MPE pede quebra de sigilo de prefeito e vice eleitos em Ibirá (SP) por suspeita de compra de votos: entenda o caso.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou à Justiça Eleitoral a quebra dos sigilos bancários do prefeito e do vice-prefeito eleitos em Ibirá (SP), suspeitos de participar de um esquema de compra de votos. Outras quatro pessoas também terão as contas analisadas. As investigações começaram após a promotoria ter acesso a áudios e prints de mensagens com indícios de crime eleitoral.

De acordo com o Ministério Público Eleitoral (MPE), os denunciados participaram de um esquema que aponta que os candidatos autorizaram vereadores da base de apoio a cooptar eleitores em troca de R$ 200,00 por voto, e mais R$ 300,00 se fossem eleitos. O prefeito eleito Nivaldo Negrão, conhecido como Biscoito, o vice eleito, João Renato Tavares, e outras quatro pessoas estão entre os investigados.

O grupo usava cabos eleitorais para comprar votos de moradores, estendendo a prática a pessoas que trabalharam como fiscais e delegados dos partidos Republicanos, MDB e Avante, no dia das eleições. Nivaldo Negrão venceu a eleição na cidade com 50,08% dos votos válidos, enquanto o adversário Zé Ernesto teve 49,92%.

A suspeita de compra de votos começou após a promotoria eleitoral obter áudios com testemunhas, prints de conversas pelo WhatsApp e cópias de comprovantes de pagamento via pix. Áudios que seriam de eleitores cobrando o pagamento em troca do voto também foram obtidos pelo MPE e revelados pela TV TEM.

O advogado do prefeito eleito negou o envolvimento de Biscoito e seu vice em esquema de compra de votos, alegando que as testemunhas ouvidas pelo MPE “faltaram com a verdade”. A promotora eleitoral afirmou que a investigação identificou interlocutores das conversas nos áudios e que foram feitas transferências de pagamentos via pix para três eleitores.

Os investigados podem responder por captação ilícita de sufrágio, gastos ilícitos de recursos para fins eleitorais, além de uma investigação judicial eleitoral por abuso do poder econômico. A ação movida pelo MPE pede a cassação dos mandatos de Nivaldo e João Tavares. Fique por dentro das notícias da região em DE Rio Preto e Araçatuba.

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Primo de jovem desaparecida no interior de SP cobra investigação: ‘Eu quero uma resposta’

Primo de jovem do PI que sumiu a caminho do trabalho no interior de SP cobra
investigação: ‘Eu quero uma resposta’

Lívia Marques, de 18 anos, está desaparecida desde o dia 9 de novembro, quando
saiu de casa em Jardinópolis para trabalhar em Ribeirão Preto. Família acompanha
buscas e levanta suspeitas.

Lívia Barbosa dos Santos Marques, de 18 anos, desapareceu há um mês e meio em
Jardinópolis, SP — Foto: Arquivo Pessoal

A família da balconista Lívia Barbosa dos Santos Marques, que desapareceu no
início de novembro em Jardinópolis (SP), na região de Ribeirão Preto (SP),
quando estava a caminho do trabalho, cobrou a Polícia Civil sobre a
investigação.

Luann Marques, que é primo dela, se mudou de Regeneração (PI), a 2.195
quilômetros, para acompanhar o caso,
mas diz que até o momento, não houve avanços na apuração.

> “Eu quero uma resposta. Eu preciso de uma resposta. O que está acontecendo com
> a gente aqui hoje é um grande descaso de informação. A minha tia [mãe de
> Lívia] começa a se questionar: ‘será que é por que a gente é de família
> humilde? Por que a gente é nordestino? A gente não tem resposta. Eu já não sei
> mais como argumentar com a polícia”, diz.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que as buscas pela
desaparecida seguem em andamento na 3ª Delegacia de Homicídios de Ribeirão Preto.

> “Já foram realizadas diligências na cidade de Jardinópolis com auxílio de
> câmeras de segurança, assim como o cumprimento de mandado de busca e
> apreensão, coleta de material genético de familiares e a representação de
> medidas cautelares de inteligência.”

Lívia, que é natural de Regeneração, tem 18 anos e se mudou para Jardinópolis em
janeiro deste ano em busca de melhores condições de vida. Ela estava morando com
uma tia e conseguiu emprego em uma loja no shopping em Ribeirão Preto. Parte do dinheiro que ganhava como balconista mandava para os pais, que ficaram em Regeneração. Cerca de três semanas antes de desaparecer, Lívia alugou uma kitnet em Jardinópolis e foi morar sozinha. Ela começou a se relacionar com um homem, que, coincidentemente, é da cidade natal dela. Mas, segundo o primo, a família não aprovava o relacionamento por causa do comportamento agressivo dele. A mãe, inclusive, pediu à filha para terminar a relação.

Lívia, que é natural de Regeneração, tem 18 anos e se mudou para Jardinópolis em
janeiro deste ano em busca de melhores condições de vida. Ela estava morando com
uma tia e conseguiu emprego em uma loja no shopping em Ribeirão Preto. Parte do dinheiro que ganhava como balconista mandava para os pais, que ficaram em Regeneração. Cerca de três semanas antes de desaparecer, Lívia alugou uma kitnet em Jardinópolis e foi morar sozinha. Ela começou a se relacionar com um homem, que, coincidentemente, é da cidade natal dela. Mas, segundo o primo, a família não aprovava o relacionamento por causa do comportamento agressivo dele. A mãe, inclusive, pediu à filha para terminar a relação.

No dia 9 de novembro, Lívia saiu de casa pela manhã, como fazia todos os dias, para pegar o ônibus e ir para o trabalho. No entanto, ela nunca chegou ao destino. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram Lívia saindo de casa, levando uma mochila como de costume e usando o uniforme da loja. No mesmo dia, a tia deu falta da sobrinha, chamou a polícia e esteve com agentes na casa da jovem. Segundo o boletim de ocorrência, não havia indícios que levantassem suspeitas de crime. O primo diz que a jovem não tem histórico de doença mental ou problemas que pudessem motivar uma eventual fuga.

Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil como desaparecimento. A tia e uma amiga de Lívia que prestaram depoimento levantaram suspeitas contra o homem com quem ela estava se relacionando. Elas alegaram que já tinham visto o rapaz ser agressivo com a balconista. A amiga, inclusive, disse à polícia que Lívia havia terminado o relacionamento, mas o homem insistia em reatar. De acordo com Luann, o homem chegou a ser interrogado pela Polícia Civil, mas negou qualquer participação no desaparecimento de Lívia.

De acordo com Luann, à medida que o tempo passa, a angústia da família só aumenta e a incerteza sobre o paradeiro da jovem virou um drama.
A g1 perguntou à Polícia Civil sobre a identificação de um possível suspeito no desaparecimento, mas as autoridades não comentaram o assunto. Quem tiver informações que possam ajudar no paradeiro de Lívia pode entrar em contato pelo número 190, da Polícia Militar, ou pelo Disque-denúncia, no 181.

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