Tragédia em Maricá: Jovem morre após queda de árvore de Natal. Prefeitura cancela reinstalação. Medidas de segurança em eventos necessárias.

Uma tragédia abalou Maricá, no Rio de Janeiro, quando a árvore de Natal flutuante desabou durante um vendaval, resultando na morte de um jovem trabalhador. A estrutura, que custaria R$ 5 milhões para ser montada pela empresa Estrutend Estruras, não será reinstalada, conforme anunciado pela Prefeitura local. O prefeito Fabiano Horta prestou suas condolências à família da vítima, Vinícius dos Santos Abreu, de 21 anos, e lamentou profundamente o ocorrido.

Vinícius estava envolvido na montagem da árvore juntamente com outros colegas quando o acidente ocorreu, deixando dois trabalhadores com ferimentos leves. O jovem, residente de Nova Iguaçu, será enterrado em Mesquita. Ele era conhecido por sua alegria e talento como tecladista. A Polícia Civil está investigando as circunstâncias que levaram ao desabamento da estrutura de 56 metros.

Após o acidente, Maricá decretou dois dias de luto oficial e interrompeu a programação natalina, que foi retomada posteriormente. As atividades serão reiniciadas na quinta-feira, com destaque para o espetáculo das águas dançantes, que permanece agendado no local onde a árvore estava sendo montada. A Prefeitura assegurou a continuidade dessa atração, com apresentações às 20h30 e 21h30.

A empresa responsável pela remoção da estrutura ainda não realizou o procedimento. O DE tentou contato com a Estrutend Estruras, porém não obteve resposta até o momento. A comunidade está consternada com a perda de Vinícius e espera por respostas quanto ao ocorrido. O acidente serve como alerta para a importância da segurança em eventos desse porte, visando evitar futuras tragédias como essa em Maricá.

Essa fatalidade levanta questões sobre a fiscalização e manutenção de estruturas temporárias em eventos públicos. É essencial que os responsáveis pela montagem e desmontagem de estruturas como a árvore de Natal flutuante em Maricá estejam atentos às normas de segurança, prevenindo acidentes e preservando vidas. Que a memória de Vinícius seja honrada com medidas que garantam a segurança de trabalhadores e visitantes em eventos futuros.

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Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

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