augusto Amaral, votou pela absolvição dos militares do crime de homicídio contra Rosa e pela mudança da pena relacionada a Macedo para homicídio culposo. A maioria dos ministros acompanhou o relator, decidindo pela redução da pena em regime aberto. O tenente que chefiava a ação foi condenado a 3 anos e seis meses de prisão em regime aberto, enquanto os demais receberam pena de três anos em regime aberto.

A decisão final do STM encerrou o processo na justiça militar, já que é a última instância para recursos. No entanto, a constitucionalidade da decisão ainda pode ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso de Evaldo Rosa e Luciano Macedo marca um capítulo trágico na história do Rio de Janeiro e traz à tona discussões sobre segurança pública e responsabilidade dos agentes de segurança em ações que resultem em fatalidades.

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